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MINHA HORTA, MINHA ESCOLA RECONHECENDO NOSSAS RAÍZES

Autores do relato:

Roberta Damasceno robertadahorta@gmail.com


Contextualização

A proposta visa a inclusão de hortas agroecológicas Panc’s – Plantas Alimentícias Não Convencionais, nas creches e escolas públicas de Fortaleza/Ceará, para o desenvolvimento biopsicossocial dos alunos das redes municipais, universitárias e comunidade em geral. Objetiva-se fortalecer a cadeia produtiva de Panc’s enriquecendo nutricionalmente a alimentação dos estudantes, bem como fomentar pesquisas sobre Panc’s, buscando diversos à saúde na prevenção e tratamento de doenças. A potencialidade nutricional, gastronômica, educacional e de fomento a conexão com a natureza são pontos importantes na realização do Minha Horta, Minha Escola.

Justificativa

A insegurança alimentar atinge grande parte da população brasileira, devido a falta de políticas públicas eficientes na distribuição alimentar, já que somos o terceiro maior país em produção de horti-fruti e o maior em produção de soja. A criação de espaços comunitários, que foquem na alimentação saudável, tem a capacidade de diminuir a desigualdades sociais. A inserção das hortas no ambiente pedagógico já é institucionalizado pelo PNAE, entretanto a sua formulação cartesiana, geralmente leva ao abandono, pois cultivar as plantas “colonizadas” exige a utilização de biocidas e fertilizantes químicos, todavia, as Pancs (Plantas alimentícias não convencionais), são espontâneas e/ou silvestres. Plantas essas com alto poder nutrigênico, medicinal e em sabores. A capacidade de disseminação também é alta, devido a facilidade do manejo.

Objetivo

Verificar a viabilidade de implantação de uma horta agroecológia Panc (Plantas alimentícias não convencionais) na Instituição de Ensino Superior UniChristus, campus Parque Ecológico – Fortaleza/Ce, para maior possibilidade de fornecimento nutricional de qualidade para comunidades carentes, sendo inseridas nas creches e escolas públicas de todos os níveis.

Metodologia

O presente estudo foi verificado em uma pesquisa explorativa, através do literário do Prof Valdely Kinupp, em sua tese: Plantas alimentícias não-convencionais da região metropolitana de Porto Alegre, RS, acerca do plantio biodiverso de plantas alimentícias não convencionais – Panc’s, que demostraram suas qualidades proteicas, nutrigênicas, depurativas, medicinais, etc. Foi verificado na pesquisa de campo, que o cultivo dessas plantas, que são espontâneas e silvestres, são chamadas de “daninhas”, “inços”, “matos” e outras denominações reducionistas ou pejorativas, pois suas utilidades e potencialidades econômicas são desconhecidas. No Brasil não se conhecem estudos sobre o percentual de sua flora alimentícia e poucas espécies nativas foram estudadas em relação à composição bromatológica e avaliadas sob o aspecto sensorial e fitotécnico. Tendo em vista que elas não necessitam de grandes cuidados, o potencial da horta tipo Panc é bem promissora e interessante do ponto de vista nutricional, cultural, social e educacional.

Atores envolvidos (institucionais e/ou coletivos)

Roberta Damasceno Alves Alcyr Viana Yngrid Braga IES Unichristus Creche escola Samura

Estratégias

O caminho é o reconhecimento das Panc’s nativas da região Nordeste/Ceará, repasse das informações nutricionais e gastronômicas, para a comunidade acadêmica, abrindo amplo espaço para pesquisa bromatológica e fitotécnicas, abrindo novas possibilidades para a comunidade acadêmica que necessita de substrato para realizar pesquisas fitotécnicas.

Resultados alcançados

O Sítio Panc, do prof Kinupp é um grande resultado alcançado, no plantio e disseminação de conhecimento Panc. Plantas Alimentícias Não Convencionais PANC no Brasil – 2 Edição Capa dura – 1 janeiro 2014

Considerações finais

O afeto é revolucionário! Equidade social é o caminho mais certo para nossas vidas. Alimentação é o básico e infelizmente o abismo social só fez aumentar e as nossas crianças vivem em insegurança alimentar. A grande inovação é levar essas Panc’s para o ambiente escolar, ensinar-lhe o manejo, sobre botânica, sobre alimentação saudável, agroecologia, compostagem natural e ver a mágica do poder transformador das crianças, fazerem seus cuidadores utilizar essa plantas diariamente, recuperando o solo com os princípios da permacultura e agroecologia, pois são plantas sem necessidade de adubos químicos ou agrotóxicos.