A articulação entre o Conselho Local de Saúde da Unidade Costa e Silva de Joinville/SC e as universidades Unisul e Unisociesc, de Santa Catarina, promove rodas de conversa online, para combater as notícias falsas (fake news) sobre a Covid-19. Os diálogos abordam a importância do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS), a divulgação de medidas educativas e preventivas baseadas na ciência, o papel do conselheiro e a inserção do acadêmico no cotidiano dos serviços de saúde. Os encontros contam com a participação de uma representante do conselho e da comunidade acadêmica de diferentes áreas da saúde (odontologia, farmácia, enfermagem e fisioterapia).
“Mesmo com toda informação divulgada pela mídia e redes sociais sobre a Covid-19, os alunos apresentaram dúvidas sobre o assunto e se mostraram interessados em repassar essas orientações para seus familiares e comunidade. Desta forma, foi possível também abordar a importância do controle social e a inserção de projetos focados na prevenção de doenças e na promoção de saúde.. A presença de uma representante do conselho no meio universitário foi uma oportunidade essencial para que os acadêmicos pudessem visualizar os assuntos tratados de forma diferente, absorvendo informações e construindo novos conhecimentos”, explicou Cléia Giosole, presidente do conselho local de saúde da UBS Costa e Silva em Joinville/SC.
As rodas de conversa já existiam antes da pandemia para falar sobre o SUS e controle social. Com a Covid-19, o conselho de saúde foi desafiado a rever a forma de participação e controle social. O projeto iniciou com visitas dos conselhos de saúde nas instituições de ensino no bairro. “O objetivo é a população integrar o seu papel verdadeiro, pois as pessoas pouco sabem o que é o SUS de fato e o que ele oferta. Sendo assim, decidimos fazer este projeto da roda de conversa entre conselho local de saúde e universidades”, contou Cléia Giosole.
“O usuário do SUS passa a entender a gratuidade que se dá pelo pagamento de impostos, para que eles entendam a necessidade de verificar, de saber o quê e como cobrar do sistema e dos serviços de saúde, assim como fiscalizar os recursos advindos”, pontua Giosole. “O diálogo entre a academia e o conselho de saúde constitui uma oportunidade em busca do desenvolvimento de competências e habilidades necessárias aos alunos, enquanto agentes de transformação social e futuros profissionais de saúde”, considera Cléia Giosole.
Sobre o impacto do projeto nos alunos, Cléia pontua: “Para que os acadêmicos tenham o entendimento necessário para serem da área da saúde, eles precisam ter um olhar humanizado para com o usuário, saber como ele gostaria de ser tratado. Os acadêmicos falaram como as rodas foram importantes, pois não sabiam a importância da participação social seja nos conselhos e em espaços de debate sobre saúde pública”.
