A experiencia foi importante, pois os atendimentos mediados por tecnologias, são tão eficazes quanto o cuidado face a face em relação aos resultados clínicos específicos, viabiliza a comunicação eletrônica entre o paciente clínico de cuidados primários e um especialista que utiliza plataforma de comunicação. Os chatbots são sistemas criados para simular um diálogo real com o usuário que simulam a conversação como se fossem seres humanos.
Em meio à crise de saúde pública atual, uma ampla gama de organizações entre eles agências governamentais, provedores de saúde digital, instituições de ensino e outros, reuniram esforços para dimensionar suas respostas ao Covid-19. A Universidade do Estado do Amazonas, a maior universidade multi campi do Brasil, buscou contribuir no enfrentamento à pandemia, usando do engajamento de discentes e docentes da área da saúde por meio da tecnologia digital. Vivemos uma realidade nunca antes imaginada de levar acesso à informação para educar o público, fornecer triagem rápida e reduzir o risco de infecção, tudo dentro das limitações de recursos e tempo.
Essa modalidade de atendimento a COVID-19, se configura como inovadora, uma vez que os dispositivos moveis, como smartphones, são alternativas estratégicas frente ao cenário tecnológico atual e podem contribuir ricamente com a promoção da educação em saúde. Estes dispositivos, cada vez mais, fazem parte do cotidiano de grande parte da população, e acabam sendo uma alternativa útil que permitem autogerenciamento de doenças por parte do paciente a família e a comunidade.
Quanto as perspectivas, o próximo desafio pós a pandemia, será então a possibilidade de manter o Chatbot e Call Center como PROJETO DE EXTENSÃO na Universidade do Estado do Amazonas. Os atendimentos serão realizados no Laboratório de Tecnologia em Saúde e Educação – LABTECS que está equipado com equipamentos necessários e internet própria com a finalidade de mediar por meio de mensagens de texto e comunicação síncrona com usuário pelo chat do assistente virtual e também por meio do Call Center, o chatbot possui um banco de respostas automática das perguntas mais frequentes feita pela população. O objetivo será atender não somente a COVID-19, mas trabalhar com as endemias da Amazônia Brasileira como Dengue, Influenza, H1N1, Sarampo, Malária e Tuberculose. Esta última considerada um problema de saúde pública por ser uma das patologias que mantem o Estado do Amazonas em 1º lugar na liderança no número de casos de tuberculose com 2,268 mil das 3,268 mil pessoas contaminadas em todo o estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM). Atualmente, o LABTECS está passando por uma ampliação para atender esta demanda.
As dificuldades e estratégias de enfrentamento foram mediar os atendimentos com outros estados brasileiros, uma vez que recebíamos ligações de várias partes do Brasil, isso levou aos congestionamentos de atendimentos, em apenas duas semanas de implantação do sistema, 90 mil downloads foram realizados e 476 pessoas aguardando atendimentos.
As lições aprendidas e recomendações, são de ampliar a tecnologia de atendimentos com classificação de riscos, receituário eletrônico, atestado com assinatura digital, viabilidade para integrar os resultados de exames no sistema e assim ampliar as possibilidades nos atendimentos.