O município de Teresina tem 1.392km2 de área territorial, fazendo divisas com dez municípios piauienses e um município do estado do Maranhão. Possui 850.198 habitantes (estimativa do IBGE/2017), com 94,3% da população residindo na zona urbana, com densidade demográfica de 584,94 habitantes/km². A população do sexo feminino (53,25%) é superior a masculina (46,75%), 30,9% são jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, e aproximadamente 8,5% são maiores de 60 anos.
É uma capital que vem se firmando como centro de referência médico-hospitalar na região Meio Norte. Tal condição adveio da dimensão da atuação governamental, não governamental e particular implantado, considerado importante em quantidade e complexidade. Nos últimos anos, principalmente, os estabelecimentos médico-hospitalar e laboratorial de Teresina evoluíram em dimensão, tecnologia e credibilidade a tal ponto que, no setor, já se referem à Teresina com o status de Polo Regional de Saúde. Atende a população estadual e parte da demanda do Estado do Maranhão, Pará, Ceará e Tocantins.
O Índice de Desenvolvimento Humano de Teresina é 0,751, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,820, seguida de Renda, com índice de 0,731, e de Educação, com índice de 0,707 (ATLAS BRASIL).
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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus Componentes – Teresina – PI
IDHM E COMPONENTES | 1991 | 2000 | 2010 |
IDHM Educação | 0,308 | 0,488 | 0,707 |
IDHM Longevidade | 0,708 | 0,734 | 0,820 |
IDHM Renda | 0,606 | 0,664 | 0,731 |
Fonte: PNUD, IPEA e FJP.
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Dos dados e indicadores gerais relacionados à saúde, em 2016 o Coeficiente de Mortalidade Geral da cidade foi de 6,0 óbitos para cada 1.000 habitantes, sendo os óbitos por doença do aparelho circulatório a primeira causa 28,39%, seguidos pelas neoplasias 17,57% e causas externas 14,22%, estas causas juntas representaram 60,18% da mortalidade geral do ano de 2016. A taxa de mortalidade infantil teve uma queda importante no período de 2010 a 2016, diminuindo de 16,55 para 14,84 óbitos menores de um ano por mil nascidos vivos. Especificamente em relação à mortalidade neonatal precoce, houve relativa queda no mesmo período, uma vez que diminuiu de 8,39 para 7,94 por mil nascidos vivos.
Dentre os agravos de importância no município, destaca-se a Tuberculose, em 2016 foram diagnosticados 319 casos novos de todas as formas clínicas, com uma taxa de incidência de 37,6 casos/100.000 habitantes. Nos últimos anos alcançou um percentual de cura de casos novos acima de 85% e uma taxa de abandono próximo de 5%.
A Hanseníase permanece de forma endêmica, em 2017 foram diagnosticados 303 casos novos de Hanseníase, uma taxa de incidência de 35,6 casos por 100.000 habitantes, percentual de cura de 87,8%.
A Sífilis tornou-se preocupante nos últimos anos, em 2017 foram 234 casos de Sífilis Congênita, taxa de incidência de 16,6 casos por cada mil nascidos vivos, apesar do aumento de cobertura de gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal permanece como desafio diagnosticar, tratar e impedir a transmissão vertical da Sífilis.
Dentre as Doenças Transmitidas por Vetores, destaca-se a Leishmaniose Visceral (calazar), tendo sido confirmado 45 casos, no ano de 2016, com registro de 2 óbitos. A dengue ocorre de forma endêmica, porém sem registro de óbito no último ano.
Dentre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), estão entre as principais causas de morte as doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças do aparelho respiratório e causas externas. A Taxa de mortalidade prematura (de 30 a 69 anos) pelo conjunto das quatro principais DCNT (Doenças do aparelho circulatório, Câncer, Diabetes e Doenças Respiratórias Crônicas) variou de 314,94 (2012) para 323,27 (2016) óbitos por grupo de 100.000 habitantes.
Os acidentes de transporte foram a causa de internação mais frequente, na sua maioria relacionados a motocicletas, sendo a maior causa de internação dos residentes, representaram 14,22% em 2016 e 14,97% em 2017. A maioria das internações por causas externa, foram de pessoas menores de 60 anos (83,37%), sendo 63,17% na faixa etária de 15 a 49 anos, atingindo grande parte da população na faixa etária economicamente ativa.
No tocante a causas de óbitos, por causas externas, são as agressões e os acidentes de transporte que representam mais de 75% das mortes. As lesões autoprovocadas vem em seguida com 8% dos óbitos por causa externas. Considerando também a evolução das taxas por grupo de 100.000 habitantes, as mortes por agressão aumentaram de 24,8 para 41,6 mortes por grupo de 100.000 habitantes, os acidentes de transporte reduziram de 31,8 para 26,5 e as mortes por lesões autoprovocadas voluntariamente permanecem praticamente estáveis.
Frente ao quadro epidemiológico, contemplando as neoplasias, doenças cardiovasculares e respiratórias, transtornos mentais, causas externas, tuberculose, HIV, sífilis e doenças de transmissão vetorial, bem como a situação de vida da população teresinense, a rede de serviços de saúde está adequada para atender às principais necessidades. Assistência, vigilância e gestão trabalham em parceria e integradas para atender essas necessidades, nos diferentes níveis de atenção à saúde compreendendo e fortalecendo a atenção primária como a verdadeira ordenadora do cuidado.