Autora: Fernanda Karolinne Melchior Silva Pinto
Coautores: Ronaldo Zonta, Filipe Perini e Tiago Barra Vidal
A coordenadora do Alô Saúde Floripa, a médica de família e comunidade Fernanda Melchior, apresentou a experiência de Florianópolis-SC com tecnologias de informação para consolidar os atributos da APS. Segundo a médica, desde 2010, as equipes da Atenção Primária já cultivam a cultura de inovação em tecnologia de informação, o que facilitou a implantação dos processos.
A partir do surgimento da pandemia, tecnologias que envolvem o uso de internet e aparelhos celulares foram institucionalizadas e regulamentadas, para serem incorporadas por todas as equipes.
O Alô Saúde Floripa é outra forma de acesso não presencial que já vinha sendo estruturada há dois anos e foi fortalecida durante a pandemia. A tecnologia é um sistema de atendimento pré-clínico por telefone do SUS, por meio do qual o paciente é direcionado ao agendamento mais adequado ao seu caso.
Desde o início da pandemia, foram realizadas 31,7 mil teleconsultas na APS e mais de oito mil atendimentos pelo Alô Saúde Floripa por suspeita de Covid-19. Segundo Fernanda Melchior, cerca de 63% dos pacientes que iriam para UPA e emergência foram manejados pelo teleatendimento. Entre os desafios identificados pelas equipes, estão: estruturação da APS, qualificação dos profissionais, organização do acesso, regulamentação, produção do conhecimento e financiamento. Uma das questões abordadas durante a apresentação foi a necessidade de estabelecer os limites para a teleconsulta, definindo quando é imprescindível o atendimento presencial.