No município de Ubá-MG, a integração entre ensino e controle social foi uma das respostas da comunidade à crise sanitária provocada pela Covid-19. Com a estratégia, foi possível aproximar os futuros profissionais nas ações de fortalecimento do SUS e das políticas públicas de saúde no enfrentamento à pandemia. Os estudantes de medicina do Centro Universitário Governador Ozanam Coelho, junto com o Conselho Municipal de Saúde de Ubá, desenvolveram uma vivência prática sobre a realidade do SUS, para a disciplina Saúde e Sociedade I. Desde 2014, quando o curso de medicina foi implantado, os acadêmicos atuam em parceria com o município, melhorando o acolhimento aos usuários do SUS.
“Em março de 2021, durante a reunião plenária do Conselho Municipal de Saúde, os estudantes realizaram a apresentação do Cenário Covid-19 na atenção hospitalar – Região de Saúde de Ubá, e a apresentação da Vigilância epidemiológica municipal sobre o cenário epidemiológico Covid-19 do município de Ubá. Na plenária, os alunos também participaram da discussão de pautas como a campanha municipal de imunização contra a Covid-19”, explicou a autora do projeto, Joyce Fernandes.
Durante a reunião, realizada de forma remota pelo Google Meet, os acadêmicos acompanharam a participação dos conselheiros e esclareceram dúvidas dos participantes. Após a vivência, os estudantes relataram que melhoraram a compreensão sobre a composição paritária e o caráter deliberativo do Conselho, que são premissas do controle social do SUS.
“Acredita-se que esta vivência possa contribuir para uma melhor formação técnica, científica e política dos acadêmicos, na visão transdisciplinar e intersetorial, reconhecendo a importância da participação popular para a efetivação das políticas públicas de saúde, formando profissionais da saúde mais conscientes e conhecedores do modelo assistencial no qual estarão inseridos. É preciso que vivenciem na prática o controle social para que não fiquem apenas em lei, e para que entendam a sociedade civil como ocupante de fato desses espaços de participação social”, finaliza Joyce Fernandes.
