O presidente do Conass, Nésio Fernandes de Medeiros Junior, Secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo lançou no stand da OPAS/OMS Brasil, no Congresso da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em Salvador, a publicação Inovações na Gestão em Saúde e a Resiliência do SUS: a experiência capixaba na resposta à Covid-19. O estudo é fruto das atividades elencadas no termo de cooperação com o escritório da OPAS no Brasil, e foi organizado pelos pesquisadores Adriano Massuda e Elisandréa Kemper. A publicação, lançada na tarde de terça-feira, 22 de novembro, também contou com apoio do corpo editorial da Rede Unida.
“O livro retrata o esforço criativo da gestão do SUS que em plena pandemia ousou apostar na inovação como resposta à catástrofe epidemiológica que vivemos. Tínhamos a 5ª pior cobertura de atenção primária, nunca passamos a média nacional de 65% e já alcançamos 92%. Nossa resposta foi fortalecer o SUS em todos os níveis de atenção, duplicamos o número de leitos de UTI, reposicionamos a vigilância em saúde e modernizamos a engrenagem regulatória do acesso. Obra de muitos trabalhadores e trabalhadoras”, enfatiza Nésio Fernandes Junior.
O coordenador da área de Sistemas e Serviços de Saúde e Capacidades Humanas da OPAS/OMS no Brasil, Roberto Tapia, exaltou a resiliência do sistema de saúde capixaba no enfrentamento da pandemia. “O Estado, durante a pandemia da Covid-19, aprimorou as áreas de ensino, inovação e gestão da rede assistencial, este por meio da contratualização, da medição de indicadores e do desempenho assistencial. Também investiu no desenvolvimento da rede de atenção, melhorando os estabelecimentos de saúde já existentes. É uma iniciativa original e uma ação concreta para aprimorar a resiliência do sistema sanitário capixaba”, explica Tapia.
A publicação descreve os resultados da análise da experiência capixaba, que segundo os autores estão alinhados com achados de outros estudos internacionais, que chegam à conclusão de que novos instrumentos, estratégias e liderança, são cruciais para que um novo ciclo político de organização do SUS, conduzido pelos governos estaduais, se desenvolva. Nesse contexto, o esforço do Espírito Santo não deve ser considerado apenas um programa de modernização e aprimoramento da gestão, mas uma iniciativa concreta de transformação da direcionalidade da atuação dos governos estaduais para tornar sua ação mais efetiva e coerente com os valores que fundamentam o SUS frente aos desafios contemporâneos enfrentados pelo setor saúde.