Os resultados alcançados referem-se ao eixo 1. O monitoramento das gestantes com diabetes gestacional tem sido realizado por meio do diagnóstico na unidade. Sendo assim, a taxa de diagnóstico de Diabetes gestacional na unidade piloto em 2019 era de 0,5%. Com relação a esse período, é importante salientar que o rastreamento e diagnóstico do DMG em vigor não eram o mesmo proposto pelo projeto, entretanto traduz achado relevante pela prevalência de DMG no SUS de 18% relatada em literatura. O número de RNs nascidos, de mães com diagnóstico da doença em 2019, era de 50%. Em 2020, as propostas sugeridas por meio do protocolo começaram a ser implantadas na unidade e no hospital. Devido a pandemia, algumas pausas foram necessárias no decorrer do período. Mas, mesmo diante dessas dificuldades, os novos conceitos foram sendo gradativamente incorporados pelo hospital e unidade piloto. Assim, no ano de 2020 a taxa de diagnóstico de DMG aumentou de 0,5% para 4,0% (7;128) e a taxa de RNs com peso adequado para idade gestacional aumentou de 50% para 78,9% (1;15). Em 2021, os dados até setembro contabilizam aumento da taxa de diagnóstico de DMG de 4,0% para 8,3% (128; 183) e a taxa de RNs com peso adequado para idade gestacional expressa diminuição até o momento em relação a 2020 de 78,9% para 58,3% (15/21). Vale ressaltar que em 2019, a taxa de macrossomia na unidade piloto era de 0% na amostra de gestantes diagnosticadas com DMG. Este fato nos chamou atenção, uma vez que esse percentual diverge consideravelmente da prevalência de macrossomia identificada em estudos populacionais (5,3% da população geral; em 15,4% das gestações pós-termo; e em 10% dos casos de obesidade mórbida). Destaca-se ainda que, especificamente associadas ao diabetes, estes percentuais variavam de 28,5 até 48,8%. Neste sentido, espera-se que o percentual de macrossomia comece a ser identificado na amostra de gestantes com diagnosticadas com a doença. Em 2020, os valores subiram de 0% para 10,5% (0;2) de fetos macrossômicos nessa amostra na unidade piloto. E em 2021 de 10, 5% para 11,7% (2;4). Cabe mencionar que mesmo após padronização,entre as unidades referenciadas do hospital, do protocolo de DMG com maior sensibilidade para rastreio e diagnóstico do DMG houve diferença se comparada à aquela monitorada pela enfermeira de ligação. Para essa avaliação, foi selecionada uma unidade “controle” com número de gestantes parecido com o da unidade piloto. A unidade utilizada para comparação apresentou em 2020 uma taxa de diagnóstico de 1%, enquanto a piloto, sob as intervenções da enfermeira de ligação, apresentou 4% de diagnóstico. Acreditamos que este fato possa ter relação com as intervenções propostas no diagrama direcionador proposto no projeto da enfermeira de ligação.