Ceilândia é a cidade administrativa do Distrito Federal com maior número de óbitos (44) e casos (1.666) de Covid-19 registrados até 5 de junho. A Unidade Básica de Saúde n.10 de Ceilândia está localizada no centro da cidade, próximo ao Metrô e de agências bancárias, com intenso movimento de usuários. “Logo no início da transmissão, a nossa UBS já estava sendo visada como algo de grande contaminação pelo grande fluxo de pacientes”, conta o médico de família e comunidade Waldemir Costa.
“Em março, um grupo de médicos residentes, junto com a equipe da UBS, decidiu mudar a forma de acesso à UBS para garantir a segurança dos profissionais e dos usuários”, diz Waldemir Costa. Com a mobilização dos profissionais, a disposição dos consultórios na unidade foi reformulada, assim como a escala de trabalho da equipe para acolher o serviço de atendimento aos usuários suspeitos de Covid-19, com espaço de circulação exclusivo na UBS.
Os profissionais de saúde se dividiram para recepcionar o usuário com sintomas de síndrome gripal logo na entrada da UBS, reservaram uma sala de atendimento e criaram um grupo de suporte para acompanhar os desdobramentos da consulta. “Na sala de isolamento, fica um médico, que usa máscara, avental, touca, luva, protetor de acrílico. A sala tem computador com acesso ao prontuário eletrônico e impressora, além de medicamentos básicos e oxímetro. Colocamos uma escala da enfermagem para ficar volante na unidade e dar suporte ao atendimento médico”.
Com a evolução da pandemia na cidade, a demanda na unidade aumentou, levando a UBS ao limite. “Em Ceilândia, temos equipes sem médicos e áreas sem cobertura APS e a pior taxa de isolamento social do Distrito Federal, entre 30%. Com tudo isso, a demanda pelo serviço aumentou absurdamente. Desde meados de maio, percebemos o adoecimento geral da UBS. Quando a gente fala de colapso do sistema de saúde, a APS também começa a chegar no seu limite. A situação é dinâmica, quando a pandemia avança as dificuldades ficam mais evidentes”, reflete o médico.
Esta experiência participou do debate virtual A APS não pode parar! Formas de organização para continuidade do cuidado, transmitido na sexta-feira (05/06) no Portal da Inovação na Gestão do SUS. Assista à integra do debate em
Ficha Técnica:
Nome da Experiência: Reorganização do processo de trabalho no contexto da Covid-19: a experiência da UBS 10 Ceilândia
Autores: Waldemir de Albuquerque Costa, Fernando Henrique Aires de Souza, Lorena Bessa Freire Rolim, Samuel de Sousa Alencar
Link – https://sisaps.saude.gov.br/eventos/apsforte/relatos/experiencia/461
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