Comunicação Comunitária e Direitos à Saúde

Eixo: Práticas Comunitárias de Vigilância em Saúde/participação comunitária

Instituição: Centro de Estudos Afro-brasileiros Ironides Rodrigues

  • Ana Bartira da Penha Silva
  • Jorge Luiz Barbosa

“Acreditamos que o aludido projeto realizado com o apoio da Fiocruz e da Opas nos trouxe uma das mais experiências mais significativas de atuação comunidade implicando direitos e saúde, tendo como protagonismo mulheres negras cis e trans residentes em territórios populares de Niterói e São Gonçalo”, explicam Ana Bartira da Penha Silva e Jorge Luiz Barbosa, autores do projeto.

Segundo o relato, o objetivo geral foi promover experiências de formação, criação e compartilhamento de produtos e de dispositivos digitais e territoriais de comunicação comunitária para construção de uma plataforma de direitos à moradia digna, à alimentação segura e à saúde integral de populações residentes em favelas da cidade de Niterói/RJ. Oferecer formação continuada do repertório conceitual e prático de trinta comunicadores comunitários para geração de peças de sensibilização e domínio de dispositivos de difusão para campanhas de promoção de direitos. Criar, organizar e desenvolver três campanhas de comunicação comunitária mobilizando diferentes linguagens estéticas e dispositivos digitais (Fanzines, Podcasts, Memes e Teasers); e, contribuir para a organização de Coletivo de Comunicadores Populares dedicado à mobilização de direitos à moradia digna, à alimentação segura e à saúde integral.

“Com a experiência relatada foi possível contribuir com a formação básica em comunicação comunitária de 25 mulheres negras residentes em territórios populares. Geramos seis produtos de comunicação vinculados à proteção, cuidado e atenção à saúde comunitária, a saber: DOC Comunicação, Direitos Humanos e Saúde da Mulher

(https://drive.google.com/drive/folders/16QWawPwBCmR1QpF9eGPtITjLKLV9OpUl?

usp=share_link), Post Oficina de Criação Participativa

(https://drive.google.com/file/d/1qa5nAgfuT9kqcvgObu9RdDnFUt0eymqR/view?usp=share_link) e Memes da Oficina de Criação Participativa

https://drive.google.com/file/d/1BXvVa43cE0PjDUdemtCaUkK1H4OJ7EYN/view?usp=share_link”, comentaram os autores.

Sobre o principal desafio, os autores pontuam a continuidade do trabalho realizado, “Recebemos apoio da Fiocruz e da OPAS apenas por 6 meses. Há, portanto, a necessidade de apoios mais amplos, consistentes e duradouros para que iniciativas como a que realizamos possam se constituir em toda sua potência criativa e relevância social”.

“Podemos afirmar que a experiência foi inovadora no sentido de sua metodologia de trabalho, uma vez que foi baseada no compartilhamento de conceitos, técnicas e experiências em um ambiente comum de aprendizagem. Outro movimento foi o de combinar a criação estética com questões pertinentes à saúde, tendo o território como referência as vivências do território”, finalizaram.

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