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Acesse as apresentações da oficina do Laboratório de Inovação em Atenção Domiciliar

“Por estar no território e, ao mesmo tempo, mantendo um diálogo permanente com outros serviços da rede, temos que refletir sobre como os agravos que atendemos nos domicílios poderiam ser evitados. Precisamos nos entender como inteligência sanitária, pensando e propondo estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças”. Com estas palavras, o coordenador-geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Aristides de Oliveira, encerrou a oficina do Laboratório de Inovação em Atenção Domiciliar, fruto da cooperação técnica entre a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde, realizada nesta sexta-feira (28), em Brasília.

A oficina contou com apresentação das 19 experiências inovadoras selecionadas por meio de chamada pública, lançada este ano. O evento serviu para que os profissionais dos 10 serviços de atenção domiciliar responsáveis pelas 19 práticas inovadoras trocassem experiências e compartilhassem preocupações, dilemas, limitações e desafios vivenciados diariamente.

“A Atenção Domiciliar tem grandes desafios a superar, mas dois me chamam uma atenção especial. O primeiro é desafio não apenas a AD mas de todo o sistema de saúde, que é a regulação, super necessária, mas complexa, difícil de implantar e manter funcionando e a outra diz respeito as relações dos profissionais da atenção domiciliar com a família, especialmente o cuidador, uma relação que deve ser de troca e o menos vertical possível.É preciso ouvir o cuidador e a família, disso também depende o sucesso do trabalho”, afirmou a coordenadora do Laboratório de Inovação em Atenção Domiciliar, Maria Helena Brandão.  “Ouvir os relatos de outros profissionais diminuiu a nossa tensão por sermos um serviço ainda em implantação”, afirmou o médico Alexandre Nascimento, do município de Angra dos Reis, onde foi elaborado um Gráfico Individual de Itinerário Terapêutico para compor os prontuários dos pacientes.

Em breve, os profissionais de atenção domiciliar poderão trocar experiências também por meio da internet, no novo site do laboratório, que está em construção, a ser hospedado no Portal da Inovação em Saúde. Neste espaço, estarão disponíveis referências bibliográficas, experiências no Brasil e no mundo, vídeos das oficinas e materiais técnicos produzidos pelos serviços. “O site estará aberto à contribuição de todos os trabalhadores da atenção domiciliar interessados em dar visibilidade às suas práticas”, esclareceu Elisandréa Kemper, consultora da Opas.

As 19 experiências apresentadas nesta sexta-feira serão consolidadas em um livro da série NavegadorSUS, a ser lançado até o final de 2013, durante o Seminário Nacional de Atenção Domiciliar, em data a ser definida.

Mariana Borges Dias da coordenação de atenção domiciliar do Ministério da Saúde, lembrou, ao final do encontro, das palavras do professor Emerson Merhy, para que os serviços busquem mostrar mais a riqueza do trabalho desenvolvido: a atenção domiciliar não percebe o quanto é diferenciado o que oferta; é preciso estar convencido disso, para que o mundo veja, saiba, experimente e incorpore o serviço.

Acesse as apresentações:

São Bernardo do Campo – São Paulo

Cascavel – Paraná

Betim – Minas Gerais

Angra dos Reis – Rio de Janeiro

Grupo Hospital Conceição – Porto Alegre – RS

Salvador – Bahia

Volta Redonda – Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Distrito Federal

Embu das Artes – São Paulo

 

Por Vanessa Borges e Beth Almeida, para o Portal da Inovação

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