Ampliação do Escopo de Atuação de Enfermeiras (os) na Atenção Primária à Saúde: Participação na Coordenação do Cuidado

Tema do relato:
Enfermagem no contexto das Redes de Atenção à Saúde/do SUS

Sua experiência está relacionada a que área:
Atenção em saúde

Instituição onde a experiência se desenvolve/desenvolveu (serviço/instituição)
Secretaria Municipal de Saúde

Autor(es) Principal
LUCELIA DOS SANTOS SILVA
Autor(es)
Emanuelle Pereira de Oliveira Corrêa
Aline Rodrigues de Aguiar
Aline Gonçalves Pereira
Ângela Fernandes Leal da Silva
Livia de Souza Câmara
Raquel de Moraes Barbosa Caprio
Leandro Sant´Ana Abal
Girlaide Pereira de Oliveira
Lucas Galhardo
Mariana Scardua
Ana Luiza Caldas
Renato Cony Seródio
Michael Schmidt Duncan
Larissa Cristina Terrezo Machado
Juliana Maia

Situação atual da experiência
Em estágio avançado de execução

Data de início da experiência
2021-06-01

Contextualização/introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) é o coração dos sistemas de saúde, são inúmeros os resultados que demonstram impactos positivos na redução das iniquidades em saúde, aumento do acesso aos serviços de saúde e cuidados de saúde para grupos de risco, pessoas que vivem em regiões rurais e povos remotos, maior eficiência no fluxo dos usuários dentro do sistema, melhores indicadores de saúde, melhoria da qualidade de vida, aumento das taxas de sobrevivência, redução de complicações e melhora do bem-estar físico, funcional e psicológico dos indivíduos com condições agudas ou crônicas, imunização, redução de mortalidade materna e infantil, qualidade na gestão de doenças e melhores resultados de saúde para pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, custos reduzidos no atendimento aos indivíduos, redução de hospitalizações por condições sensíveis à APS e atendimentos de emergência, diminuição do uso de testes diagnósticos desnecessários, através melhor manejo de casos de indivíduos de alto risco e condições complexas, além do aumento da satisfação do usuário (GIOVANELLA et al., 2019; JANKE et al., 2020; OLIVEIRA; PEREIRA, 2013; PORTELA, 2017; STARFIELD et al., 2008; VITORIA et al., 2013). Giovanella et al (2019) reforçam ainda que desenvolver uma APS integral é inseparável do desenvolvimento econômico e social de um país, sistemas públicos universais de qualidade são estruturados pela APS, modelo que torna possível garantir a saúde como direito humano, condição para consolidação da diretriz da Agenda 2030 de “não deixar ninguém para trás”. A APS é fundamentada por atributos essenciais (primeiro contato, abrangência ou integralidade, longitudinalidade e coordenação do cuidado) e derivados (centralidade ou focalização na família, orientação para comunidade e competência cultural). A coordenação do cuidado, enquanto atributo essencial da APS, implica na organização de ações e condutas que envolvam duas ou mais pessoas, incluindo usuário do serviço, e a utilização dos recursos a fim de produzir cuidado em saúde de modo eficaz e que faça sentido para as pessoas e famílias em seus contextos. No Brasil, adotamos duas funções distintas de coordenação, uma implica a integração das ações de saúde em um mesmo nível de atenção, que denominamos de “coordenação horizontal” e outra que caracteriza a necessidade de integração dos diferentes níveis do sistema, em uma perspectiva organizacional da rede, que denominamos de “coordenação vertical”. De certo, coordenar cuidado é interligar recursos comunitários, assistenciais, farmacêuticos, intersetoriais, entre outros (ALMEIDA et al., 2018; CONASS, 2011; GIOVANELLA; MENDONÇA, 2009). Se é da APS a função de coordenar o cuidado e ordenar a RAS, o centro disparador destas ações são as equipes de estratégia de saúde da família (eSF), composta por enfermeiras (os), médicas (os), técnicas (os) de enfermagem, agentes comunitários de saúde. Adicionado à potência da presença de equipes de saúde bucal e de outros profissionais de saúde para composição do núcleo ampliado de saúde da família, que ajudam a fazer a retaguarda assistencial na APS, consolidando a premissa do cuidado integral e abordagem interdisciplinar. Neste contexto, os desafios presentes na realização do trabalho pelas equipes de Saúde da Família imprimem em complexidades a serem enfrentadas através de diversos saberes e capacidade de articulação, reflexão crítica, reconhecimento do contexto, comunicação, acolhimento, escuta e compreensão dos diferentes valores culturais dos usuários, viabilizando soluções nos diferentes problemas de saúde, inerentes ao contexto social para a coordenação do cuidado da população (SILVA JÚNIOR; ALVES, 2007). No Brasil, a Lei do Exercício profissional da enfermagem 74.98/1986 (BRASIL, 1986), regulamenta o escopo de atuação da enfermagem e à enfermeira cabe, privativamente ações como a consulta de enfermagem, a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, cuidados a pessoas com condições complexas de saúde, entre outras ações. Com a constituição do SUS e a adoção da APS como modelo para organizar a rede e coordenar o cuidado, a atuação das(os) enfermeiras (os) na APS no Brasil vem se constituindo como um instrumento de mudanças nas práticas de atenção à saúde, rompendo com o modelo biomédico e médico-centrado, possibilitando boas respostas a um modelo de atenção centrado na pessoa, na família e na comunidade (FERREIRA; PÉRICO; DIAS, 2018). Em 2019, o Conselho Federal de Enfermagem emitiu parecer que aponta que a (o) Enfermeira (o), no contexto da Consulta de Enfermagem, no serviço público ou privado, pode encaminhar o paciente para outros profissionais médicos e não médicos, no próprio serviço ou para outros níveis de complexidade de atenção à saúde, desde que observe os protocolos municipais e institucionais de saúde (PARECER DE C MARA TÉCNICA N° 10/2019/CTLN/COFEN). Este parecer legítima a capacidade técnica e a relevância das(os) enfermeiras (os) na coordenação do cuidado, proporcionando diminuição das barreiras de acesso e consolidação da função de porta de entrada da APS, com capacidade de resolução da maior parte dos problemas de saúde, em tempo oportuno, e que garanta a continuidade assistencial. No Município do Rio de Janeiro (MRJ), o itinerário terapêutico dos usuários pela Rede de Atenção à Saúde (RAS) é organizado através de Sistemas Informatizados de Regulação (SISREG) e Sistema Estadual de Regulação (SER), o processo de regulação das vagas é descentralizado para APS e cada uma das mais de 200 unidades de saúde, distribuídas em Clínicas da Família e Centro Municipais de Saúde tem médicos reguladores. O MRJ possui atualmente, aproximadamente 1000 equipes de estratégia de saúde da família, cada uma com uma enfermeira (o), como disposto na Política Nacional de Atenção Básica. O SISREG é um sistema online disponibilizado pelo Datasus para gerenciamento e operação das centrais de regulação. O sistema é composto por três módulos: Ambulatorial (marcação de consultas e exames especializados), Internação Hospitalar e Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC). Cabe a (ao) enfermeira (o) operacionalizar o módulo ambulatorial, no que compete ao acompanhamento de condições ou situações clínicas dentro do seu escopo de atuação profissional. Para tanto, o acesso a consultas e exames especializados deve ser pautado em documentos de referência e contra-referência, constando história e indicação clínica, detalhamento de exame físico, resultado de exames complementares já realizados e seus laudos, primando pela boa prática clínica, baseada em evidências científicas, nos protocolos clínicos e linhas de cuidado da SMS vigentes. Dentro desta perspectiva, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, através da Responsável Técnica da Enfermagem na APS, desenvolveu uma proposta de organizar um documento, a partir das competências técnicas e legais das (os) Enfermeiras (os) na APS, que reúne as situações clínicas ou condições de saúde passíveis de encaminhamento para outros pontos da RAS, cuja a (o) Enfermeira (o) tem autonomia para realizar a solicitação de vaga, com perfil próprio de solicitante, via SISREG, potencializando a função de coordenação do cuidado, garantindo a produção de cuidado em saúde integral e contínua.
A enfermagem desempenha um papel singular e estratégico para alcance da cobertura universal de saúde, e consequente aumento do acesso aos serviços, descrito como meta do ODS 3. A recomendação é de que a OMS e outros organismos internacionais, colaborem para elevar o perfil da enfermagem, e a fazer com que esse seja o eixo central das políticas de saúde; que apoiem os planos para aumentar o número de enfermeiras empregadas globalmente; que desenvolvam papéis de liderança em enfermagem e enfermeiras líderes; que habilitem enfermeiras para que desenvolvam todo seu potencial; que recolham e disseminem evidências do impacto positivo da enfermagem no acesso, na qualidade e nos custos do atendimento à saúde, assegurando sua incorporação nas políticas e determinando que essas sejam elaboradas e implementadas para atingir o triplo impacto da enfermagem na saúde, na igualdade de gênero e na economia (APPG ON GLOBAL HEALTH, 2016; PNUD; IPEA, [s. d.]) No Brasil, enfermeiras que atuam na APS estão desenvolvendo cuidados que incorporam ações clínicas de crescente complexidade, considerando as marcantes mudanças do perfil demográfico, epidemiológico e social da população brasileira e da organização dos serviços na rede de atenção à saúde (PEDUZZI, 2017). O trabalho da enfermagem na APS é complexo, dinâmico e possui várias dimensões. A produção do cuidado pela enfermagem por gestão da clínica, meio de gestão de condições de saúde, gestão de caso e de projetos terapêuticos, mediadas pela consulta de enfermagem. Procedimentos, educação popular, educação permanente, monitoramento da situação de saúde da população, gerenciamento da equipe de enfermagem e do serviço de saúde são alguns dos papéis assumidos pelas enfermeiras na APS (BONFIM et al., 2012; FERREIRA; PÉRICO; DIAS, 2018; PEREIRA et al., 2018) Na APS, a consulta de enfermagem inclui cuidados de maior complexidade e exige pronta tomada de decisão por meio de conhecimentos técnicos, permitindo após o diagnóstico de enfermagem, a prescrição de medicamentos aprovados em programas de saúde pública, abordagens terapêuticas não farmacológicas, solicitações, interpretação de exames e encaminhamentos necessários. Todas as ações e decisões assistenciais das enfermeiras exigem raciocínio clínico. Ele conduz o julgamento clínico, o diagnóstico de enfermagem, a pactuação de metas de cuidado, a escolha de intervenções adequadas e a avaliação dos resultados (BARROS et al, 2015). Organizar o escopo de atuação da enfermagem, ampliando e consolidando as ações de encaminhamentos para referência e contra-referência para a Enfermagem foi uma proposta empolgante para vários profissionais de diferentes categorias porque a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (MRJ) acredita que a enfermagem tem imenso potencial de fortalecer a APS e ajudar a consolidar o SUS, e além disso, reconhece a relevância técnica desta categoria, ajustando as limitações administrativas injustificáveis, impostas outrora, ampliando a garantia acesso de qualidade e resolutivo para população carioca.
-Inserir enfermeiras (os) como uma das profissionais protagonistas na regulação assistencial, com perfil de solicitante -Aumentar o escopo de prática das (os) enfermeiras (os) fortalecendo o processo de coordenação clínica pela APS -Potencializar a competência técnica e aumento do valor social da enfermagem – Viabilizar o acesso mais equitativo aos recursos da saúde – Ampliar a oferta de serviços e carteira de serviços do MRJ
Foi realizado um estudo no Sistema Cofen/Corens para busca de resoluções e pareceres técnicos que abarcavam atividades não contempladas do escopo de atuação da Enfermagem do MRJ; Para incrementar a fundamentação teórica, foi realizada uma busca nas ferramentas de apoio à decisão clínica como BMJ Best Practice, UpToDate, DynaMed, BVSEnf e artigos de relevância clínica para o assunto, alinhados com os requisitos de execução municipal, recomendações e diretrizes do Ministério da Saúde, Guias de Referência Rápida do Município do Rio de Janeiro e protocolos de enfermagem na APS de outros estados; Foram realizadas diversas reuniões pela Responsável Técnica da Enfermagem na APS para exposição da proposta aos seguintes atores: Subsecretária de Promoção, Atenção Primária e Promoção da Saúde, Superintendente de Atenção Primária à Saúde, Coordenação de Linhas de Cuidado e Ciclos de Vida, Coordenação de Condições Crônicas Transmissíveis, Coordenação de Condições Crônicas Não Transmissíveis, Assessores Técnicos da Central de Regulação do MRJ, Responsáveis Técnicos da Enfermagem das Unidades de Saúde, com intuito de adicionar contribuições e discussão sobre as abas de procedimentos e consultas propostos para serem solicitadas pela(o) enfermeira (o). Uma nota técnica institucional foi escrita para ser divulgada para toda rede de APS do MRJ e para os prestadores de serviço da RAS, agrupando todos os procedimentos e consultas disponíveis para solicitação pela(o) enfermeira (o) na APS, de modo a garantir maior resolutividade no escopo de atuação da enfermagem. Os protocolos de Enfermagem na APS do MRJ estão em processo de atualização e integrarão estas novas recomendações.
Após discussões técnicas foram propostas as seguintes possibilidades de solicitação de procedimentos e consultas por enfermeiras (os), via SISREG, considerando as situações clínicas ou condições descritas a seguir: Situação clínica/condição: Tuberculose Procedimentos/consulta: Tórax (PA) Solicitada P/ Enfermagem / Programa; Tórax (PA + Perfil) Solicitada P/ Enfermagem / Programa; Tórax (PA + Perfil); Tórax (PA) Procedimentos/consulta: Teste de Escarro Induzido Situação clínica/condição: Pré Exposição ao vírus HIV (PrEP)* Procedimentos/consulta: Consulta em Profilaxia Pré Exposição ao HIV Situação clínica/condição: Hepatites Virais Procedimentos/consulta: Consulta em Hepatologia – Hepatite crônica B, Consulta em Hepatologia: Hepatite crônica C, Consulta em Hepatologia – Gestantes com Hepatites Virais, Consulta em Infectologia – Pediatria Situação clínica/condição: Contraindicações à amamentação em mães vivendo com HIV Procedimentos/consulta: Consulta em Infectologia-Pediatria-HIV/AIDS Situação clínica/condição: Rastreamento de câncer de mama e Controle radiológico de resultado categoria BI-RADS® 3 Procedimentos/consulta: Mamografia Situação clínica/condição: Resultado de exame citopatológico alterado Procedimentos/consulta: Consulta em Ginecologia patologia cervical (colposcopia) Situação clínica/condição: Planejamento reprodutivo Procedimentos/consulta: Consulta em Ginecologia – DIU, Consulta em Ginecologia – Laqueadura, Consulta em Urologia – Vasectomia Situação clínica/condição: Diabetes Mellitus Procedimentos/consulta: Consulta em terapia ocupacional e Consulta de Enfermagem na Atenção Especializada – pé diabético Situação clínica/condição: Lesão de pele refratária ao tratamento Procedimentos/consulta: Consulta de Enfermagem na Atenção Especializada para avaliação de lesões de pele Situação clínica/condição: Avaliação de lesões Procedimentos/consulta: Consulta de Enfermagem na Atenção Especializada – Curativo Grau II Situação clínica/condição: Pessoa com incontinência urinária e/ou anal Procedimentos/consulta: Consulta de Enfermagem – Incontinência Urinária e/ou Anal Situação clínica/condição: Pessoas com gastrostomia Procedimentos/consulta: Consulta em Enfermagem – Gastrostomia Situação clínica/condição: Pessoas com nefrostomia Procedimentos/consulta: Consulta de Enfermagem – Nefrostomia Situação clínica/condição: Pessoas com traqueostomia Procedimentos/consulta: Consulta de Enfermagem – Traqueostomia Situação clínica/condição: Pessoas ostomizadas Procedimentos/consulta: Avaliação paciente ostomizado e Consulta em Complicações paciente ostomizado Situação clínica/condição: Necessidade de reabilitação auditiva Procedimentos/consulta: Reabilitação auditiva Situação clínica/condição: Necessidade de reabilitação intelectual Procedimentos/consulta: Reabilitação Intelectual pediatria Situação clínica/condição: Usuários que necessitam de atenção domiciliar Procedimentos/consulta: Atendimento PADI (Programa de Atenção Domiciliar) A partir do movimento de ampliação do escopo de atuação da Enfermagem na APS, possibilitando a coordenação do cuidado na RAS, foi necessário ampliar o menu de exames autorizados para requisição por enfermeiras (os) nas Unidades de APS, aditivando ao contrato dos laboratórios prestadores de serviço os seguintes exames: Hemograma Completo; Eritrograma; Grupo sanguíneo e fator RH Eletroforese de Hemoglobina; Pesquisa de anticorpos irregulares – Teste Coombs indireto; Teste oral de tolerância à Glicose; Glicemia de jejum; Hemoglobina glicada; Colesterol total; Triglicerídeos HDL; Colesterol LDL; colesterol (fórmula); Creatinina; Potássio sérico; Ácido úrico Albuminúria ou relação albumina:creatinina (RAC); Proteínas totais e frações; TGO; TGP Bilirrubinas; Amilase; Lipase; Gama-GT; Fosfatase alcalina; Coagulograma (TAP, PTT, INR); Anti-HBc Total; Anti-HBc IGM; Anti-HBs; HBeAg; Sorologia não treponêmica para Sífilis (VDRL); Anti-HIV; Sorologia para Dengue; Testes para detecção de anticorpos de SARS-CoV-2 em amostras de sangue total, soro e plasma Testes de swab de nasofaringe e/ou orofaringe para detecção do antígeno viral por técnicas de imunofluorescência; EAS; Urocultura; Parasitológico de fezes; Carga viral do HBV; Carga Viral do HCV; Carga Viral do HIV; CD4/CD8; Baciloscopia para BK; Cultura de BK. Estas ações transformarão o trabalho da enfermagem na APS na atenção a diversas situações clínicas ou condições de saúde, possibilitando às (aos) enfermeiras (os) a legitimidade para implementar todo processo de enfermagem, desde a coleta de dados, a implementação de suas condutas, onde o encaminhamento possa ser necessário, diminuindo as barreiras institucionais que limitam o escopo de atuação da enfermagem, fragmentando o cuidado. Além de proporcionar maior acesso a pessoas e famílias aos serviços de saúde, com abordagem integral e contínua.
Essa experiência insere o enfermeiro como um dos profissionais protagonistas na regulação assistencial, com perfil de solicitante, fundamental para a conformação das RAS e para viabilizar o acesso mais equitativo aos recursos da saúde, no lugar, no tempo, com custos e qualidade adequados. Além de aumentar o escopo de prática das (os) enfermeiras (os) fortalecendo o processo de coordenação clínica, potencializando a competência técnica e aumento do valor social da enfermagem. Um plano de educação permanente e treinamento entre as equipes está sendo elaborado para capilarizar as mudanças e a fundamentação da ampliação do escopo de atuação da enfermagem na APS. Referências: ALMEIDA, P. F. de et al. Coordenação do cuidado e Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate, [S. l.], v. 42, p. 244–260, set. 2018. Disponível em: https://scielosp.org/article/sdeb/2018.v42nspe1/244-260/. APPG ON GLOBAL HEALTH. Triple Impact of Nursing: How developing nursing will improve health, promote gender equality and support economic growth. London: APPG on Global Health, out. 2016. Disponível em: http://www.appg.globalhealth.org.uk/. BONFIM, D. et al. Identificação das intervenções de enfermagem na Atenção Primária à Saúde: parâmetro para o dimensionamento de trabalhadores. Revista da Escola de Enfermagem da USP, [S. l.], v. 46, p. 1462–1470, dez. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/j/reeusp/a/FdXg8v7FfJ9BJpstYMZPvyK/?lang=pt. CONASS (Org.). Atenção Primária e Promoção da Saúde. 1a ed. Brasília, Brazil: CONASS-Conselho Nacional de Secretários de Saúde, 2011(Para entender a gestão do SUS) FERREIRA, S. R. S.; PÉRICO, L. A. D.; DIAS, V. R. F. G. The complexity of the work of nurses in Primary Health Care. Revista Brasileira de Enfermagem, [S. l.], v. 71, n. suppl 1, p. 704–709, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672018000700704&lng=en&tlng=en. GIOVANELLA, L.; MENDONÇA, M. H. M. de. Atenção Primária à Saúde. In: Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. p. 575–625. GIOVANELLA, L. et al. De Alma-Ata a Astana. Atenção primária à saúde e sistemas universais de saúde: compromisso indissociável e direito humano fundamental. Cadernos de Saúde Pública, [S. l.], v. 35, n. 3, p. e00012219, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2019000300301&tlng=pt JANKE, G. F. et al. Atributos da Atenção Primária à Saúde nos cuidados às pessoas com condições crônicas. Saúde e Pesquisa, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 537–546, 1 set. 2020. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/7791. OLIVEIRA; PEREIRA, I. C. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, [S. l.], v. 66, n. spe, p. 158–164, set. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672013000700020&lng=pt&tlng=pt. PEDUZZI, M. ENFERMEIRA DE PRÁTICA AVANÇADA NA ATENÇÃO BÁSICA. Revista Baiana de Enfermagem, [S. l.], v. 31, n. 4, 20 dez. 2017. Disponível em: //periodicos.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/24728. PORTELA, G. Z. Atenção Primária à Saúde: um ensaio sobre conceitos aplicados aos estudos nacionais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [S. l.], v. 27, n. 2, p. 255–276, jun. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312017000200255&lng=pt&tlng=pt. SILVA JÚNIOR, A. G. da; ALVES, C. A. Modelos assistenciais em saúde: desafios e perspectivas. Modelos de atenção e a saúde da família, [S. l.], , p. 27–41, 2007. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/eps-1630. STARFIELD. Atenção Primária. Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologias. Brasília: Escritório da UNESCO. Edição Brasileira, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_primaria_p1.pdf. VITORIA, A. M. et al. Avaliação dos atributos da atenção primária à saúde em Chapecó, Brasil. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, [S. l.], v. 8, n. 29, p. 285–293, 7 out. 2013. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/832

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