Laboratório de Inovações sobre condições crônicas é pactuado entre Conass, Conasems e OPAS com apoio da SES-PR e SMS Curitiba-PR

A experiência da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba sobre o manejo das condições crônicas na Atenção Primária será acompanhada pelo Laboratório de Inovações conduzido pela OPAS e Conass, com o apoio do Ministério da Saúde, Conasems e Secretaria de Saúde do Paraná.

 

A parceria foi pactuada entre OPAS, Conass, Conasems, SES Paraná e SMS Curitiba em reunião no dia 15 de fevereiro de 2012 e será formalizada em março próximo quando Curitiba receberá uma comitiva para conhecer in loco o projeto-piloto sobre o manejo das condições crônicas na Atenção Primária. “A intenção é assinarmos um termo de compromisso entre as instituições, pois a experiência de Curitiba é particularmente relevante pela solidez da proposta. Nós vamos registrar a experiência, gerar conhecimento e possibilitar a divulgação do aprendizado entre as secretarias de saúde”, explica o coordenador da Unidade Técnica de Serviços de Saúde da OPAS no Brasil, Renato Tasca, que estava acompanhado do Gerente da Área de Sistemas de Saúde da OPAS Brasil,Felix Rígoli, e da consultora Elisandréa Kemper.

 

O projeto-piloto da secretaria de saúde de Curitiba consiste no manejo da diabetes, depressão e hipertensão em seis unidades básicas de saúde. Está sendo acompanhado também por uma instituição acadêmica que dentro de um ano analisará os resultados da experiência. “Temos dificuldade para registrar e divulgar a experiência durante o seu processo de desenvolvimento, por isso essa parceria é muito importante para nós”, comemora a secretária de saúde de Curitiba, Eliane Chomatas. O sanitarista Eugênico Vilaça, coordenador do Laboratório de Inovações sobre o tema e consultor do projeto-piloto, explica que a experiência curitibana permitirá a validação dos instrumentos previstos no manejo de condições crônicas na Atenção Primária. “Teremos a oportunidade de validar os instrumentos utilizados neste modelo como o atendimento compartilhado, a inclusão de novos profissionais na equipe, a estratificação de risco do usuário, entre outros. É uma oportunidade inédita para o sistema de saúde”, explica.
Para o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, René Santos, conhecer a experiência de Curitiba dará a oportunidade de divulgá-la em todo o Estado. “Apoiar a iniciativa de Curitiba é uma forma de transformar a experiência de Curitiba em uma estratégia de Estado fortalecendo a sua continuidade”, explica René Santos.

 

O presidente do Conasems, Antônio Carlos Figueiredo Nardi, defendeu a possibilidade de que a experiência de incluir o manejo de doenças crônicas na Atenção Primária fosse realizada por outros municípios. “O problema das condições crônicas é um problema igual para todo gestor. O ideal seria que cada Unidade da Federação tivesse uma experiência como a de Curitiba. Eu coloco o Conasems assim como o município de Maringá, o qual sou gestor, à disposição para replicar o trabalho”, disse Nardi. A presidente do Conass, Beatriz Dobashi, explicou que o Laboratório de Inovação possibilitará a reprodução do conhecimento por outras secretarias.
A consultora do Conass, Rita Cataneli, que integra a equipe do Laboratório de Inovações, juntamente com a consultora Maria José Evangelista, adiantou que o tema Atenção Primária à Saúde no modelo de atenção às condições crônicas será discutido no dia 24 de abril, em uma mesa redonda durante o Seminário Internacional dos 30 anos do Conass, e contará com a presença do ministro da Saúde Alexandre Padilha e do representante da OPS WDC, Alberto Barcelo.

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