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Ministério da Saúde apresenta o conceito da APS do Futuro

O Ministério da Saúde apresentou o conceito de “APS do Futuro”, com perspectivas que guiarão a Atenção Primária à Saúde nos próximos anos. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da mesa de abertura do 1º Fórum 90/90 da APS do Futuro, realizado no dia 24 de fevereiro, destacando o trabalho prévio da equipe de transição para identificar os principais “desafios do presente da APS”. O evento, que será realizado a cada 90 dias para monitoramento dos indicadores, ações e metas, contou com a presença de mais de 400 trabalhadores da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) da pasta, em Brasília (DF).

Para o secretário da Saps, Nésio Fernandes, “a APS do futuro será aquela em que empregada e empregadora façam pré-natal na mesma unidade”, afirmou, lembrando que a equidade no acesso está diretamente ligada à qualidade na oferta de saúde – que envolve aumento de recursos humanos, capilaridade, eficiência e diminuição de filas, entre outras necessidades que motivam brasileiros a procurar os serviços privados. “O SUS precisa ser um espaço onde as pessoas sintam segurança de ter o seu cuidado na dimensão assistencial”, explicou.

Participaram das atividades do Fórum, o diretor de programas e secretário substituto da Saps, Felipe Proenço; o coordenador de Atenção Básica do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Antonio Alves do Sousa; o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Jurandir Frutoso; a assessora técnica do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Marcela Alvarenga; a diretora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, Fabiana Damásio; e o secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.

Durante o 1º Fórum 90/90 da APS do Futuro, também foram apresentados os novos diretores da Saps: Marcos Pedrosa (Departamento de Gestão do Cuidado Integral); Andrey Lemos (Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde); Ana Luíza Caldas (Departamento de Saúde da Família e Comunidade); e Luciana Maciel (Departamento de Apoio à Gestão da APS).

Na apresentação do Ministério da Saúde, existem 23 estratégias, 56.740 serviços e equipes represados atenção primária. Esse impacto atinge 33,8 milhões de pessoas e dificulta o acesso ou piora o cuidado desses brasileiros. Outros desafios foram elencados pelo governo federal para se alcançar a APS do Futuro, como baixa capacidade de incorporação tecnológica nos serviços; sustentabilidade do financiamento da APS e infraestrutura de cuidado insuficiente; baixa cobertura de saúde bucal; e vencer a estagnação da marca de 65% de cobertura da EsF, dentre outros.

“Dinheiro para a saúde não é gasto, é investimento”

No dia 12 de fevereiro, o projeto APS do Futuro foi apresentado na Comissão Intergestora Tripartite (CIT), em Brasília. O secretário-executivo do Conasems, Mauro Junqueira, comentou que “a meta de 90% de cobertura da Estratégia de Saúde de Família é ousada mas tem que ser assim mesmo. Mas para isso, para além da melhoria da qualidade da formação dos nossos profissionais, precisamos rever o financiamento do SUS. Atualmente, nós contamos com R$ 5,08 por dia por habitante para ofertar todos os serviços previstos no sistema público. Ampliar o serviço significa também que o Congresso Nacional entenda que dinheiro para a saúde não é gasto, é investimento”.

Com informações da SAPS/MS e Conasems

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