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Movimento “O SUS NAS RUAS” na Bahia no controle social na pandemia da COVID 19: interface da educação popular com as práticas integrativas e complementares em saúde

“O movimento SUS nas RUAS mostra o potencial de um SUS que prioriza a participação comunitária, a integralidade, a universalidade, a equidade e a educação popular.” Maria Teresa de Santana, enfermeira e docente da Universidade Federal da Bahia.

A experiência foi selecionada pelo Laboratório de Inovação – Conselhos de Saúde e Participação Social na resposta à Covid-19

“O movimento SUS nas RUAS mostra o potencial de um SUS que prioriza a participação comunitária, a integralidade, a universalidade, a equidade e a educação popular.” Maria Teresa de Santana, enfermeira e docente da Universidade Federal da Bahia.

O Movimento SUS nas Ruas, na Bahia, surgiu em agosto de 2020, a partir das necessidades dos profissionais do SUS frente à pandemia da Covid-19. O Movimento também conta com a parceria dos docentes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), dos conselheiros de saúde do município Ibipitanga/BA e da Articulação Nacional dos Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps).

“O movimento cresceu em pouco tempo, é forte e se propõe a fazer a defesa do SUS com todos os profissionais que estão à frente da pandemia. Trata-se de um movimento técnico, político e pedagógico. Foram vários eventos para orientar todas as pessoas, afinal o SUS somos todos nós!”, explica Maria Teresa de Santana, enfermeira e docente da Universidade Federal da Bahia.

Por meio dos eventos foram construídos espaços de diálogos para fortalecer o controle social entre os campos  multi/inter/transdisciplinares, culturais, históricos e sociais, utilizando plataformas como webinar, live, podcast, tiktok, video poster, games, etc, para melhoria da qualidade de vida e produção de saúde na pandemia.

“Alguns temas com foco em desenvolver noções e habilidades básicas nas práticas integrativas e complementares em saúde também foram abordados: reflexologia, aromaterapia e fitoterapia com ervas aromáticas e medicinais, e imposição de mãos. PAra ensinar sobre o uso de plantas e ervas medicinais, convidamos as benzedeiras da cidade. Vieram pessoas da comunidade indígena para falar sobre as plantas medicinais, realizamos oficinas de aromaterapia, trouxemos para dentro da sala de aula experiências pela cultura e ancestralidade”, conta a enfermeira.

Segundo Maria Teresa de Santana, a comunicação oportunizou a agilidade no controle social que começa a ser exercido a partir da educação, com ação educacional, pois o conhecimento transforma a realidade. O projeto também realizou o acolhimento com escuta sensível e qualificada das necessidades de saúde da população e fez classificação de risco, para a regulação de fluxos e humanização no Movimento SUS nas Ruas. “A proposta é coletiva e está somando com o SUS”, comenta a enfermeira.

O Movimento SUS nas Ruas articula trabalhadores da saúde, organizações da sociedade civil, pesquisadores, gestores, estudantes e professores, que acreditam na importância da ação comunitária no enfrentamento da pandemia. “Acreditamos que a teoria e a metodologia da educação popular, que valoriza as iniciativas já existentes, os  saberes dos agentes de saúde, o protagonismo dos grupos locais, a construção compartilhada de soluções e o diálogo respeitoso entre o saber científico e o saber popular, e dos trabalhadores, é uma referência fundamental para essas ações educativas”, explica Maria Teresa de Santana.

A parceria entre a Articulação Nacional dos Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde (Aneps)  da Bahia e a Universidade Federal da Bahia, para organizar a integração com a unidade na rua e fortalecer o movimento no estado, aconteceu a partir de dezembro de 2020, “A nossa experiência integrada com a universidade começou a partir deste primeiro encontro. Os estudantes vão até a comunidade para educação em saúde e aprendem em campo com as práticas integrativas, nós vamos com os estudantes, as ações geram identificação da disciplina com o movimento SUS nas ruas. A proposta busca colocar o estudante no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção do conhecimento. As atividades envolvem colaboração, problemas reais, diversão, empatia, pensamento crítico e, em vários casos, tecnologia para engajar cada aluno da sala de aula”, conta Maria Teresa de Santana.

Além de desenvolver o controle social com a educação popular, a experiência tem como objetivo implantar o laboratório de práticas integrativas e complementares em saúde para o cuidado integral (autocuidado), online, com adesão à Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares em Saúde (PICS), que está em andamento e deverá ser iniciado em breve.

O CNS (Conselho Nacional de Saúde) junto à ANEPS da Bahia fortaleceu o Movimento SUS nas Ruas com o controle social da população e educação em saúde, realizando ciclo de eventos online com temáticas e acesso para todos. As inscrições foram online e a divulgação foi feita por cartazes eletrônicos publicados nas redes sociais.

Experiência

Fortalecer a experiência do movimento SUS NAS RUAS e ANEPS-BA na pandemia da COVID 19 para desenvolver o controle social com a educação popular e implantar o laboratório de práticas integrativas e complementares em saúde para o cuidado integral (autocuidado), no formato telessaúde (on line), com adesão a Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares em Saúde

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