“A epidemia tem se comportado na Espanha como uma infecção fundamentalmente hospitalar e transmitida por profissionais, por duas razões: mais da metade tem se produzido na residência de adultos maiores e nos hospitais. Em segundo lugar, entre os casos produzidos, cerca de 15% dos infectados são profissionais de saúde, um dos mais altos do mundo. Nesse sentido eu faria várias recomendações, mas é imprescindível que os profissionais de saúde estejam bem protegidos com equipamentos de proteção profissional ou individual. Em segundo lugar, todos os elementos do sistema sanitário são imprescindíveis para atender a pandemia, certamente os hospitais e as unidade de cuidados intensivos, mas a Atenção Primária à Saúde também é tão importante ou mais, porque tem que fazer o papel de detecção precoce de casos, de seguimento e acompanhamento nas fases finais da morte. E por último, eu destacaria o papel imprescindível da saúde mental. O dano que isso vai produzir, não somente nas famílias das pessoas mortas, mas como em toda sociedade. É necessário dar uma resposta a todas essas necessidades de saúde também”, aponta o médico e o professor da Escola Andaluza de Saúde Pública, Sergio Minué.