APSREDES

Marcas que afetam – acolhimento na automutilação

Autore(s)
GEOVANA LIEBL
Co-Autore(s)
Bethania Santos Vieira Rohling

Contextualização

A adolescência é um período do ciclo de vida marcado por grande vulnerabilidade, pois está suscetível à variadas influências externa se merece atenção redobrada em busca da melhor qualidade de vida para o mundo adulto. A maioria dos casos de automutilação ocorrem nesta fase, por ser uma etapa de grandes alterações a todos os níveis. Para que possamos intervir neste contexto, precisamos conhecer a realidade, identificar os determinantes sociais presentes nas automutilações para que possamos desenhar estratégias de intervenção. Associado a este grave problema de saúde pública, durante a pandemia, estivemos emocionalmente fragilizados. Essa condição pode ser fator de risco aquele com predisposições adolescentes. Essa experiência buscou traçar o perfil epidemiológico dos adolescentes que realizaram automutilação, bem como desenvolver estratégias de acolhimento para essa demanda, em todos os níveis de atenção.

Objetivo

Identificar os determinantes sociais das automutilações ocorridas no período da pandemia e retorno as aulas. Desenvolver estratégias de acolhimento aos adolescentes que realizam automutilação. Identificar as características das automutilações de acordo com o sexo, faixa etária, território, grau de instrução, desencadeadores e meios.

Metodologia

A integração entre a Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica, CAPS I e Educação possibilitou o desenvolvimento de um fluxo e o contrafluxo para o atendimento das demandas de automutilação. Esse fluxo estabelecido desde 2017, possibilitou um olhar diferenciado para as automutilações ocorridas no período da pandemia, bem como a implantação do Projeto Namastê e oficinas temáticas nas escolas. Foram realizadas as seguintes ações: a) levantamento do perfil epidemiológico dos adolescentes que realizaram automutilação, estabelecendo comparação de 2017 até 2021; b) capacitação dos profissionais da saúde, educação e assistência social para preenchimento correto da ficha de notificação da violência autoprovocada; c) Grupo de apoio Namastê aos adolescentes, com intervenções de práticas integrativas e complementares, bem como atenção psicossocial; d) oficinas temáticas como forma de prevenção ao comportamento de automutilação.

Resultados

Levantamento do perfil epidemiológico dos adolescentes que realizaram automutilação entre 2017 a 2021; Implantação do fluxo de atendimento a esta demanda, bem como orientação aos familiares; Estratégias de prevenção nas escolas através das oficinas temáticas; Promoção de saúde e prevenção ao comportamento de risco dos adolescentes;

Considerações Finais

O papel da saúde pública neste contexto é investir em ações de prevenção e promoção, entendendo o ser humano em sua totalidade de acordo com cada fase da vida, devendo ser oportunizado aos adolescentes a sua expressão através de espaços de escuta qualificada.

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