Desde novembro de 2014 a Maternidade do Hospital está habilitada pelo Ministério da saúde na Rede cegonha, atendendo os critérios impostos, dispõe de 16 leitos de alojamento conjunto, 04 leitos de pré-parto e 04 leitos de UCINco, contamos com uma equipe médica de 06 obstetras, 05 neonatologistas e 07 anestesistas, 04 enfermeiros obstetras contratados via PSS, 18 enfermeiros assistenciais que possuem especialização em obstetrícia e/ou neonatologia, atendemos 16 municípios da região do Baixo São Francisco e assistimos em média 100 partos ao mês.
O parto é um evento singular. Assim, o respeito e valorização das vivências de cada mulher-mãe são fundamentais à humanização do processo parir/nascer – período que compreende o início do trabalho de parto, parto e nascimento – ganhando centralidade o entendimento de que os modos como os sujeitos elegem determinadas opções de viver, organizam suas escolhas e criam possibilidades para satisfazer suas necessidades, desejos e interesses é um processo que se dá no contexto da própria vida, consubstanciado pelos princípios que sustentam o processo gestar, parir/nascer com responsabilidade ( CABRAL, 2007).
A perspectiva de humanização dentro das maternidades está inserida dentro dos processos de produção da saúde, como: qualidade técnica e ética do cuidado, mediante a postura acolhedora dos profissionais de saúde e da interação com as mulheres- gestantes e parturientes e suas famílias dentro de cada contexto cultural. A Maternidade do Hospital Regional de Propriá tem procurado estabelecer dentro da política de Humanização do Parto e Nascimento com á adoção de medidas e procedimentos sabiamente benéficos na atenção ao parto, evitando- se práticas intervencionistas e desnecessárias que não beneficiam nem a mulher nem ao recém-nascido. A equipe de Enfermagem comandado pelo enfermeiro Obstétrico tem valorizado dentro do contexto do parto a produção de vínculo, apoio, confiança e tranquilidade, atenção acolhedora com privacidade, mais autonomia, privilegiando condutas que rompam com a infantilização e despersonalização, muitas das vezes, impostas às mulheres, especialmente, no processo parir/ nascer. Destaca-se neste processo de humanização do parto o papel do enfermeiro obstétrico no acolhimento e apoio deste empoderamento feminino das parturientes e também no poder de decisão dentro da equipe multidisciplinar diante das condutas intervencionistas que descaracteriza o parto natural, mudando o cenário de parto da Maternidade Regional de Propriá.