Plataforma de consultas online: universitários auxiliam profissionais de saúde no enfrentamento da #Covid19, ampliando atendimento à população

O Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão (UniFacema) em Caxias, quinto maior município do Maranhão, criou uma plataforma de consultas online (https://covid19.unifacema.edu.br/) em parceria com a prefeitura para auxiliar a Atenção Primária à Saúde (APS) no enfrentamento da Covid-19. São 50 alunos dos cursos de Enfermagem, Psicologia e Nutrição que realizam a triagem, orientam os usuários, analisam os sintomas e monitoram os sintomáticos de Covid-19.

Durante 14 dias, os extensionistas, como são chamados os alunos do projeto, ficam em contato com o usuário, com consultas online a cada 48 horas, para acompanhar o plano de cuidado elaborado para cada caso. Quando a avaliação médica é necessária, o usuário é encaminhado à UBS para testagem e assistência. A plataforma atende até 13 cidades ao redor de Caxias, com nove UBS na zona rural e vinte e duas na zona urbana, sendo a UBS do Centro a de referência, com o maior número de casos confirmados. Depois da ampliação da testagem, os números cresceram de 400 para 1200 casos confirmados até o fim de junho. No início, o diagnóstico era apenas clínico, pois não tinha como testar todos os usuários, a maioria, que era de risco baixo, o monitoramento já descartava a necessidade de atendimento na UBS.

Há 1.200 usuários cadastrados na plataforma, com 16 casos positivos para Covid-19 até a presente data (25/06/20). O projeto faz busca ativa de contatos do usuário positivo e monitora a família por meio de questões presentes na ficha de acompanhamento, como por exemplo: “Quantas pessoas moram na casa?”, “Quantas apresentam sintomas de gripe?”, “Quem na sua casa utiliza máscara?”, entre outras.

“A telemedicina é uma grande aposta para a atenção básica, pois muitas situações podem ser filtradas na consulta virtual, equilibrando as demandas na UBS. As teleconsultas são um grande filtro de entrada para minimizar a superlotação das unidades de saúde, intensificar as orientações, fortalecer o SUS e mudar a percepção da população sobre educação e promoção em saúde”, explica o coordenador do curso de enfermagem da UniFacema e idealizador do projeto, Francisco Oliveira.

O número de consultas aumenta a cada dia. Os principais sintomas apresentados são espirros, dor de cabeça (80%) e dor de garganta (76%); casos moderados apresentam algum desconforto respiratório (57%), febre (48%) e fadiga (48%). A plataforma ganhou dimensão e usuários de outros estados também entram em contato, “As mulheres, entre 25 e 40 anos, são as que mais procuram atendimento. O atendimento psicossocial tem uma grande demanda, o nível de ansiedade da população aumentou com a pandemia”, pontua Francisco.

“Criamos uma plataforma virtual autorizada pelo Ministério da Educação (MEC), que utiliza acadêmicos em apoio à Atenção Primária à Saúde (APS) no território. A ferramenta pode ser expandida para todo o país”, conclui Oliveira.