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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NAS AÇÕES DE ATENÇÃO E VIGILÂNCIA DA PANDEMIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autor: Fernando Ribeiro de Barros

Co-autores: Paulo Ricardo dos Santos Cardoso, Zildene dos Santos Moreira e Eduardo Hage Carmo.

Aplicativo DF Contra o Coronavírus realiza monitoramento automatizado dos usuários sintomáticos durante a pandemia

 

DF Contra o Coronavírus é o aplicativo lançado por meio do WhatsApp, pelo IGES e pela SES/DF, para apoiar as ações de atenção, vigilância e controle da Covid-19. O aplicativo conta com duas assistentes virtuais: a Ana, primeira parte do atendimento, que fornece informações sobre a doença e permite uma autoavaliação de saúde dos usuários sintomáticos, e a Gabriela, que monitora os casos positivados em isolamento domiciliar e seus contatos próximos.

A experiência está em desenvolvimento junto com a Diretoria da Atenção Primária à Saúde e Vigilância de Ceilândia e com a Diretoria da APS e Vigilância da Região Sudoeste. Ceilândia é a cidade mais populosa do DF e lidera o número de casos e óbitos por Covid-19, até o dia 7 de julho dos 9.890 registros de atendimentos 71% eram residentes de Ceilândia. O aplicativo funciona de forma prática, o usuário entra em contato pelo número do WhatsApp e interage com a assistente virtual Ana e uma primeira avaliação é realizada, os casos são classificados por nível de gravidade e os sintomáticos são encaminhados para Gabriela.  

Até o dia 17 de agosto, foram realizados 14.500 atendimentos na Ana e 27.200 na Gabriela. “A Ana facilita a busca de informações gerais sobre a covid-19 pela população e identifica novos casos em potencial a partir da autoavaliação de indivíduos sintomáticos, e a Gabriela após o diagnóstico feito na Ana, faz o monitoramento de casos confirmados, que podem ser importados a partir da avaliação da Ana classificados como suspeitos, ou a partir da alimentação que é feita pela vigilância a nível regional com o compartilhamento dos casos confirmados para que o monitoramento seja feito de forma automatizada. O acompanhamento é diário e com análise sintomática”, explica Fernando Barros, do IGES/DF e SES/DF.

A Gabriela também tem a função de facilitar a operacionalização do monitoramento dos casos confirmados que estão em isolamento domiciliar e a priorização de casos ou situações de risco que demandem intervenções a nível local, em casos graves ir até o usuário presencialmente. Segundo Fernando, algumas das aplicações vislumbradas pelo aplicativo são: a transferência para a inteligência artificial de tarefas executadas por profissionais de saúde que podem ser liberados para acompanhamento presencial de casos prioritários, a padronização do monitoramento dos casos confirmados e a detecção precoce de situações que requeiram intervenção no território.

“Perspectivas para o uso do aplicativo: ampliar a disseminação de informações sobre a pandemia no Distrito Federal, apropriação e adequação do uso da tecnologia no monitoramento de outras situações de interesse em saúde pública para além da pandemia, e por fim, a conformação de bases de dados para análises atuais e futuras”, finaliza Fernando Barros.

APSFORTE - Inteligência artificial nas ações de atenção e vigilância da pandemia na APS

Esta experiência participou do debate “Integração entre Vigilância em Saúde e APS - COVID19”, realizado em 8 de setembro, assista na íntegra:

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