A emergência da COVID19 demandou agilidade dos gestores da saúde na tomada de decisão para redirecionar a rede de saúde às necessidades da assistência e da vigilância prestada ao usuário frente à nova doença que atingiu o Brasil e o mundo. A organização e a gestão dos serviços ambulatoriais, hospitalares, laboratoriais, logísticos, recursos humanos, financeiros e tecnológicos foram desafios comuns enfrentados pelo setor saúde durante a COVID-19. É neste cenário que se desenvolve o projeto CIEGES-SUS, Centros de Informações Estratégicas para a Gestão Estadual do SUS, que agrega dados de diversos bancos de dados no âmbito das Secretarias Estaduais de Saúde e disponibilizar informações estruturadas e sistematizadas para embasar a tomada de decisão do gestor estadual do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com aplicação de tecnologias de Business Intelligence (BI), o CIEGES-SUS disponibiliza painéis temáticos para apoiar o monitoramento do sistema sanitário estadual, como, por exemplo, as informações sobre os repasses financeiros transferidos pelo governo federal e sobre as demandas judiciais que tramitam no âmbito da saúde em cada estado.
A implantação do projeto envolve o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), ator estratégico da cooperação técnica com a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. A definição de estratégias para a qualificação das Secretarias Estaduais de Saúde, dentro dos padrões de informação e comunicação preconizados nacional e internacionalmente, leva em consideração as distintas realidades locais, de forma a construir uma rede de disseminação e análise de dados e informações para subsidiar os gestores estaduais para uma rápida resposta frente às necessidades e normativas do SUS.
Os impactos esperados do CIEGE-SUS são agilidade na tomada de decisão; fluxos de informações estratégicas organizadas e disponibilizadas aos gestores estaduais da saúde sem intermediários; integração das bases de dados que estão fragmentadas; gestão com decisões baseadas em informação; e integração efetiva das áreas de planejamento, orçamento e finanças. Faz parte desse projeto, a construção de espaços mais eficazes de monitoramento de indicadores de saúde por meio de uma sala de situação articulada com capacidade de interlocução de informações em tempo real.