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Países assumem compromisso para reduzir desigualdades: Declaração Política sobre Determinantes Sociais da Saúde

A Declaração Política sobre Determinantes Sociais da Saúde (DSS), aprovada no dia 21 de outubro, no Rio de Janeiro, oficializou o compromisso político entre os mais de 100 países signatários pela redução das desigualdades e reforçou a importância das ações sobre saúde. O documento foi apresentado durante a cerimônia de encerramento da Conferência, realizado no Forte de Copacabana.

 

Desde o dia 19, chefes de Governo, ministros de Estado, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e da sociedade civil organizada estavam reunidos para discutir o assunto.

 

O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, que presidiu a conferência, reforçou que é necessário investir cada vez mais nas áreas sociais e em saúde nos momentos de instabilidade econômica. Padilha relembrou os ideais presentes na Declaração de Alma-Ata (fruto da Conferência Internacional de Atenção Primária à Saúde, realizada em 1978, no Cazaquistão),  na qual a noção de ações intersetoriais já se fazia presente. Ele pontuou também a necessidade de políticas de saúde específicas e diversas e que auxiliem na redução das desigualdades culturais, raciais, econômicas e sociais e também a necessidade de ações conjuntas entre os países.

 

O evento foi a maior conferência já realizada fora da sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra. Para o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, o encontro escreve “um importante capítulo para a saúde pública e políticas sociais no mundo”. Para ele, sociedades mais justas e inclusivas devem ter como objetivos o bem-estar e a saúde humana. “O acesso à saúde é também um tema de relevância no contexto de desenvolvimento sustentável. Tema em questão na Rio +20. A conferência que encerramos hoje é um importante passo no caminho da Rio +20″, lembrou o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

 

Rüdiger Krech, diretor do Departamento de Ética, Comércio Equidade e Direitos Humanos da OMS, avaliou que é tarefa de todos os países participantes do encontro avançar na agenda sobre os determinantes sociais.

 

A ministra de Estado da Saúde e Serviços Sociais da Finlândia, e vice-presidente da Conferência, Maria Guzenina-Richardson, lembrou que o Brasil foi escolhido pela OMS para ser sede do encontro porque, entre outros motivos, foi o primeiro país a responder ao chamado da organização e, ainda em 2006, criou sua Comissão Sobre Determinantes Sociais da Saúde. Desde então, tem assumido um papel de liderança no cenário internacional na busca do compromisso entre as nações por mais solidariedade e redução das iniqüidades.

 

“A população do Brasil tem muita sorte de ter os determinantes sociais em suas políticas,  isso é muito importante para os países, sejam eles pobres ou ricos. A conferência do Rio determinou uma base essencial para nosso trabalho futuro, para que as nações possam agir no mundo globalizado de maneira prática, para proteger a vida das pessoas e promover a saúde sustentável”, finalizou a ministra.

 

Fonte – Agência Saúde e Equipe CMDSS

 

Donwload da Declaração em inglês 

 

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