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O que é Laboratório de Inovação?

Os Laboratórios de Inovação são espaços de produção de evidências de boa gestão, a partir de práticas inovadoras desenvolvidas pelos gestores do SUS e de outros países, inicialmente abordando o tema Redes de Atenção à Saúde coordenadas pela Atenção Primária à Saúde, agora focando nos processos inovadores que induzem a melhores resultados em saúde.

Os Laboratórios são uma contribuição da OPAS/OMS Brasil, como parte de seu processo de cooperação técnica com Ministério da Saúde, Conass, Conasems, CNS e ANS, que busca valorizar as experiências inovadoras mediante a análise, sistematização e divulgação dos conhecimentos produzidos e acumulados na saúde, visando transformar o conhecimento “tácito” em “explícito” e fornecendo assim elementos e ferramentas importantes para a tomada de decisão do gestor.

Busca trazer afirmações e recomendações baseadas em evidências, produzidas por meio de estudos de casos realizados por especialistas, que, durante um período de aproximadamente um ano, se dedicam a aprofundar determinados temas que são alvo dos laboratórios. Na prática, os laboratórios buscam valorizar experiências significativas em saúde, resgatando e analisando os processos, as práticas, as ferramentas e os instrumentos desenvolvidos localmente e que vêm apresentando resultados positivos na saúde da população.

O Laboratório de Inovação parte do pressuposto de que muitas inovações são desenvolvidas no SUS, porém essas inovações carecem de sistematização, divulgação e até troca de conhecimentos com outros paises. Dessa forma, pretende-se desenvolver esse espaço como uma referência para o tema inovação em saúde e que sirva como instrumento de troca de conhecimento entre os gestores, trabalhadores da saúde e outros atores interessados e que também permita que outros países possam conhecer as experiências brasileiras que vêm produzindo impacto positivo na saúde da população.

Objetivo:

Produzir evidências de práticas e experiências inovadoras na saúde, proporcionando a gestão do conhecimento produzido, visando transformar o conhecimento tácito em conhecimento explícito.

Estratégia:

Quanto à metodologia de trabalho, resumidamente o desenvolvimento de um Laboratório de Inovação se realiza em três etapas. A primeira é a fase preparatória, a segunda é a operacional e a terceira é a de divulgação e resultados.

1. Fase Preparatória: Seleção dos Temas e Formação do Grupo de Trabalho.

Essa fase inicia com a escolha do tema objeto do laboratório e pela constituição do grupo de trabalho que irá conduzir o processo, sempre com um coordenador que ficará responsável por acompanhar o desenvolvimento do laboratórioem todas as fases. Segue pela etapa de estudo, com a revisão da literatura recente sobre o tema e busca por experiências nacionais e/ou internacionais.

2. Fase Operacional: Seleção de experiências e práticas bem sucedidas; Estudos de Caso; e Ciclos de Debates

Essa etapa é focada na detecção e valorização de boas práticas e é executada mediante a realização de estudos de caso das práticas mais significativas e potencialmente inovadoras. Aqui inicia a sistematização dos estudos de caso e busca-se ao máximo produzir conhecimentos, por meio de debates, oficinas, seminários, visitas de intercâmbio, produção de material técnico, além da sistematização dos estudos de caso.

3. Resultados: Portal da Inovação na Gestão do SUS; Série Técnica NavegadorSUS; Série Inovação na Gestão.

Nessa etapa são divulgados os conhecimentos e evidências produzidas, por meio de uma Série Técnica editada por MS, Conass, Conasems e Opas – Série Técnica NavegadorSUS ou pela Série Inovação na Gestão, exclusivamente online e que visa privilegiar as produções locais. Outra ferramenta para gestão do conhecimento é o Portal da Inovação na Gestão do SUS, que disponibiliza uma home page para cada tema do laboratório de inovação, desenvolvido como espaço permanente e dinâmico para troca de experiências e divulgação das inovações.

Desafio:

Transformar o conhecimento precioso, porém tácito, instituído pela criatividade dos gestores, em instrumentos práticos e explícitos para o beneficio da comunidade e dos gestores. Segundo Tasca (2011), é necessário destacar o “valor social” da inovação, ou seja, o que interessa não é apenas a novidade ou a sofisticação tecnológica, mas “os benefícios” que ela produz para os indivíduos ou para a coletividade.