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Laboratório de Inovação sobre condições crônicas realiza II Seminário sobre o manejo das condições crônicas na Atenção Primária à Saúde

Aproximadamente 60 pessoas participam do II Seminário Modelo de Cuidado das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, em Curitiba-PR, que teve como objetivo capacitar profissionais para que se tornem multiplicadores dos conhecimentos e práticas adquiridas durante o evento, em relação à organização do sistema de saúde para o seu desempenho frente às condições crônicas.

 

 

Promovido pelo CONASS, pela OPAS/OMS e pela SES/PR, o evento faz parte do projeto Laboratório de Inovação na Atenção às Condições Crônicas na APS, que visa à produção de evidências e de conhecimento na atenção às condições crônicas e prevê o acompanhamento das experiências de implantação do modelo a fim de acumular informações que possam dar suporte à tomada de decisão dos gestores.

Eugênio Vilaça Mendes, autor do livro ‘O Cuidado das condições crônicas na Atenção Primária à Saúde: o imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família’, detalhou o modelo proposto e seus principais elementos e apresentou dados que evidenciam a pertinência da sua utilização no Brasil e no exterior. “Um dos aspectos que diferencia este modelo é a sua capacidade de resposta social tendo em vista que, para dar conta das condições crônicas, o sistema deve passar de reativo e episódico para proativo e contínuo. E essa proatividade e continuidade devem ocorrer não só na atuação das equipes de saúde, mas na conduta dos próprios usuários do sistema”, explica.

A médica Ana Maria Cavalcante, da SMS de Curitiba, onde desde 2010 está sendo implementado o projeto piloto do laboratório, apresentou a estruturação do modelo no município e também destacou a mudança comportamental que ele incita a partir das práticas autocuidado apoiado e cuidado compartilhado. “Por conta do modelo vigente, baseado na atenção à condição aguda, predominava uma conduta mais prescritiva, que não funciona para a condição crônica. O modelo implementado nos oferece metodologias mais efetivas para que as equipes de saúde estimulem novos comportamentos e para que os usuários do sistema, de fato, os sustentem”, relata.

A fim de trazer outras experiências nacionais de atenção às condições crônicas de saúde, foram apresentadas ainda experiências realizadas na SMS de Belo Horizonte –Programa Academias da Cidade e a Rede Hiperdia de Minas Gerais, além da metodologia da Pesquisa Avaliativa para avaliar a implantação do modelo de crônicas em Curitiba realizada pela PUC-PR.

A proposta é que os participantes possam multiplicar os conhecimentos adquiridos no evento, por meio do grupo de facilitadores do CONASS, formado por profissionais com experiência em outros projetos em curso que também privilegiam a Atenção Primária à Saúde, como as Redes de Atenção à Saúde e a Planificação da APS. Além dos técnicos das secretarias de saúde do Paraná e de Curitiba, também participam do seminário, como convidados, técnicos da SES/MG e do Ministério da Saúde.

O Seminário encerrou com visita dos participantes a uma unidade de saúde de Curitiba – UBS Alvorada – unidade que foi piloto para implantação de algumas ferramentas do modelo de atenção como o autocuidado apoiado e o cuidado compartilhando*.

Acesse aqui o Guia do Participante do Seminário, com a programação e o roteiro das atividades –
GUIA_Participante  – II Seminário Crônicas

Acesse também as apresentações do II Seminário Modelo de Cuidado das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde, na ordem em que estão dispostas no guia do participante:

Exposição 1: Uma condição crônica, a depressão – Gustavo Adam (SMS Curitiba) 

Exposição 2: O Modelo de Atenção Crônica (CCM), o Modelo da Pirâmide de Riscos e o Modelo da Determinação Social da Saúde de Dahlgren e Whitehead- Eugênio Vilaça

Exposição 3: A estratificação de riscos na SMS de Curitiba:

        3.1  –  Hipertensão arterial e diabete melito- Ana Cavalcanti (SMS Curitiba)

        3.2  –  A estratificação de riscos na SMS de Curitiba – Depressão – Gustavo Adam (SMS Curitiba)

Exposição 4: O Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) – Eugênio Vilaça

Exposição 5: A experiência do Programa Academia da Cidade da SMS de Belo Horizonte – Janete Ferreira (SMS Belo Horizonte) => em breve disponibilizaremos esta apresentação

Exposição 6: A experiência das oficinas de reeducação alimentar na APS da SMS de Curitiba – Angela Oliveira (SMS Curitiba)

Exposição 7: O autocuidado apoiado no MACC, aspectos conceituais – Eugênio Vilaça

Exposição 8: A experiência do autocuidado apoiado na APS da SMS de Curitiba – Ana Cavalcanti (SMS Curitiba)

Exposição 9: O sistema de informação clínica no MACC, aspectos conceituais – Eugênio Vilaça

Exposição 10: A experiência do prontuário eletrônico da SMS de Curitiba – Roberta (SMS Curitiba)

Exposição 11: A gestão da condição de saúde no MACC – Eugênio Vilaça

Exposição 12: A experiência do contrato de gestão na APS da SMS de Curitiba – Nilza Faoro (SMS Curitiba)

Exposição 13: Relações entre a APS e a atenção ambulatorial especializada no MACC – Eugênio Vilaça

Exposição 14: A experiência de novas formas de relação entre a APS e a atenção ambulatorial especializada no controle das doenças cardiovasculares, doenças renais crônicas e diabete melito, o caso do Centro Hiperdia de Santo Antônio do Monte – Ailton Alves (SES Minas Gerais)

Depoimento interativo 1: O projeto piloto de atenção à hipertensão e ao  diabetes na Unidade da ESF Alvorada da SMS de Curitiba – Cristina Arai (SMS Curitiba)

Exposição 15: O estudo de caso da atenção à hipertensão arterial, ao diabete melito e à depressão na Unidade da ESF Alvorada da SMS de Curitiba – Simone Moysés (PUC-PR)

Exposição 16: Os instrumentos para monitoramento do CCM, aspectos conceituais e metodológicos – Simone Moysés (PUC-PR)

*Fonte: Adriane Cruz – Ascom CONASS e Portal da Inovação na Gestão

 

 

 

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