APSREDES

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E GERAÇÃO DE RENDA PARA POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS DO AMAZONAS.

Autores do relato:

ADELE LUÍZA DA MATTA COSTA adelemcosta@hotmail.com


DIONISIA NAGAHAMA dionenagahama@gmail.com


IVANI FARIAS fariaivani@gmail.com


CINTHYA MARTINS cmjardim05@gmail.com


GLAUCIO DAGAMA dagamadiversidade75@gmail.com


ARLETE ANCHIETA arletefsdb@gmail.com


CARLOS HENRIQUE DA SILVA CONCEIÇÃO carlos.neemias@gmail.com


Contextualização

Segundo dados do Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros (2015), na Região Norte, 41,9% dos municípios estão no grupo de muito alto o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). O estado que apresenta o maior percentual de municípios nessa faixa do IVS é o AMAZONAS, com 80,6%, seguida do Pará, com 63,6%. (Mapa 26, p.54). O presente projeto se justificou pela necessidade de minimizar os problemas sociais e econômicos agravados pela pandemia do Covid-19, tais como as desigualdades sociais, os problemas econômicos e o acesso à geração de renda no Amazonas. A falta de acesso à uma alimentação apropriada para as famílias de grande vulnerabilidade, incluindo as indígenas, quilombolas e as das áreas rurais do Amazonas, o desperdício de alimentos desde a produção à venda no comércio dos agricultores orgânicos, a diminuição da renda destes para investimento em futuras safras devido à diminuição das vendas em período de pandemia, formaram o quadro dos problemas que urgiram uma intervenção. Com a reclusão social, a venda dos produtos da agricultura familiar em feiras livres teve impactos negativos decorrentes da suspensão de contratos de compra, fechamento de restaurantes e lanchonetes e suspensão de feiras, que compravam diretamente destes pequenos produtores locais. Em especial, os produtores de hortaliças e frutas sofreram um duro golpe em suas receitas, pois por produzirem alimentos perecíveis, exigiu agilidade na colheita e na entrega. Agravando a situação dos agricultores e agricultoras familiares, a categoria foi excluída do programa de ajuda emergencial, sendo vetado pelo governo do apoio financeiro, a ponto de que uma campanha para entregar cestas básicas aos agricultores orgânicos do Amazonas foi iniciada pela OCS Rede Maniva de Agroecologia – REMA. Quando o agricultor/agricultora não consegue comercializar seus produtos, ele não consegue produzir para os próximos anos e nem ter recurso para investir na produção; e sem escoamento nem colheita, os alimentos acabam apodrecendo na plantação, gerando um enorme desperdício. Aliado à subnutrição que aflige as populações vulneráveis, como os quilombolas e os indígenas, agravada pela pandemia, foram estes os dois grandes problemas enfrentados pelo Estado do Amazonas, constituindo-se em um paradoxo de distribuição e desperdício. As comunidades indígenas que residem na área urbana de Manaus, sofreram com o processo de desterritorialização e ao mesmo tempo da invisibilidade pelos órgãos e políticas públicas específicas para indígenas (saúde e educação) em todas as esferas governamentais por terem migrado para o meio urbano e não estarem mais em seus territórios tradicionais. A maioria reside em áreas periféricas onde as políticas públicas mesmo as não específicas para indígenas não chegam como saneamento, água e energia. Vivem da venda de artesanatos e apresentações culturais nas feiras, praças e eventos organizados e produzidos por mulheres e jovens que foram fechados e impossibilitados devido a pandemia. Isso vem dificultando muito a sobrevivência dessas famílias indígenas no meio urbano que foram de certa forma, obrigadas a saírem das Terras Indígenas por ausência ou ineficiência das políticas públicas que são dever do Estado asseguradas na Constituição de 1988. A comunidade Indígena Parque das Tribos do Tarumã, situado na área peri urbana é considerado um bairro habitado por Indígenas e pessoas de minorias étnicas, em especial os Indígena sem teto ou sem moradias fixas em Manaus criado em 18 de abril de 2014. Foram assentadas até o momento, aproximadamente 732 famílias, total de 3.660 pessoas de 34 povos de todo o estado do Amazonas. Atualmente, a maioria encontra-se desempregada e sem alternativas para sustentar suas famílias sendo, mulheres e jovens os mais afetados. Foi organizado uma associação de mulheres para que possam dar continuidade e multiplicar os resultados desse projeto. Optou-se por trabalhar com uma comunidade quilombola, uma vez que no estado existem 9 Comunidades Quilombolas reconhecidas e certificadas pela FCP (Quilombo do Tambor em Novo Airão; Comunidades: Santa tereza do Matupiri, Boa Fé, São Pedro, Ituquara, Trindade em Barreirinha; Quilombo do Lago de Serpa em Itacoatiara e o 2º Quilombo Urbano do Brasil – Quilombo do Barranco de São Benedito da Praça 14). Historicamente a população negra (quilombola) tem sido propositalmente invisibilizada por conta do racismo institucional a ponto de negligenciar qualquer tipo de acesso às políticas públicas para essa parcela da população. Cabe salientar que, o destaque foi dado ao Quilombo de Serpa, pelas suas características rurais e proximidade com a capital, além de ter seu acesso por terra sendo mais fácil a execução do projeto. A comunidade conta com uma igreja católica, escola de ensino infantil apesar de ainda não ser incluída no Projeto Escola Quilombola, Associação de Moradores e Jovens que fazem parte do Projeto da Universidade Federal do Amazonas intitulado Jovem Afro-cientista com foco na identidade negra/quilombola.

Justificativa

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (SUSAM), a Lei nº 14.021 de 07 de julho de 2020, que dispõe de medidas de proteção social sobre o contágio e disseminação do SARSCOVID-19 estipula medida de apoio às Comunidades Quilombolas, pescadores e demais povos e comunidades tradicionais frente a situação da Pandemia do Coronavírus. A proposta beneficiaria não apenas os agricultores e agricultoras familiares que precisavam vender a sua produção, como os quilombolas e indígenas que tiveram uma drástica redução de sustento alimentar. Alimentação saudável e adequada, imprescindível para fortalecer o sistema imunológico, assim como a geração de renda, são essenciais no sucesso da amenização dos impactos causados pela Covid-19 em tais comunidades. Segundo a FAO (2014), embora o Brasil seja o quarto do mundo em produção de alimentos, está entre os dez países que mais desperdiçam alimentos. Dados oficiais da Embrapa (2007), apontam que dentre as perdas de alimentos que ocorrem no Brasil, 10% se dá no momento da colheita, 30% nas Centrais de abastecimento alimentar, 10% nos supermercados e entre os consumidores e 50% no manuseio e transporte desses alimentos. Esses dados são lamentáveis, pois a quantidade de comida que é despejada no lixo amenizaria a fome de muitas famílias brasileiras. No Amazonas, 90 toneladas de alimentos são desperdiçados diariamente nas feiras de Manaus. São problemas relacionados com as questões geográficas da região, pois a logística para o transporte da produção de alimentos origina em nosso Estado um elevado índice de perdas e desperdícios de alimentos. Tais fatos se apresentam associados à falta de conhecimentos e informações sobre o aproveitamento integral do alimentos, pois esse desperdício ocorre em todas as fases da cadeia produtiva, se iniciando na colheita até chegar na mesa do consumidor. Estima-se que a perda nas nossas cozinhas chegue a 20%, portanto, o desperdício de alimentos no País é um problema cultural que precisa ser discutido e orientado na sociedade (DIAS, 2003). Outro aspecto importante é a produção de resíduos urbanos, pois propicia um impacto negativo no meio ambiente, devido a inadequada deposição do resíduo alimentar no solo, que pode estar contaminado e tem potencial para atingir os rios e os lençóis freáticos (LAURINDO e RIBEIRO, 2014). Portanto, o aproveitamento integral dos alimentos contribuiu para a redução da produção destes resíduos alimentares, minimizando o impacto ambiental causado por tais resíduos. Diante do exposto, o aproveitamento integral dos alimentos e a reciclagem de restos alimentares tornaram-se importantes estratégias para a solução de problemas ligados ao aumento da geração de resíduos e para a insegurança alimentar e nutricional. Dessa forma, é de grande importância social, nutricional e econômica capacitar populações de vulnerabilidade social e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento de novos produtos, a partir da utilização integral dos alimentos e reaproveitamento de resíduos domésticos. Nesse sentido, as contribuições que pretendeu-se alcançar com a aplicação desse projeto nas populações beneficiadas, especialmente com as mulheres e jovens, foram trabalhadas com a finalidade de impulsionar novos olhares e comportamentos sociais capazes de (re)direcionar o cotidiano das comunidades para a sustentabilidade. A mulher tem o papel crucial enquanto vínculo do plano biológico, social e econômico em especial na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) familiar, cuja saúde e estado nutricional de seus filhos está diretamente relacionado ao seu grau de instrução e conhecimento. Reconhece-se, também, que as mulheres são altamente capazes enquanto agentes de desenvolvimento comunitário (SILVA e PIRES, 2009). Desta maneira destaca-se a relevância de ações voltadas para a condição feminina, tanto nos aspectos educacionais como profissionais (CAMPOS et al, 2020). Além de qualificá-las para a sua inserção no mercado de trabalho e proporcionando incremento na composição da renda familiar. Quanto à escolha da população jovem como beneficiária para receber a capacitação proposta neste projeto, deve-se pelas atividades criativas, empreendedoras e atrativas que possam tirar os jovens do ócio, proporcionando-lhes aprendizados que possam vir lhe gerar renda no futuro. Consideramos como ferramentas indispensáveis para o seu desenvolvimento pessoal e emancipação enquanto cidadãos vulneráveis e transformativos perante à comunidade e sociedade. O projeto pode ser uma ferramenta eficiente no acolhimento, manutenção e prevenção à transgressão por proporcionar aos jovens, amplo desenvolvimento, conscientização do seu papel e formação adequada para o desenho de um futuro melhor.

Objetivo

O projeto propôs promover a Segurança Alimentar e Nutricional para povos e comunidades tradicionais do Amazonas, valendo-se da utilização de excedentes de produtos da agricultura familiar, minimizando o desperdício de alimentos para favorecer a geração de renda. Teve como objetivos específicos: 1- Capacitar mulheres e jovens como agentes multiplicadores no aproveitamento integral dos alimentos (cascas, sementes, folhas e caules) respeitando seus hábitos e costumes e introduzindo novos hábitos alimentares saudáveis para produção de alimentos vendáveis; 2- Reduzir os resíduos alimentares por meio de oficinas para a confecção de sabão; 3- Gerar renda mediante práticas nas oficinas como aproveitamento integral dos alimentos na confecção de produtos oriundos de PANC´s, geleias, pães, biscoitos, entre outros; 4- Promover ações coletivas visando a organização social, comunitária e solidária como enfrentamento da pandemia. A escolha das ações recaiu sob três grupos pertencentes aos povos e comunidades tradicionais priorizados pela legislação como os mais vulnerabilizados, e na atualidade os mais atingidos pela pandemia do coronavírus no estado do Amazonas. Sendo assim a população alvo foram: Indígenas, quilombolas e agricultores e agricultoras familiares de orgânicos cujo produtos excedentes foram comprados. Tais produtos foram usados como matéria prima tanto para a capacitação quanto para insumos para o segundo e terceiro grupos, as famílias quilombolas e de indígenas.

Metodologia

Foram convidados 20 jovens e mulheres das comunidades quilombola, 20 da comunidade indígena Parque das Tribos e 5 da Associação de Produtores Orgânicos do Amazonas – APOAM, para a capacitação com perfil de multiplicadores. Os alimentos excedentes dos agricultores orgânicos foram comprados com valor pré-estabelecido para serem entregues semanalmente durante um mês, às duas comunidades indígenas e quilombolas. Nestas ocorreram as capacitações, ou, alternativamente, nas dependências da Faculdade Fametro. As oficinas foram realizadas em dois momentos, com duração de 2 dias e carga horária de 8 horas/dia. Foram utilizados o sistema de percurso de estações e, assim, seguiu-se as normas estabelecidas de distanciamento e cuidados sanitários. A metodologia utilizada foi por meio da oficina de gestão do conhecimento, “aprender fazendo” com técnica da escuta sensível e observação para entender as dificuldades e dúvidas dos participantes na prática, sem distinção entre momento teórico e prático. Foram priorizados momentos de troca de experiência e reconhecimento de saberes tradicionais. Os temas como noções sobre Alimentação Saudável e Boas Práticas de Manipulação de Alimentos foram trabalhados na execução das atividades práticas (preparações culinárias com aproveitamento integral de alimentos e técnicas de processamento dos alimentos na produção de geleias, bebidas fermentadas, conservas e desidratados). Uma condição para participarem das oficinas foi o comprometimento de cada participante para atuar como multiplicadores dentro ou fora de suas comunidades. No primeiro dia, houve a apresentação do projeto, da equipe, participantes e da metodologia a ser desenvolvida durante o curso e no último, noções de produção de embalagens sustentáveis e mídia para venda dos produtos (WhatsApp e Facebook). A venda dos produtos de forma online foi fundamental nesse momento de pandemia e de distanciamento social. Reuniões com os parceiros, para preparação das oficinas, avaliação dos resultados e encaminhamentos pós projeto foram necessárias tanto para sua execução quanto para traçar alternativas para continuidade pós projeto junto às comunidades envolvidas.

Atores envolvidos (institucionais e/ou coletivos)

Parcerias firmadas junto ao Conselho de Segurança Alimentar do Amazonas, ao Movimento Slow Food , a Rede Maniva de Agroecologia (REMA), Cozinha Brasil (SESI), a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) por meio do Laboratório Dabukuri, ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fametro; e o Fórum Permanente de Afrodescendentes do Amazonas- FOPAAM e ao Projeto Programa de Aproveitamento Integral de Alimentos (SEPROR), os quais são instituições que já desenvolviam trabalhos direcionados para temática.

Estratégias

Para atingir a segurança alimentar e nutricional dessas comunidades, buscou-se protagonizar as mulheres e os jovens, capacitando-os como agentes multiplicadores no aproveitamento integral dos alimentos desperdiçados (cascas, sementes, folhas e caules) visando a retomada dos hábitos alimentares próprios e tradicionais, a construção de novos hábitos alimentares saudáveis e a elaboração de produtos com as técnicas sanitárias recomendadas. Dessa forma, foi de grande importância social, nutricional e econômica capacitar populações de vulnerabilidade social e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento de novos produtos, a partir da utilização integral dos alimentos e reaproveitamento de resíduos domésticos. Nesse sentido, as contribuições alcançadas com a aplicação desse projeto nas populações beneficiadas, especialmente com as mulheres e jovens, foram trabalhadas com a finalidade de impulsionar novos olhares e comportamentos sociais capazes de (re)direcionar o cotidiano das comunidades para a sustentabilidade. A mulher tem o papel crucial enquanto vínculo do plano biológico, social e econômico em especial na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) familiar, cuja saúde e estado nutricional de seus filhos está diretamente relacionado ao seu grau de instrução e conhecimento. Reconhece-se, também, que as mulheres são altamente capazes enquanto agentes de desenvolvimento comunitário (SILVA e PIRES, 2009). Desta maneira destacou-se a relevância de ações voltadas para a condição feminina, tanto nos aspectos educacionais como profissionais (CAMPOS et al, 2020). Além de qualificá-las para a sua inserção no mercado de trabalho e proporcionando incremento na composição da renda familiar. Quanto à escolha da população jovem como beneficiária para receber a capacitação proposta neste projeto, deveu-se pelas atividades criativas, empreendedoras e atrativas que puderam tirar os jovens do ócio, proporcionando-lhes aprendizados para gerar renda no futuro.

Resultados alcançados

Ao final de cada oficina culinária foi constatado o grande interesse dos participantes pelas preparações e a aceitação foi positiva quanto aos ingredientes, sendo que alguns foram encontrados na comunidade, e que inicialmente eram desvalorizados (jaca, vinagreira roxa). Foi incentivado, o canal de comunicação com os agricultores familiares, para que essas mulheres e jovens pudessem comprar os excedentes e preparar receitas mais econômicas, potencializando e agregando valor ao produto final. Aprenderam as técnicas de conservação dos alimentos, já que na comunidade a energia elétrica era precária e instável. Cerca de 70% dos participantes, sinalizaram também ter interesse em cultivar pequenas hortas, e que no futuro pudessem dispor de um local para criar uma cozinha comunitária. A viabilização da oficina culinária com participantes indígenas foi somente possível fora da comunidade, já que a mesma não dispunha de instalações adequadas e acolhimento de todas as participantes. Foram distribuídos livros com as receitas regionais, para cada líder dos grupos formados na oficina, para que pudessem consultar sempre que possível e assim, multiplicar os conhecimentos adquiridos. O feedback foi positivo, haja vista, o grau de interesse e participação durante a oficina, sendo sanadas muitas dúvidas de modo que, criou-se grupo de whatsapp para troca continua de saberes e como ferramenta para vendas dos produtos. Foram incentivadas quanto a multiplicação de hábitos sustentáveis e saudáveis, a melhor forma de apresentação do produto final para venda de forma online. Foi sinalizada a grande satisfação da realização do curso e o interesse pela comunidade, gostariam que fossem realizados vários outros cursos para as mulheres e jovens, incentivando-as ao empreendedorismo, já que muitas delas estavam desempregadas ou em empregos informais.

Considerações finais

O grande diferencial deste projeto e sua abrangência foi o envolvimento das trocas de saberes, análise da realidade das comunidades selecionadas e a busca de soluções que levaram à melhoria da qualidade de vida dos envolvidos, numa perspectiva que possibilitasse geração de renda para agricultores e agricultoras familiares, quilombolas e indígenas, pois tiveram a oportunidade tanto de melhorar a alimentação de suas famílias e comunidades quanto de promover a geração de renda a partir do aproveitamento de alimentos. Outro diferencial foi a articulação e agregação de saberes destes três grupos distintos. Retomou-se a valorização das práticas alimentares tradicionais e saudáveis de cada grupo social que existia antes da entrada de produtos industrializados em seus hábitos alimentares, bem como a troca desses conhecimentos sobre a culinária e uso de produtos saudáveis que estavam sendo esquecidos entre os três grupos sociais de forma a proporcionar a segurança alimentar e nutricional e sustentabilidade cultural e econômica. Por fim, o conhecimento sobre a produção de artesanatos agregou valor cultural e étnico às embalagens sustentáveis que foram confeccionadas para a venda os produtos.