APSREDES

Resultado Preliminar
1.1 Título da experiência

Educação Alimentar e Nutricional como estratégia para a promoção de práticas alimentares saudáveis no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Cássia Regina Luz Nutricionista Brasília
Rafaela Carolina do Prado Nutricionista Brasília
Camila Pessoa DF Brasília

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
DF Brasília

1.5 Região do país

Centro-Oeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Cássia Regina Luz Nutricionista Brasília

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 1 - EAN no campo da Saúde

1.8 Público participante da experiência

AdolescentesAdultosCrianças - 5 a 10 anosIdosos

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

saúde
Ambulatório de especialidades
ASSISTÊNCIA SOCIAL
EDUCAÇÃO
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OUTROS
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável

Por favor justifique/comente sua resposta

Adotar uma alimentação saudável não é meramente questão de escolha individual. Muitos fatores – de natureza física, econômica, política, cultural ou social – podem influenciar positiva ou negativamente o padrão de alimentação das pessoas. Por exemplo, morar em bairros ou territórios onde há feiras e mercados que comercializam frutas, verduras e legumes com boa qualidade torna mais factível a adoção de padrões saudáveis de alimentação. Outros fatores podem dificultar a adoção desses padrões, como o custo mais elevado dos alimentos minimamente processados diante dos ultraprocessados, a necessidade de fazer refeições em locais onde não são oferecidas opções saudáveis de alimentação e a exposição intensa à publicidade de alimentos não saudáveis Assim, instrumentos e estratégias de educação alimentar e nutricional utilizados nesse experiência apoiam pessoas para que adotem práticas alimentares promotoras da saúde e para que compreendam os fatores determinantes dessas práticas, contribuindo para o fortalecimento dos sujeitos na busca de habilidades para tomar decisões e transformar a realidade, assim como para exigir o cumprimento do direito humano à alimentação adequada e saudável

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

Definir o que são Alimentos ultraprocessados e processados, alimentos in natura e minimamente processados Despertar os participantes para a importância da escolha correta dos alimentos Explicar sobre a importância do planejamento das refeições e da leitura de rótulos Ampliar habilidades culinárias e estimular o preparo do próprio alimentos Explicar os 10 passos do guia alimentar para a população brasileira Esclarecer sobre porções e combinações de alimentos

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VI- A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
VII- A diversidade nos cenários de prática
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
Dez passos para uma alimentação adequada e saudável e o ato de comer e a comensalidade
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
Por ser um Centro Especializado que trata de doenças crônicas, as orientações alimentares de tratamento devem contribuir para a manutenção da saúde global do indivíduo e não apenas para a perda ponderal ou controle glicemico
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência
Sim
descreva rapidamente
Observação da realidade
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
A principal causa alimentar associada à doenças crônicas, como obesidade e hipertensão, observada nas últimas décadas no Brasil foi o aumento do consumo calórico, sobretudo associado à elevação gradativa na ingestão de produtos ultraprocessados. Outro importante fator é o baixo consumo de vegetais. Assim, a elaboração de plano alimentar saudável, individualizado, que respeite hábitos culturais, estilo de vida, preferências e possibilidades individuais, é fundamental por facilitar a aderência ao tratamento.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?
Não
sim, em quais etapas e como participaram ?
Não
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN
Sim
Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
A aprendizagem é feita baseada em problemas. Os participantes descrevem suas dificuldades em relação à prática de alimentação saudável, e coletivamente são construidas soluções e estabelecidas metas no estilo Smart
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas
Sim
sim, quais recursos?
Cartolina ou papel craft, pincel atomico, computador
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?
não se aplica
Descreva sobre o material/tecnologia social
não
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
A freqüência aos atendimentos individuais e aos encontros coletivos é uma forma de monitoramento do programa. Além disso, os pacientes são orientados a preencherem um diário alimentar e trazerem em suas consultas. Nesse diário constam informações sobre alimentos, quantidades, formas de preparação, horários, local. São também construidas em conjunto, metas qualitativas de mudança de estilo de vida. Se, ao longo do tratamento, não houver mudança de hábitos ou surgirem dificuldades diversas que impeçam essa mudança, o participante é avaliado em reuniões de equipe a fim de tentar minimizar ou sanar essas dificuldades e otimizar a evolução positiva do tratamento. Ao longo do tratamento são colhidos depoimentos escritos e vídeos dos pacientes relatando suas experiências e a avaliacão deles é positiva e muitas vezes surpreeendente devido ao alcance do tratamento para além da saúde, atingindo de fato aspectos sociais e emocionais (empoderamento, melhora da autoestima)
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Sim, a experiência contribuiu para melhorar a realidade alimentar e nutricional dos envolvidos Ao longo do tratamento são colhidos depoimentos escritos e vídeos dos pacientes relatando suas experiências e a avaliacão deles é positiva e muitas vezes surpreeendente devido ao alcance do tratamento para além da saúde, atingindo de fato aspectos sociais e emocionais (empoderamento, melhora da autoestima)

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
Esse plano educativo para pacientes com obesidade e diabetes está baseado no aconselhamento, atrelado à problematização de forma que os indivíduos venham a empreender esforços para lograr melhor condição de vida, emancipação e autonomia. É uma intervenção de educação voltada para a formação de valores, do prazer, da responsabilidade, da criticidade e da liberdade. O acolhimento dos pacientes é realizado pelo endocrinologista, na primeira consulta, onde se explica sobre a dinâmica do programa de tratamento, o acompanhamento multiprofissional e a importância da participação nas oficinas coletivas. O paciente é inserido em um livro para agendamento das oficinas coletivas de acordo com a sua condição crônica (obesidade adulto, obesidade infantil, diabetes). Os encontros coletivos oferecem 20 vagas por grupo. Após a conclusão das oficinas coletivas, é agendado o atendimento individualizado com os profissionais da equipe, dentre eles nutricionista, psicóloga e endocrinologista. Para que os pacientes mantenham um vínculo com um grupo educativo, tendo em vista a importância do grupo como instrumento de motivação, são oferecidas, a cada seis meses, oficinas de motivação e manutenção que seguem a dinâmica da roda de conversa em que os participantes falam abertamente sobre suas dificuldades e são construídas coletivamente opções de soluções para sanar essas dificuldades. Os encontros coletivos se consistem de oficinas de grupo com o máximo de 20 participantes por grupo, separados de acordo com o motivo do acompanhamento (obesidade infantil, obesidade adulto e idoso, diabetes). São empregadas técnicas de dinâmica de grupo para auxiliar na análise de comportamentos e busca de estratégias para a mudança. O planejamento dos encontros pode ser adaptado com base nas demandas do próprio grupo. As dinâmicas contribuem para promover a integração grupal, estimular o autoconhecimento, desenvolver o senso crítico com relação à mídia e à sociedade, possibilitar a interação e a auto-avaliação. Pode-se utilizar mídias sociais como a criação de um grupo no Whatssapp para facilitar a resolução de dúvidas, reforçar o cumprimento das metas e enviar documentos instrutivos como receitas culinárias. Nas oficinas adota-se a metodologia conforme já explicitado nessa proposta, da seguinte forma: – Início (15min): dinâmica inicial de quebra-gelo e apresentação – Tema (60min): – Roda de conversa (30min): os participantes expressam oralmente seus sentimentos sobre o que foi falado e estabelecem metas pessoais de mudanças – Avisos finais (15min): Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014), é essencial para uma boa saúde não só a inclusão de alimentos que fornecem nutrientes específicos, mas também as inúmeras possíveis combinações entre eles e suas formas de preparo, as características do modo de comer e as dimensões sociais e culturais das práticas alimentares. O efeito benéfico sobre a prevenção de doenças advém do alimento em si e das combinações de nutrientes e outros compostos químicos que fazem parte da matriz do alimento, mais do que de nutrientes isolados.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência