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A representação da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil (OPAS Brasil) reuniu pesquisadores nacionais e internacionais que estão analisando os avanços do SUS nestes 30 anos e que apontarão os desafios e os possíveis caminhos para a sustentabilidade do sistema de saúde em 2030, data em que os países estipularam alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os pesquisadores foram convidados pela OPAS Brasil para elaborarem um documento para ser publicado este ano, como parte das atividades da Agenda 30 anos de SUS, que SUS para 2030?, promovida pela instituição. A reunião ocorreu no fim de janeiro, em Brasília, e foi organizada pela Unidade Técnica de Sistemas e Serviços de Saúde da OPAS.

“Este estudo tem um valor muito interessante para literatura internacional, especialmente, para os investigadores na área de saúde pública global, porque o SUS é um sistema que promove a cobertura universal. Além disso é um modelo muito interessante que pode ser seguido por outros países. O SUS tem várias políticas que visam ampliar os serviços e o acesso, principalmente, para a população mais vulnerável, como o Programa Mais Médicos”, explica uma das coordenadoras da pesquisa, a assessora na área de investigação de Sistemas e Serviços de Saúde na OPAS em Washington, Gisele Almeida.


Pesquisadores internacionais ressaltam o papel da sociedade para garantir a sustentabilidade do SUS

 

Para o pesquisador do Imperial College of London, Thomas Hone, a sociedade tem um papel relevante na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante de um grave cenário de crise econômica, com a vigência da Emenda Constitucional n. 95, a partir de 2018, que congela os investimentos na Saúde por 20 anos, Thomas Hone acredita que “se deva manter o compromisso político com o SUS, não só em nível federal, mas também em nível municipal e estadual, e que para isto é fundamental o papel da sociedade, para pressionar, para assegurar que os ganhos que foram alcançados com o SUS, por meio de importantes políticas, como o Programa Estratégia Saúde da Família e o Programa Mais Médicos, não sejam perdidos, e que continuem sendo fortalecidos”.

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Estudo projeta milhares de mortes em crianças menores de cinco anos como efeito da austeridade fiscal

 

A mortalidade em crianças menores de cinco anos poderá ser maior nos próximos 13 anos (até 2030) sob efeito das medidas de austeridade fiscal adotadas com a Emenda Constitucional 95, conhecida como Emenda do Teto dos Gastos, que reduz investimentos em políticas públicas e congela os recursos da Saúde e da Educação por 20 anos a partir de 2017. O alerta é de pesquisadores que projetaram o impacto do ajuste fiscal levando em consideração o índice de pobreza dos municípios e a cobertura dos programas Bolsa Família e Saúde da Família. “O estudo aponta um grande impacto que a EC 95 poderá causar em milhares de crianças menores de cinco anos, que poderão morrer mais por desnutrição, doenças diarreicas e por outras causas de mortalidade decorrentes da pobreza, que incidirão com mais força em municípios mais pobres do país”, explica o coordenador do estudo Davide Rasella, pesquisador da Fiocruz.

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Entrevistas

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