Desde 2005, qual foi a média mensal de pacientes acompanhados pelo PAID?
Há um levantamento a respeito das morbidades?
1- Instituição Preponente:
Programa de Assistência e Internação Domiciliar – PAID
Rua Wenceslau Brás, 429, Parque São Paulo
Cascavel/PR
CNPJ:09.051.532/0001-22
2- Autores:
Luana Silva de Souza
Neiva Regina Marquardt
3- Contato:
45-39021890
luanass@cascavel.pr.gov.br
4- Eixo: Trabalho em Equipe na AD
5- Tema principal: Destacar o trabalho das equipes multiprofissionais do Programa Melhor em Casa do Município de Cascavel/PR.
6- Título: A importância do trabalho em equipe na AD
A importância do trabalho em equipe na Atenção Domiciliar – AD
Atualmente a atenção domiciliar vem ganhando espaço no Brasil devido as grandes mudanças no perfil epidemiológico e o envelhecimento populacional. Com esse novo paradigma, o SUS está se adaptando a essa nova realidade com a “Atenção Domiciliar”.
A Atenção Domiciliar promove a desospitalização de internações desnecessárias, ampliando a rotatividade dos leitos hospitalares, buscando diminuir as intercorrências em pacientes crônicos com histórico de reinternação recorrente e cuidados paliativos, proporcionando um conforto maior ao paciente e a família na hora da morte.
Para a Atenção Domiciliar ter sucesso ela depende diretamente da integração da equipe multidisciplinar conforme estabelece a portaria 2527 de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar dando ênfase às equipes que são formadas por diferentes profissionais da área da saúde (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, etc.)
O PAID (Programa de Atenção e Internação Domiciliar) é composto por três Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e por uma Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). Cada EMAD é composta por 1 médico, 1 enfermeiro, 4 técnicos de enfermagem e 1 fisioterapeuta. A EMAP é composta por 1 nutricionista, 1 assistente social e 1 dentista. As EMADs atendem as regiões do município de Cascavel/PR e a EMAP presta apoio quando solicitada pela EMAD. As equipes do PAID tem a liberdade de ação, pois quando um profissional observa algo que deva ser priorizado, toma a iniciativa, agindo rapidamente e solicitando o auxílio necessário dos demais profissionais.
Nas relações interpessoais, diferentemente do âmbito hospitalar e da sociedade de forma geral, não é o valor de títulos, mas a experiência e a capacidade de cada um dos profissionais envolvidos que contribui e enriquece a equipe, onde todo profissional tem conhecimento peculiares e importantes no cuidado com enfermos, desde a avaliação do médico, dos procedimentos da enfermagem, na administração do medicamento para amenizar a dor, do motorista que conduz o profissional até o paciente, a equipe de apoio, administrativa, enfim, cada um dentro da sua função tem papel de suma importância no PAID.
É muito importante para os pacientes atendidos no programa ter o apoio da equipe multidisciplinar. Ele é visto como um todo, atendido na sua integralidade, onde a família recebe também atenção especial nesse momento. Todo paciente admitido no programa é visitado na primeira semana por todos os profissionais da equipe da sua área de abrangência, proporcionando um maior conforto para a família na fase inicial do atendimento ao paciente em domicilio. Para que o trabalho tenha um bom resultado, a família deve comparecer na reunião de cuidadores que é realizada todas as segundas-feiras na sede administrativa, onde é repassado o funcionamento do programa e esclarecimentos sobre as atividades dos cuidadores. Ressalta-se aqui que o cuidador tem papel fundamental na difícil tarefa de proporcionar os cuidados necessários para quem já está fragilizado na sua saúde.
Os profissionais reúnem-se semanalmente para discutir ou analisar o plano de cuidados de cada paciente, o que pode ser melhorado e o que está dando certo, pois o olhar de cada um faz a diferença. No âmbito da residência observamos a importância de uma equipe sincronizada. Quando “falamos a mesma linguagem”, esta é observada pelos cuidadores e/ou pacientes, dando maior confiança no atendimento. No entanto isto não aponta para um atendimento “mecânico”. É aí que entra a humanização no cuidado.
As equipes do PAID sabem da importância e da diferença no atendimento domiciliar, pois o trabalho em equipe proporciona ao profissional uma visão mais abrangente,
dinâmica, complementar e integrada de cada caso, proporcionando o desenvolvimento do projeto terapêutico singular de cada paciente, atendendo assim cada indivíduo focado nas suas necessidades. Com isso o trabalho da equipe multidisciplinar faz com que cada profissional de saúde reconheça a necessidade de diferentes contribuições profissionais no cuidado ao paciente de maneira eficiente e eficaz.
No PAID acreditamos que a humanização não é só uma questão de conduta, mas de olhar o “SER HUMANO” como um todo. É saber que não é só a dor do corpo que aflige, mas de todo o seu contexto familiar. Invadimos sua casa, impomos nossas regras, mudamos sua rotina. O mínimo que nos cabe é respeitar sua individualidade, procurar atender suas necessidades e servir de ponte para os demais serviços da rede.
Quando adentramos nas residências, nosso olhar vai além de um curativo, de um exercício de fisioterapia, de perguntar qual é sua dor. Entre incansáveis trocas de sondas a inúmeras orientações, a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar do PAID o faz tendo a certeza de que a sua frente está seu semelhante, com nome, anseios e “dores”, e não apenas um “número”. É desta forma que trabalhamos e amamos ser equipe PAID!
Portanto, o trabalho em equipe na Atenção Domiciliar surge como uma estratégia para redesenhar o trabalho e promover a qualidade no atendimento ao paciente e seus familiares.
A importância do trabalho em equipe na AD
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