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“Comitê Comunitário Virtual: Experiência de Controle Social no Monitoramento de Ações de enfrentamento da Covid-19 nos bairros populares de Salvador

Bahia

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A experiência “Comitê Comunitário Virtual: Experiência de Controle Social no Monitoramento de Ações de enfrentamento da Covid-19 nos bairros populares de Salvador” da Bahia, foi inscrita pela autora Fabiana Palma, Integrante do Grupo Impulsor do Comitê Comunitário. “Tudo se deu em um momento muito complexo, de uma ausência de gestão e falta de propostas efetivas para o enfrentamento da pandemia, pelos governos municipal e federal, uma despreocupação da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) com o avanço rápido da transmissão da Covid-19 nos bairros populares e o contexto histórico de desvantagem socioeconômica e iniquidades em saúde nesses bairros”, frisou Fabiana Palma.

Segundo a autora, as atividades desenvolvidas foram muitas, como diagnóstico e divulgação periódica sobre a transmissão da Covid-19 nos bairros populares de Salvador, projeto de apoio assistencial às famílias de baixa renda submetido ao edital Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto às populações vulneráveis da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ do Rio de Janeiro. A autora também elencou o ato em denúncia pública da situação de saúde nos bairros populares chamado “Vidas negras importam”, no Farol da Barra, reivindicações e denúncias para órgãos públicos (Prefeitura, Governo e Secretaria de Saúde), e realizações de lives com conteúdo sobre a pandemia e seus reflexos para as comunidades.

“Neste momento, o grupo tem discutido a construção de uma proposta dos comitês populares, que tem o importante objetivo de formar agentes populares nos bairros de Salvador e, também, fortalecer os conselhos locais de saúde”, ressaltou Fabiana Palma.

Sobre as ações realizadas, foi produzida uma cartilha e um curso básico on-line sobre a prevenção da Covid-19, mobilização e articulação de mais de 43 bairros de Salvador e de 45 entidades/organizações e coletivos populares envolvidos na organização de agentes populares de saúde, aprovação de um projeto de apoio assistencial às famílias de baixa renda com doações de 200 cestas básicas e livros, além da articulação ampliada envolvendo todos/as no fortalecimento e consolidação do Comitê Comunitário como instância de luta popular pela saúde coletiva na cidade.

“A experiência é adaptável para o enfrentamento de qualquer problema de saúde que acometa populações em situação de vulnerabilidade social. E, todas as ações e o apoio aos coletivos foram realizadas sem qualquer suporte governamental, no período mais crítico da pandemia”, finalizou Fabiana Palma.

A experiência participou da primeira live do Laboratório de Inovação Latino-Americano de Práticas de Participação Social em Saúde, realizada no dia 19 de abril, que está disponível no Canal do Portal da Inovação na Gestão do SUS no YouTube, em português, e em espanhol

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