Em dezembro de 2019 iniciou-se um surto de infecção grave provocado pelo vírus (SARS-CoV-2) que alarmou o mundo. Sua origem veio de Wuhan, na China, e posteriormente se espalhou de forma transcontinental e com crescimento exponencial. O novo coronavírus (2019), conhecido também como COVID-19, é uma infecção causada pela síndrome respiratória aguda grave (SARS-COV-2), com a primeira identificação na China no final de 2019. Caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020 como pandemia, devido a sua rápida dispersão entre os continentes e seu agravamento.
A COVID-19 tem como principais sinais e sintomas: febre, dispneia, mialgia, tosse seca, anosmia e ageusia. Pacientes relatam que sentiram cefaléia, conjuntivite, diarreia, erupção cutânea, descoloração dos dedos das mãos e pés.
De acordo com os dados epidemiológicos, a primeira notificação confirmada de caso de COVID19 no Brasil, foi em 26 de fevereiro de 2020. A partir desta data até dezembro de 2020 foram confirmados 7.213.155 casos, causando 186.356 óbitos por COVID19 no Brasil.
No Brasil, foram notificadas no ano de 2020 1.031.774 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de acordo com o sistema de informação da vigilância epidemiológica da gripe (SIVEP-Gripe). Do total de 1.031.774 casos de SRAG, 54,8% (565.558) foram confirmados para COVID19, 35% (361.143) por SRAG não especificadas e 0,9% (9.424) estão sendo investigados.
Com isso, a demanda por suporte de equipamentos especializados e mão de obra qualificada se fez necessário no país. Cada município possuía disponibilidades diferentes de recursos necessários para o enfrentamento da doença, alguns mais, outros menos mostrando, sendo necessário suporte de Programas Federais.
Um dos vários municípios a clamar por ajuda, foi o município de Coromandel em Minas Gerais pois, passou a necessitar de suporte e auxílio na atenção avançada, uma vez que, por sua população não passava de 28 mil Habitantes em 2020, era prestado serviços de baixa complexidade. Logo, o máximo de assistência a pacientes graves, que o município disponibilizava, era de Pronto Atendimento.
O município dispunha de um Pronto Socorro chamado Drº Sebastião Machado,, o qual sobrecarregou em fevereiro de 2021, por conta da proliferação do vírus na cidade.. Pela necessidade de uma ação qualificada para atuação frente à nova doença, o município solicitou a ajuda pela Força Nacional do SUS que é um componente de resposta e emergência em saúde pública e desastres do Ministério da Saúde, responsável por execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de respostas do estado ou município. Junto à FNS-SUS, o município teve como suporte também:a Polícia militar e Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte, SAMU e Defesa Civil.
Foi de extrema importância a atuação na assistência direta ao paciente crítico pela equipe da FN-SUS, uma vez que, possui o conhecimento necessário para ação de enfrentamento no município supracitado.
A equipe FN-SUS, composta por enfermeiros e médicos, foram recebidos pelas equipes que já estavam no cenário, na oportunidade de explicar a rotina, os fluxos, protocolos, sistemas utilizados no setor, planilhas e fichas de notificação.
.Neste trabalho destaca os enfermeiros (as): Deysiane Vasconcelos, Glaúcia Matos, Jorge Miguel e Juliana, autores deste relato de experiência implementada em Coromandel-MG, que contou com brilhantismo da equipe de enfermagem do território e demais profissionais de saúde para implementação e sucesso na missão.
Sendo assim, a passagem da FN-SUS, permitiu a compreensão da definição do caos no cenário causado pelo SARS-COV-2. Contribuiu para a construção de diversos Procedimentos Operacionais Padrão – POPS, fluxogramas e rotinas diárias para atender as demandas do hospital no enfrentamento à COVID-19.
A experiência permitiu o desenvolvimento de habilidades de cooperação, liderança e confiança entre as equipes, além da contribuição para um trabalho integrado e qualificado.
A comunicação constante e a realização de atividades diversas, reforçaram a articulação e a inserção das equipes nos setores retratados, de modo de superar as expectativas de aprendizagem, bem como vivenciar a estrutura do hospital a partir das direções recomendadas pelo Ministério da saúde e equipe FN-SUS durante a pandemia de COVID-19.