A OPAS/OMS no Brasil entende que fortalecer a APS no país é a estratégia central para a sustentabilidade do SUS. As mais robustas evidências apontam que um sistema de saúde orientado pela APS é mais equânime e custo-efetivo. Desta forma, a Organização e o Ministério da Saúde, com os apoios institucionais e a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), lançaram a 1a edição do Prêmio APS Forte em 2019, cujo tema central foi o atributo Acesso à saúde por meio da APS.
Embora sejam muitos os avanços observados na última década, diversos estudos e iniciativas de avaliação da qualidade da atenção proporcionada pelas equipes de Saúde da Família no SUS apontam que o acesso é o atributo da APS que mais precisa ser fortalecido no país. Na ocasião, a iniciativa recebeu 1.294 inscrições, sendo que 135 foram recomendadas para premiação. As experiências de Jaraguá do Sul (Santa Catarina), Abaetetuba (Pará) e da comunidade do Salgueiro (Rio de Janeiro) foram as vencedoras daquela edição. Em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, a OPAS/OMS no Brasil e o Ministério da Saúde lançaram a 2a edição da iniciativa para identificar e reconhecer publicamente os esforços e o trabalho de excelência dos profissionais da APS
no atendimento dos usuários com a nova doença. A APS demonstrou mais uma vez a capilaridade e a importância do SUS para todos os brasileiros. Foram 1.471 experiências inscritas, e 19 práticas foram selecionadas como de excelência e reconhecidas publicamente em evento virtual. Para abranger as atividades desenvolvidas pela APS durante a pandemia de Covid-19, o prêmio foi organizado em cinco áreas temáticas: gestão e organização dos serviços de APS para o cuidado e resposta à Covid-19; continuidade dos serviços essenciais da APS; prevenção e utilização de ferramentas de comunicação na APS; vigilância em saúde e monitoramento dos usuários; e ações voltadas para proteção de grupos
em situação de vulnerabilidade.