Seis experiências exitosas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no Sistema Único de Saúde (SUS) participaram do Laboratório de Inovação em Saúde, que teve o desafio de compreender a complexidade e o alcance das PICS no SUS e, a partir da sistematização delas, aqui apresentadas, fomentar o intercâmbio de conhecimento entre os profissionais de saúde e gestores do SUS. A iniciativa foi lançada em outubro de 2021, pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil e pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, em comemoração aos 15 anos da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no SUS (PNPIC).
As PICS vêm se demonstrando como estratégias de cuidados inovadoras, baseadas em conhecimentos tradicionais, e que há mais de uma década está ganhando protagonismo nos serviços de saúde, em todos os níveis de atenção, da primária à média e alta complexidade. Atualmente, 29 práticas são oferecidas pelo SUS: apiterapia, aromaterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos, medicina antroposófica, medicina tradicional chinesa/acupuntura,
meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, ozonioterapia, plantas medicinais e fitoterápicos, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, terapia de florais, termalismo social/crenoterapia e yoga.
No campo acadêmico, registra-se que, apesar de muito ter se avançado na busca de evidências científicas que demonstrem a eficácia das PICS para a saúde, é necessário avançar com metodologias de pesquisa cada vez mais robustas, com a ampliação do campo de pesquisa clínico. Com o objetivo de reduzir as lacunas do conhecimento sobre o tema, o Laboratório de Inovação em Saúde sistematizou práticas consolidadas no SUS para contribuir para a promoção e recomendação das PICS de forma segura e oportuna, para o bem comum das populações, ampliando o acesso aos cuidados de saúde.