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O Fórum de Participação dos Usuários: Ampliando a participação social no contexto do Hospital Regional do Sertão Central

Estado: Ceará
Município:Quixeramobim
Data de Início: setembro 10, 2020
Situação atual: Estágio avançado de execução.
Vinculação da experiência: Conselho Municipal de Saúde
Parceria com outra instituição: Sim
instituição: Outro
Autor: elisfabio.bd@isgh.org.br
Eixo 1 – Fortalecimento e qualificação da participação social dos Conselhos de Saúde visando exercer o controle social na proposição, fiscalização e controle das ações governamentais..

Nome: Marcelo Theóphilo Lima E-mail: direcaohrsc@isgh.org.br



Nome: Aline Maura de Lima da Silveira E-mail: direcaohrsc@isgh.org.br



Nome: Elisfabio Brito Duarte E-mail: elisfabio.bd@isgh.org.br



Nome: Cristiano Oliveira Rabelo E-mail: direcaohrsc@isgh.org.br


Local

Conselho Municipal de Saúde

Contextualização

O Hospital Padre José Van Esch, denominação oficial do Hospital Regional do Sertão Central – HRSC é hospital geral, de natureza pública e nível terciário, construído e mantido através do Programa de Expansão e Melhoria da Atenção Especializada – PROEXMAES do Governo do Estado do Ceará. Localizado no Município de Quixeramobim-CE, o Hospital foi instituído para ser a referência da atenção terciária da Macrorregião de Saúde do Sertão Central, segundo o Plano Diretor de Regionalização da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará – SESA, atendendo à população abrangida por 20 municípios das regiões de saúde de Quixadá, Canindé e Tauá, perfazendo um montante total de mais de 600.000 habitantes, sendo que a unidade também atende município de outras regiões do Estado.A unidade foi inaugurada em 26 de setembro de 2016, sendo gerenciada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar – ISGH, entidade classificada como Organização Social e credenciada junto ao Governo do Estado do Ceará para realizar a gestão de unidades de saúde. O HRSC dispõe atualmente de 303 leitos de internação, ofertando os seguintes serviços: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Clínica Traumatológica, Unidade de Cuidados Especiais – UCE, Unidade de Terapia Intensiva – UTI adulto, Unidade de Terapia Intensiva – UTI neonatal, Unidade de Cuidados Intensivos – UCI neonatal, Clínica Obstétrica, Centro de Parto Normal, Centro Cirúrgico, Unidade de AVC Agudo/Subagudo, Centro de Imagem/Diagnóstico, além do eixo Covid atualmente correspondendo a 52% do total de leitos instalados. O Hospital tem atualmente cerca de 1.300 colaboradores com vínculo direto, além de centenas de profissionais prestadores de serviço com vínculo indireto, engajados na missão institucional que é prover assistência, ensino e pesquisa através do cuidado excelente, inovador e integrado à rede de saúde do Estado do Ceará, bem como na visão que é ser reconhecido nacionalmente em assistência especializada, ensino e pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento regional de forma sustentável, inovadora e transparente. Os valores da unidade são: 1 – resultado centrado no paciente; 2 – humanização do atendimento; 3 – valorização das pessoas; 4 – transparência e 5 – conhecimento e inovação. Dessa forma, o HRSC apresenta-se como instituição que busca a melhoria contínua dos processos, a excelência do cuidado e o protagonismo da pessoa humana como centro do seu conjunto de conceitos e práticas no contexto de atuação junto ao Sistema Único de Saúde – SUS.

Justificativa

A participação desponta como elemento importante na perspectiva das políticas públicas. Já na gênese da reorientação dos modelos de atenção à saúde, intrínseco à temática da atenção primária à saúde e promoção à saúde, emerge o tema da participação da comunidade. A evolução da mobilização popular em torno desse conceito tem evidenciado a necessidade de se aprofundar a discussão de outros canais que oportunizem a efetiva participação, não somente em nível de sistema de saúde, mas também em nível de unidades de saúde. Para a afetiva participação, dentro de uma perspectiva de fortalecimento dos atores participantes do processo de gestão da saúde, necessário se faz oportunizar canais de participação de trabalhadores e usuários do SUS no processo cotidiano de ação das unidades de saúde. Gestão Participativa requer a adoção de práticas e mecanismos que efetivem a participação dos trabalhadores da saúde e da comunidade.

Objetivo

Promover estratégia para o exercício dos princípios do controle social e participação da comunidade no âmbito da atuação da unidade hospitalar terciária no contexto da rede de atenção á saúde

Metodologia

Instituir um canal proativo de caráter permanente – Na forma de Fórum de Participação Social – que exercite a aproximação e interlocução da unidade de saúde com os órgãos representativos da sociedade usuária dispersos no território de abrangência imediata da prestação de serviços pelo Hospital. Dessa forma oportunizando a consecução dos princípios da cogestão, humanização da atenção e responsabilidade social corporativa do Hospital Regional do Sertão Central, com vistas à qualificação dos serviços prestados aos usuários.

Estratégias

1) Estabelecer comitê interno de acompanhamento do Fórum (Direção + NEXP);2) Elaborar regulamento do Fórum;3) Articular contato junto aos Presidentes dos Conselhos Municipais de Saúde e/ou Secretários Municipais para instituição e participação no Fórum;4) Realizar reuniões em ambiente virtual (Google Meet);5) Realizar reuniões em auditório com medidas de distanciamento e demais cuidados;6) Realizar a apresentação institucional dos serviços e fluxos;7) Colher as sugestões de melhoria;8) Encaminhar ações segundo as oportunidades de melhorias identificadas;9) Gerar relatório com as medidas adotadas10) Elaborar matérias de comunicação social divulgando a experiência enquanto política institucional

Resultados Alcançados

A realização do projeto enquanto política institucional tem oportunizado os seguintes ganhos estratégicos:* Estabelecimento de diálogo entre instituição de saúde e seus usuários;* Empoderamento social e senso de pertencimento pelos clientes dos serviços;* Acolhimento de demandas trazidas pelos usuários,* Promoção de senso de participação cidadã e corresponsabilidade;* Processo de escuta ativa que legitima a atuação institucional;* Busca da melhoria contínua no processo de atenção à saúde; * Experiência positiva de participação ativa, onde gestores, colaboradores e usuários têm a oportunidade de interagir, entender as necessidades coletivas e pensar em melhorias nas diversas áreas e temas que tenham um impacto significativo na experiência do paciente/cliente.Ademais, das oportunidades de melhorias apresentadas pelos participantes do Fórum, várias medidas já foram realizadas, tais como:* Oferta de consulta especializada em neurologia clínica; * Oferta de exame de ressonância magnética e colonoscopia para público externo;* Regulamentação da visita especial aos pacientes do eixo- cirúrgico sem perfil de acompanhantes;* Retomada das cirurgias eletivas.

Considerações Finais

O Fórum de Participação dos Usuários do Hospital Regional do Sertão Central é experiência exitosa em curso, cujos resultados técnicos e sociais já se fazem sentir. A sua constituição em pleno período pós primeira onda da pandemia Covid-19 é exemplo prático de resiliência e competência comprometida tão bem evidenciadas nas práticas das instituições e profissionais de saúde em nosso país ao longo de todo esse difícil período.Manter a dinâmica de funcionamento efetivo do Fórum apresenta as dificuldades práticas próprias dos processos marcados pelo ineditismo. Tais dificuldades, porém, são o preço do protagonismo que se busca para os usuários dos serviços de saúde, bem como a visão de melhoria contínua e atuação aberta próprias das instituições que se importam e buscam a excelência.Encerramos trazendo a concepção sobre o significado de participação, que pode ser compreendido em três dimensões: fazer parte, tomar parte e ter parte. O indivíduo faz parte quando apenas integra um determinado ambiente, situação que pode ser passiva. Tomar parte ocorre quando o indivíduo posiciona-se externando sua posição a respeito de fatos ou fenômenos quaisquer. Já ter parte diz respeito ao elemento qualitativo na participação, na medida em que o indivíduo, enquanto parte, passa a sentir-se afeto e agente responsável pela conjuntura que integra.É essa visão que esperamos promover. A bem da qualificação da atenção à saúde prestada à nossa população.