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GEORREFERENCIAMENTO DA COVID-19 EM UM TERRITÓRIO DE EXTREMA VULNERABILIDADE LOCALIZADO EM SAMAMBAIA NORTE-DF

Autor: João Paulo Nóbrega Amorim.

Co-autores: Amanda Bezerra de Andrade e Nádia Assunção Costa

O Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF) em parceria com a Fiocruz-DF, SES-DF e UnB desenvolveram uma plataforma de georreferenciamento para mapear e monitorar todo o território de Samambaia/DF e desenvolver estratégias de inteligência, prevenção e tratamento para reduzir a disseminação da Covid-19 na região.

A experiência é definida como uma cartografia participativa, pois as equipes de saúde coletam os dados dos usuários e constroem um mapa do território identificando os casos suspeitos e confirmados da doença. “O georreferenciamento é uma plataforma inteligente que pode ser utilizada para mapeamento do território em tempo real, proporciona uma visão ampla, atualizada e realista do território e informações sobre possíveis locais e taxas de transmissão, e não é restrita só a covid-19”, explica João Paulo, residente pela Fiocruz Brasília e fisioterapeuta da NASF-AB na GSAP 03 Samambaia-Norte/DF.

Com o mapeamento é possível verificar as áreas com maior aglomeração e disseminação do vírus, como em conjuntos residenciais. Existe uma classificação para a região referenciada no mapa que é dividida em: positivos covid-19, casos suspeitos, casos recuperados e óbitos. “O vírus em algumas regiões tende a se disseminar com maior intensidade. Porém, ainda não existe um plano de estratégia para agir perante a disseminação em determinadas áreas. Pensamos como soluções ter o suporte da Secretaria de Saúde do DF, planejar educação sanitária em áreas de maior risco, colocar alerta em pontos movimentados como igrejas e mercados, entre outras”, relata João Paulo.

De acordo com o relato da experiência, a categorização dos dados é dinâmica, ou seja, os usuários passam por diferentes status durante o acompanhamento da doença, de caso positivo, para recuperados ou óbito. Considerando essa dinamicidade do processo, o acompanhamento é realizado semanalmente, para a atualização do status. Além da plataforma de georreferenciamento, foi elaborada uma planilha de notificação que é alimentada com as informações dos casos novos, encerrados, de outra região, em acompanhamento, óbitos e outros dados dos usuários.

“Essa estratégia facilita a visualização e a análise do que está acontecendo no território e possibilita pensar em intervenções específicas para cada área”, finaliza João Paulo.

 

APSFORTE - Samambaia norte: gerenciamento da COVID19 em um território de extrema vulnerabilidade

Esta experiência participou do debate “Integração entre Vigilância em Saúde e APS - COVID19”, realizado em 8 de setembro, assista na íntegra:

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