“A realidade dos povos indígenas que vivem nos centros urbanos é marcada por preconceitos e estigmas quanto à identidade étnica. É duplamente excludente, primeiramente porque não estão incluídos no Subsistema de Saúde Indígena, coordenado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS) e, segundo, porque não tem uma atenção diferenciada pela gestão municipal que é a responsável pelo cuidado dos indígenas no contexto urbano”, iniciou Rodrigo Tobias Lima, pesquisador em Saúde Pública do ILMD/Fiocruz Amazônia, explicando o contexto da experiência realizada em Manaus.
Devido às negligências vivenciadas pelos indígenas na cidade de Manaus no contexto pandêmico, nasceu o projeto de pesquisa colaborativa Manaós, com implicações e mudança do cenário de participação dos indígenas. Foi elaborado para ser realizado junto com a comunidade desde a sua concepção. Pesquisadores, trabalhadores e gestores da saúde, lideranças e usuários indígenas elaboraram estratégias para ampliar o acesso à essa população, para promover a participação social e dar visibilidade às demandas e necessidades desse grupo social. O projeto foi desenvolvido na Comunidade Parque das Tribos, que tem uma população estimada de 3 mil habitantes, com 35 etnias, com o objetivo de trazer respostas pertinentes à melhoria da qualidade de vida e da saúde da população indígena.
Segundo o autor, “há um choque de cultura e um preconceito de racismo estrutural que esses grupos sofrem, os indígenas vivem em áreas de grande vulnerabilidade socioambiental, com uma reduzida infraestrutura urbana e com Unidades de Atenção Básica distantes dos seus locais de moradia. A organização social de populações indígenas em contexto urbano é um fenômeno relativamente recente e ainda pouco estudado, sendo necessário maior investimento em pesquisa para subsidiar as gestões municipal e estadual na implantação de políticas que ampliem o acesso”.
Entre os resultados alcançados, Tobias Lima cita a construção colaborativa de edital Fiocruz – AIMPAT e Formação de 20 Agentes Indígenas de Saúde Urbanos para atuar nas equipes de saúde do Parque das tribos; participação de cinco consultas públicas na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Manaus, sobre saúde, educação, acesso à água e coleta de lixo; realização de 15 oficinas de empoderamento e promoção da autonomia da identidade e cultura indígena e sua relação com a saúde e condições de vida na cidade; elaboração de um site do Projeto Manaós e formulação de três documentos da AIMPAT para manifestação e a construção de uma Unidade Básica de Saúde Culturalmente Diferenciada, que será inaugurada em junho de 2023.
“A experiência é inovadora, pois apresenta possibilidade singular de promoção da autonomia de coletivos organizados indígenas que sofrem de invisibilidades, diante do setor público e suas políticas, a partir de projetos de pesquisa e intervenção a favor da participação social e promoção da cidadania”, finalizou Rodrigo Tobias Lima.
A experiência participou da terceira live do Laboratório de Inovação Latino-Americano de Práticas de Participação Social em Saúde, realizada no dia 11 de maio, que está disponível no Canal do Portal da Inovação na Gestão do SUS no YouTube, em português, espanhol e libras.
“La realidad de los pueblos indígenas que viven en los centros urbanos está marcada por prejuicios y estigmas en torno a la identidad étnica. Es doblemente excluyente, primero porque no están incluidos en el Subsistema de Salud Indígena, coordinado por la Secretaría Especial de Salud Indígena (SESAI/MS) y, segundo, porque no cuenta con una atención diferenciada por parte de la gestión municipal que tiene a su cargo el cuidado de los indígenas en el contexto urbano”, comenzó Rodrigo Tobias Lima, investigador en Salud Publica del ILMD/ Fiocruz Amazônia, explicando el contexto de la experiencia realizada en Manaus, Brasil.
Debido a la negligencia vivida por los indígenas de la ciudad de Manaus en el contexto de la pandemia, nació el proyecto de investigación colaborativa Manaós, con implicaciones y un cambio en el escenario de la participación indígena. Fue diseñado para ser realizado en conjunto con la comunidad desde su concepción. Investigadores, trabajadores y gestores de salud, líderes indígenas y usuarios han desarrollado estrategias para ampliar el acceso a esta población, promover la participación social y dar visibilidad a las demandas y necesidades de este grupo social. El proyecto fue desarrollado en la Comunidad Parque das Tribos, que tiene una población estimada de 3.000 habitantes, con 35 etnias, con el objetivo de traer respuestas pertinentes para mejorar la calidad de vida y salud de la población indígena.
Según el autor, “hay un choque cultural y un prejuicio de racismo estructural que sufren estos grupos, los indígenas viven en zonas de gran vulnerabilidad socioambiental, con una infraestructura urbana reducida y con Unidades de Atención Primaria alejadas de sus lugares de residencia. La organización social de las poblaciones indígenas en un contexto urbano es un fenómeno relativamente reciente y aún poco estudiado, que requiere una mayor inversión en investigación para apoyar la gestión municipal y estatal en la implementación de políticas que amplíen el acceso”.
Entre los resultados alcanzados, Tobias Lima menciona la construcción colaborativa del aviso público Fiocruz – AIMPAT y la Formación de 20 Agentes Indígenas de Salud Urbana para actuar en los equipos de salud del Parque das Tribos; participación en cinco consultas públicas en la Asamblea Legislativa y el Ayuntamiento de Manaus, sobre salud, educación, acceso al agua y recolección de basura; la realización de 15 talleres de empoderamiento y promoción de la autonomía de la identidad y cultura indígena y su relación con la salud y las condiciones de vida en la ciudad; elaboración de un sitio web para el Proyecto Manaós y formulación de tres documentos AIMPAT para la manifestación y construcción de una Unidad Básica de Salud Culturalmente Diferenciada, que será inaugurada en junio de 2023.
“La experiencia es innovadora, pues presenta una posibilidad única de promover la autonomía de grupos indígenas organizados que sufren invisibilidades, frente al sector público y sus políticas, a partir de proyectos de investigación e intervención a favor de la participación social y promoción de la ciudadanía”, presentó Rodrigo Tobías Lima.
La experiencia participó del tercero live del Laboratorio de Innovación de América Latina de Prácticas de Participación Social en Salud, realizada en 11 de mayo, que está disponible en el Canal del “Portal da Inovação na Gestão do SUS” en YouTube, en portugués, español y libras.
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