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TELEMONITORAMENTO DOS PACIENTES COM DIAGNÓSTICO CONFIRMADO DE COVID-19 EM UM TERRITÓRIO DE EXTREMA VULNERABILIDADE LOCALIZADO EM SAMAMBAIA NORTE – DF

Autora: Amanda Bezerra de Andrade

Co-autora: Nádia Costa de Assunção

Profissionais de saúde do NASF-AB atuam no telemonitoramento dos usuários do SUS com diagnóstico de Covid-19 em um território de extrema vulnerabilidade em Samambaia Norte – DF. A equipe faz contato por telefone para saber a evolução do quadro do usuário e se algum contato próximo apresentou sintomas. Entre os profissionais do telemonitoramento estão assistente social, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo, com escala alternada, além do suporte dos residentes de saúde da FEPECS e FIOCRUZ Brasília.

O trabalho consiste também em verificar outras questões, como fatores que possam prejudicar o isolamento, situações de vulnerabilidade, como insegurança alimentar e presença de sofrimento psíquico, buscando a mobilização de uma rede social de apoio. “O telemonitoramento e a teleorientação são modalidades importantes, sendo alternativas para suporte ao cuidado de usuários acompanhados na APS”, explica Amanda Bezerra, fisioterapeuta do NASF-AB.

“Na prática, o monitoramos os usuários infectados e membros da sua família, para acompanhar em caso de agravamento de sinais e sintomas da Covid-19, acompanhamos a evolução do quadro clínico, orientamos sobre a necessidade do isolamento social, sobre medidas de higiene, e sobre a organização do fluxo de atendimento das UBS e serviços de urgência e emergência disponíveis na região de saúde”, complementa Amanda Bezerra.

O telemonitoramento é feito a cada 24h para os pacientes com comorbidades e/ou grupo de risco ou com pioras dos sintomas, e a cada 48h nos demais casos. Acompanhamento por no mínimo 14 dias para os sintomáticos e para assintomáticos monitoram por 72h. O monitoramento conta com uma planilha dividida em: casos em análise, casos novos positivos e em acompanhamento, casos negativos, casos encerrados (cura), casos de outras regiões, internados e óbitos, com atualização e inserção de casos diariamente, essa atualização também é feita no e-SUS.

“Nossas ferramentas de suporte são os grupos de WhatsApp do teletrabalho, no qual lançamos as planilhas todos os dias, e estão presentes a gerência e toda equipe do NASF e todos os coordenadores de saúde da família e médicos. Outra ferramenta é o boletim epidemiológico realizado pelas residentes de gestão da FEPECS e disponibilizado semanalmente para todos os colaboradores. De abril a 31 de agosto de 2020, contabilizamos 1.074 casos suspeitos, 610 casos positivos, 453 negativos, 531 casos encerrados e 11 óbitos”, finaliza Amanda Bezerra.

 

APSFORTE - Samambaia norte: telemonitoramento de pacientes com diagnóstico de COVID19

Esta experiência participou do debate “Integração entre Vigilância em Saúde e APS - COVID19”, realizado em 8 de setembro, assista na íntegra:

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