CNS, Fiocruz e ENF vão selecionar lideranças sociais para construir rede de mobilizadores da Saúde Pública e integrar políticas

A ideia é constituir uma rede de lideranças que devem contribuir para a construção de melhores condições nacionais para o enfrentamento aos problemas de saúde

O “Projeto Integra – articular políticas públicas para fortalecer o direito à Saúde”, assinado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENF), com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é um projeto de formação de lideranças e mobilização social, com atividades online e seminários. 300 participantes de todos os estados serão selecionados. As inscrições ficarão abertas entre 14 de junho e 15 de julho deste ano. O curso ocorrerá em quatro etapas ao longo de 2021 e 2022.

O objetivo da iniciativa é promover estratégias para a integração de políticas e práticas da Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde no âmbito da gestão participativa e dos movimentos sociais. Em seguida, a ideia é constituir uma rede de lideranças que devem contribuir para a construção de melhores condições nacionais para o enfrentamento aos problemas de saúde, em especial os gerados pela pandemia de Covid-19.

O projeto irá promover debates sobre as ações de combate à pandemia, trazendo à tona as contribuições da “Carta do Rio de Janeiro”, definidas no 8º Simpósio Nacional de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêuticas (8º SNCTAF), realizado em 2019. Segundo Fernando Pigatto, presidente do CNS, unificar diferentes lutas é essencial nesse momento.

“Diante de um cenário tão difícil, construir pontes para somar nossas lutas é fundamental para enfrentarmos a crise sanitária e fortalecermos a defesa do SUS. Isso só vai ser possível com articulação de lideranças e organização popular, fatores que são pilares para o Projeto Integra”, disse.

De acordo com o assessor da Vice-Presidência de Produção e Inovação (VPPIS) da Fiocruz, Jorge Costa, o Projeto ressalta “a importância da Ciência, da Tecnologia, da Inovação, da Assistência Farmacêutica e da Vigilância em Saúde, […] contribuindo para dar mais capilaridade na divulgação de informações”, destacou.

Para Silvana Leite, coordenadora geral da ENF, a rede, quando integrada, pode se articular muito mais rapidamente, sendo um espaço de comunicação efetiva entre sociedade, profissionais de saúde e gestores. “O trabalho poderá ser desenvolvido de forma mais harmoniosa.  Esse último ano é o exemplo do caos e da desorganização nas políticas públicas. Durante uma pandemia, deveríamos estar mais uníssonos e focados, com as mesmas bases referenciais”, afirmou.

Perfil dos participantes

O intuito é envolver profissionais e gestores da saúde, conselheiros de saúde, nas três esferas de gestão, movimentos sociais, entidades da sociedade civil organizada, professores, pesquisadores e estudantes. A metodologia de seleção das pessoas interessadas, que atenderá critérios de paridade regional e de gênero, será divulgada em breve nas páginas da ENF, Fiocruz e do CNS.

Soberania tecnológica 

O projeto também vai chamar a atenção da atual situação do parque produtivo farmoquímico e das instituições de pesquisa no Brasil, que passam por um processo grave de desinvestimento, buscando fazer uma agenda de mobilização voltada para recuperar o desenvolvimento nacional e o parque industrial da saúde no Brasil.

Mais informações

O quê: Projeto Integra – articular políticas públicas para fortalecer o direito à Saúde

Quando: Ao longo de 2021 e 2022, com inscrições entre 14 de junho e 15 de julho de 2021 (metodologia será divulgada em breve).

Informações:

Fonte: Ascom CNS/ENF/Fiocruz

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