APSREDES

Resultado Preliminar
1.1 Título da experiência

Ambiente alimentar: o que tem para comer?

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Larissa Vicente Tonacio Nutricionista São Paulo
Rafaela Luiza Arbex Estudante São Paulo
Matheus Buosi Vieira Estudante São Paulo

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) - Campus São Paulo

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
São Paulo São Paulo

1.5 Região do país

Sudeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Larissa Vicente Tonacio Nutricionista São Paulo

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

AdolescentesAdultosProdutores de alimentos da agricultura familiar

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

saúde
ASSISTÊNCIA SOCIAL
EDUCAÇÃO
Escola Pública
Universidade
Ensino Médio
EJA
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OUTROS
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
intersetorialidade
participação social
apoio ao desenvolvimento sustentável

Por favor justifique/comente sua resposta

A referida ação foi composta de três momentos: o primeiro consistiu na exibição do vídeo intitulado “Fonte da Juventude”, o qual aborda como a disponibilidade de alimentos da região em que o indivíduo vive pode influenciar a sua alimentação e seu estado de saúde. O documentário discute a alimentação atual brasileira e suas relações com a obesidade e doenças crônicas, sugerindo a biodiversidade como maneira saudável e sustentável de superar a má nutrição no país. Em alguns pontos onde a biodiversidade era destacada, mostrava-se agricultores que cultivavam, vendiam, trocavam e consumiam alimentos, evidenciando modos de consumo alimentar sustentáveis. Após a execução do filme, foi gerado um debate, no qual os principais pontos foram a diversidade de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) e o comer como um ato político e direito de todos (envolvendo os princípios de que todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada e saudável, participação social e desenvolvimento sustentável). Também foi discutido o papel de cada ente no processo de fortalecimento de produção e consumo de alimentos advindos de pequenos produtores (governo, sociedade civil, escolas, etc.), envolvendo o princípio da intersetorialidade. O segundo momento abordou a temática da agricultura familiar, no qual duas integrantes do Coletivo Gau de mulheres da Associação de Agricultores da Zona Leste apresentaram o trabalho que desenvolvem em na região de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Com esta apresentação, objetivou-se ampliar o olhar sobre as possibilidades de alimentação saudável em todos os sentidos. Nesse ponto, foi evidenciado o princípio do apoio ao desenvolvimento sustentável. Por fim, o último momento consistiu em uma análise sensorial de alimentos às cegas. De olhos vendados, os participantes deveriam acertar o alimento oferecido usando o olfato, o tato ou o paladar, sendo que o sentido e o alimento eram previamente sorteados. Buscou-se compor a dinâmica com alimentos diversos, considerando alimentos que são consumidos em menor frequência (para ampliar o conhecimento sobre a diversidade de alimentos), bem como alimentos in natura e ultraprocessados com o sabor semelhante (exemplo: maracujá in natura e néctar de maracujá; morango in natura e iogurte sabor morango). O objetivo desta dinâmica foi trazer a cada participante a consciência sobre o conhecimento e a diversidade de sua própria alimentação. Também foram discutidos durante a dinâmica pontos que se referem aos princípios de que todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada e saudável e de apoio ao desenvolvimento sustentável.

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

Fomentar a discussão e conscientização sobre alimentação saudável e ambiente alimentar da comunidade interna e externa do IFSP – Campus São Paulo.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

I - Sustentabilidade social, ambiental e econômica
II- Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VIII- Intersetorialidade
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
– Alimentação é mais que a ingestão de nutrientes; – Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável; – Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares.
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
ODS 6 - Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos
ODS 8 - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
ODS 10 - Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
ODS 15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
A ação foi realizada no meu local de trabalho. Comecei a reparar nos arredores e percebi que o local poderia ser classificado como um deserto alimentar. Por isso, identifiquei a oportunidade de realizar um trabalho de extensão que trouxesse à tona questões de como viabilizar uma alimentação saudável em todos os aspectos.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência
Sim
descreva rapidamente
Observação da realidade feita pela responsável pelo projeto (tínhamos uma etapa de identificação dos locais que forneciam alimentação no bairro na qual a comunidade participante da atividade desenvolveria em conjunto com os autores do projeto. Porém, essa parte do projeto não foi possível de ser realizada).
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
Os objetivos foram definidos conforme observou-se a lacuna existente na realidade (poucos locais para se alimentar ao redor do campus, com pouca variedade e, em sua maioria, vendendo produtos ultraprocessados).
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?
Não
sim, em quais etapas e como participaram ?
Não se aplica.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN
Sim
Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
Roda de conversa e oficina de degustação (ambas com problematizações ao longo das atividades).
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas
Sim
sim, quais recursos?
Computador e projetor (para transmissão do vídeo), apresentação de slides (trazida pelas agricultoras familiares do Coletivo Gau), mesas, cadeiras, alimentos (in natura e ultraprocessados), mesas, cadeiras, papeis para sorteio, toalha de mesa e pratos descartáveis.
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?
não se aplica
Descreva sobre o material/tecnologia social
Não se aplica.
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
O filme ofereceu subsídio para a discussão posterior, a qual envolveu assuntos que os participantes mais se identificaram, bem como informações ditas por eles como inéditas. Foi surpreendente a quantidade de espécies de vegetais comestíveis no Brasil, destacando-se as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). Porém, estas plantas não são comumente consumidas por desconhecimento da população. Também foi discutida a alimentação como um ato político, enfatizando-se itens que constam na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, tais como a acessibilidade, a alimentação adequada e saudável, a agricultura familiar, a industrialização e padronização que esta última traz para a cultura alimentar. Dando continuidade à temática, no segundo momento, as integrantes do coletivo Gau explicaram e trouxeram imagens ilustrativas do trabalho desenvolvido pelo grupo. Foram apresentados as variedades de cultivos e os subprodutos oriundos das plantações, como bolos, omeletes, doces, entre outras preparações. As integrantes também abordaram na sua explanação temas como biodiversidade, sustentabilidade (desde o cultivo até a utilização de partes dos vegetais para embalagem dos subprodutos), alimentação saudável e prevenção de doenças. Na degustação às cegas, os participantes voluntariavam-se a compor a gincana e grande parte dos que vivenciaram a experiência quiseram repeti-la. Observou-se que alguns alimentos eram desconhecidos por grande parte dos participantes. Além disso, alguns alimentos relativamente comuns ao paladar (exemplo: suco de maracujá) foram confundidos ao serem examinados utilizando-se outros sentidos, como o olfato. Em suma, a experiência foi avaliada como positiva. Além de ampliar os conhecimentos e as vivências dos participantes acerca da alimentação saudável e sustentável, estreitou os laços da comunidade do IFSP – Campus São Paulo com agricultores familiares.
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Sim, consideramos que a experiência promoveu reflexões importantes para as escolhas alimentares, além de aproximar a agricultura familiar de pessoas que desconheciam essa realidade. Assim, a experiência pode promover, em algum nível, a mudança da realidade alimentar e nutricional da comunidade do IFSP – Campus São Paulo. Consideramos também que há possibilidade de desenvolvimento desta ação em outros locais.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
A referida ação foi composta de três momentos: o primeiro consistiu na exibição do vídeo intitulado “Fonte da Juventude”, o qual aborda como a disponibilidade de alimentos da região em que o indivíduo vive pode influenciar a sua alimentação e seu estado de saúde. O documentário discute a alimentação atual brasileira e suas relações com a obesidade e doenças crônicas, sugerindo a biodiversidade como maneira saudável e sustentável de superar a má nutrição no país. O objetivo deste momento refletir como a disponibilidade de alimentos pode afetar as escolhas alimentares. O segundo momento abordou a temática da agricultura familiar, no qual duas integrantes do Coletivo Gau de mulheres da Associação de Agricultores da Zona Leste apresentaram o trabalho que desenvolvem na região de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Com essa apresentação, objetivou-se ampliar o olhar sobre as possibilidades de alimentação saudável em todos os seus aspectos. Por fim, o último momento consistiu em uma análise sensorial de alimentos às cegas. De olhos vendados, os participantes deveriam acertar o alimento oferecido usando o olfato, o tato e o paladar, sendo que tanto o alimento quanto o sentido eram previamente sorteados. Buscou-se compor a dinâmica com alimentos diversos, considerando alimentos que são consumidos em menor frequência (para ampliar o conhecimento sobre a diversidade de alimentos), bem como alimentos in natura e ultraprocessados com o sabor semelhante (exemplo: maracujá in natura e néctar de maracujá; morango in natura e iogurte sabor morango). O objetivo desta dinâmica foi trazer a cada participante a consciência sobre o conhecimento e a diversidade de sua própria alimentação.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência
Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência