Criança com Broncodisplasia Pulmonar

O Atendimento Domiciliar à criança portadora de Broncodisplasia Pulmonar No texto, temos: Por se tratar de uma iniciativa inovadora, as dificuldades e as soluções dos problemas vão surgindo no decorrer do atendimento. Podem citar exemplos de soluções encontradas pela equipe para problemas que se apresentaram?

No texto, temos: Com o acompanhamento domiciliar, observa-se que o índice de internação hospitalar por complicações do estado geral destas crianças foi reduzido, pois a intervenção nas possíveis descompensações foi realizada de maneira rápida e efetiva. Podem fazer um comparativo com os índices de internação anteriores à implantação do serviço?

1- Instituição Preponente:
Programa de Assistência e Internação Domiciliar – PAID
Rua Wenceslau Brás, 429, Parque São Paulo
Cascavel/PR
CNPJ:09.051.532/0001-22

2- Autores:
Angelina Souto Dalzochio
Osvalmir Sá da Silva
Sirlei Severino Cezar

3- Contato:
45-39021890
angelinadalzochio@hotmail.com; osvalmir@hotmail.com;
sirlei_severino@hotmail.com

4- Eixo: Cuidado

5- Tema principal: Cuidados com recém-nascidos

6- Título: O Atendimento Domiciliar à criança portadora de Broncodisplasia Pulmonar

7- Resumo estruturado:

A broncodisplasia pulmonar (BDP) é uma doença multifatorial caracterizada por alterações na função respiratória de recém-nascidos decorrentes à prematuridade, os quais foram submetidos a oxigenioterapia e ventilação mecânica nos primeiros dias de vida, gerando uma dependência de oxigênio ou de assistência respiratória por um período prolongado. Seu tratamento consiste em suporte nutricional, uso de diuréticos, beta-agonistas, corticóides e oxigenação adequada.

A oxigenioterapia domiciliar prolongada objetiva manter a saturação de oxigênio acima de 92%, através do uso de cateter nasal ou máscara facial, impedindo assim a hipoxemia que pode levar a alterações cardio-pulmonares, influenciar no ganho de peso e desenvolvimento cerebral dos pacientes com broncodisplasia pulmonar. Dessa forma, a atenção domiciliar visa manter os níveis de atividade normais através do controle da sintomatologia, garantir crescimento somático (ganho de peso principalmente) e desenvolvimento neuropsicomotor adequados, manter a função pulmonar tão normal quanto possível, minimizar as exacerbações da doença, prevenir e intervir precocemente nas infecções respiratórias, evitar os efeitos colaterais das medicações e principalmente tentar manter o paciente em casa melhorando sua qualidade de vida e de sua família.

Objetivo: Apresentar através deste a experiência do Programa de Atenção e Internação Domiciliar de Cascavel – PR (PAID) acerca do tratamento domiciliar de crianças prematuras que foram diagnosticadas com Broncodisplasia Pulmonar.

Métodos: Os dados foram resgatados dos prontuários de quatro pacientes com diagnóstico de BDP que estiveram em acompanhamento domiciliar no Programa de Atenção e Internação Domiciliar de Cascavel – PR (PAID) no período entre os anos 2009 a 2013.

Resultados: Durante o período em que receberam atendimento do PAID, todos os pacientes foram acompanhados por todos os profissionais que integram o programa – EMAD (médico, enfermeira, fisioterapeuta e técnicos de enfermagem) e EMAP (odontólogo, nutricionista e assistente social), onde cada profissional desenvolveu sua terapêutica conforme a necessidade de cada caso.

Os casos foram encaminhados ao serviço pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), centro de referência regional para crianças prematuras. O acompanhamento domiciliar é realizado em conjunto com centros de reabilitação e serviços especializados como CEACRI (Centro de Atendimento Especializado a Criança), Clinica de Fisioterapia da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) e FAG (Faculdade Assis Gurgacz) e Ambulatório de pediatria do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), os quais podem ou não permanecer até o momento em que a família esteja devidamente adaptada aos cuidados com a criança e integrada aos serviços básicos e de referência.

A média de idade ao nascimento (idade gestacional) dos pacientes atendidos foi de 25,5 semanas, não havendo predominância de sexo. O peso ao nascer variou de 600 a 795g (média de 715g), o peso na admissão do programa esteve entre 1980g a 5900g e o peso na alta variou de 4600g a 7700g; o peso foi um fator de grande importância no tempo de internação domiciliar, como se apresenta na tabela abaixo:

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Observando as necessidades gerais no tratamento da Broncodisplasia Pulmonar, os pacientes foram acompanhados até o momento que não mais necessitavam de oxigenioterapia domiciliar e obtiveram ganho de peso satisfatório. Ganho de peso proporcionado com a aquisição pelo município de dietas especiais (hipercalóricas e hiperprotéicas) conforme a necessidade de cada paciente. Apenas um caso (paciente 4) o acompanhamento foi interrompido devido a mudança de cidade.

Conclusão: A maior dificuldade encontrada no serviço é a falta de relatos de experiência que poderiam nos ajudar na criação de protocolos e na atuação profissional realizado ao atendimento domiciliar para pacientes com BDP. Por se tratar de uma iniciativa inovadora, as dificuldades e as soluções dos problemas vão surgindo no decorrer do atendimento. Podem citar exemplos de soluções encontradas pela equipe para problemas que se apresentaram?

Com o acompanhamento domiciliar, observa-se que o índice de internação hospitalar por complicações do estado geral destas crianças foi reduzido, pois a intervenção nas possíveis descompensações foi realizada de maneira rápida e efetiva. Podem fazer um comparativo com os índices de internação anteriores à implantação do serviço? Facilitando também o vínculo afetivo com toda a família, pois durante a internação hospitalar as visitas são reduzidas ficando na maior parte do tempo com a companhia da mãe que, por sua vez fica sobrecarregada. Em alguns casos a criança internada não é seu único filho, causando angústia e, às vezes, até mesmo culpa por ter que deixar os outros filhos sob o cuidados de terceiros, enquanto fica no hospital. Na residência observa-se a participação de toda a família, pai, avós, tios, irmãos, entre outros, que passam ser mais atuantes nos cuidados, tirando também a sobrecarga da mãe. As orientações repassadas à família são assimiladas de forma mais rápida, pois, com o tempo de internação geralmente prolongados, estas orientações e cuidados já são rotina principalmente para a mãe que nos auxilia na capacitação dos demais membros da família. Outra vantagem para a criança é a menor exposição a patógenos comuns em ambiente hospitalar, já que devido a patologia que apresentam são mais suscetíveis a infecções, principalmente respiratórias.

 

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