Atenção Primária à Saúde, onde vidas vulneráveis importam: estratégias do cuidado e enfrentamento à COVID19 – Rio de Janeiro/RJ

CF Sérgio Vieira de Mello/RJ, onde vidas vulneráveis importam

A CF Sérgio Vieira de Mello é uma unidade de APS localizada na cidade do Rio de Janeiro. Há oito anos, atende a população dos bairros Catumbi e Santa Teresa. É uma unidade docente assistencial em parceria com o programa de residência em MFC da Universidade Estadual de Rio de Janeiro – UERJ

A Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, no Bairro Catumbi, no Rio de Janeiro, desenvolve ações intersetoriais para proteger as pessoas mais vulneráveis do território durante a pandemia de Covid-19. “Estruturamos o fluxo da unidade por meio da equipe de resposta rápida com acolhimento diferenciado para os pacientes com síndrome gripal. Também organizamos a equipe do telemonitoramento para todos os pacientes que eram atendidos na unidade com síndrome gripal. Isso trouxe grande satisfação para a população que se sentiu acolhida por meio do cuidado a distancia”, destaca o médico de família e comunidade Rafael Cangemi da UBS que cobre 24 mil pessoas cadastradas.

“ Mantivemos as visitas domiciliares com todo o cuidado aos pacientes que mais necessitavam e fizemos ações comunitárias juntos aos moradores do Catumbi”, aponta Cangemi.  Logo na primeira semana de implantação das medidas de isolamento no estado do Rio de Janeiro, em 2020, a equipe se reuniu com as associações de moradores das comunidades atendidas no entorno do Bairro Catumbi. A comunicação com a comunidade envolveu os representantes da comunidade, da igreja, com as pessoas que trabalham com o tráfico de drogas.

O médico Garcia Vergara, preceptor da residência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), destacou o caráter comunicativo das ações prestadas pelos profissionais no enfrentamento da pandemia.  “O trabalho inovador se caracteriza em dois momentos: o comunitário e a reestruturação da unidade para o enfrentamento da pandemia”, destaca Vergara. Já o processo de trabalho com os trabalhadores da unidade foi bastante solidário e participativo pois todo mundo se sentiu acolhido na pandemia, as pessoas precisavam ser cuidadas dentro do trabalho”, aponta.

O monitoramento de casos está na rotina dos profissionais de saúde. A cada 48 horas, todos os pacientes atendidos com síndrome gripal recebem ligação telefônica. A equipe também foi em busca dos pacientes com doenças crônicas que eram atendidos na unidade e passou a monitorá-los com teleatendimento. Com a ajuda dos agentes comunitários de saúde, conseguiram identificar mulheres em situação de violência e criaram canal de comunicação via aplicativo de celular, para elaborar estratégias de abrigamento. “Trabalhamos com planilha de violência e percebemos que, nos últimos meses, a maioria dos casos notificados na unidade foram relacionados ao suicídio. Em função do isolamento, isso poderia se complicar”, comentou

"Mantivemos as visitas domiciliares com todo o cuidado aos pacientes que mais necessitavam e fizemos ações comunitárias juntos aos moradores do Catumbi”, aponta o médico Rafael Cangemi

Experiência

Desenvolver ações de intervenção a curto e médio prazo durante o período de enfrentamento da pandemia pela COVID19 (sem perda no atendimento na principais linhas de cuidados como (gestantes), saúde da criança, sífilis, AIDS/HIV, tuberculose, saúde mental, diabetes e hipertensão) definindo às estratégias de acesso, abordagem comunitária, coordenação do cuidado, organização dos fluxos de atendimentos, medidas de cuidados, apoio e orientações para a população e profissionais de saúde.

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Ações Intersetoriais – Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello/ Rio de Janeiro – RJ

O médico de família e comunidade explica neste vídeo sobre a participação da comunidade na elaboração das estratégias.

Debate

PRÁTICAS NO COMBATE À COVID-19 NAS COMUINIDADES

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