O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde – OPAS/OMS, por meio da Estratégia de Saúde Universal, entendem que a atenção primária à saúde (APS) deve ser tratada como prioridade na agenda de cooperação, ensejando, assim, a qualificação e a ampliação da Atenção Primária, por meio da Estratégia Saúde da Família. As mais robustas evidências apontam que um sistema de saúde orientado pela APS é mais equânime e custo-efetivo. Portanto, fortalecer a APS deve ser parte de uma agenda estratégica para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS), entendido como sistema baseado no direito de todas e todos à saúde, portanto universal, integral e sem barreiras financeiras ao acesso.
Para fazer frente aos desafios impostos pela SAPS, é fundamental o estímulo nos espaços de construção de conhecimento e aprendizado a partir das experiências dos gestores, trabalhadores e usuários da Atenção Primária do Brasil. Esta iniciativa busca experiências que promovam a melhoria do acesso da população, sempre priorizando e reforçando o seu papel como porta de entrada prioritária e coordenadora da atenção no sistema de saúde.
Os desafios para o SUS são imensos. E, com a chegada da pandemia de COVID-19, em março de 2020, nosso país se viu ainda mais desafiado a oferecer saúde integral e de qualidade a toda sua população, com acesso universal e equânime. Após o avançar da pandemia, a lição aprendida pelo Brasil e pelo mundo é que as estratégias de enfrentamento da emergência sanitária precisam se projetar para a comunidade, com um enfoque baseado na atenção primária. Aprendemos que a APS precisa se reinventar para continuar sendo a porta de entrada do sistema de saúde, responder às demandas da emergência e manter o atendimento e os serviços essenciais de saúde. Tal tarefa só é possível com compromisso, organização e protagonismo de gestores e profissionais.
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