| Autore(s) |
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| TATIANE CAETANO |
| Co-Autore(s) |
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| Juliana do Carmo Reis |
| Ellen Cristine Dalpra Lage |
INOVAÇÃO, ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL, MOBILIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA: UM NOVO OLHAR PARA O CUIDADO INTEGRALDOS TABAGISTAS
Contextualização
Medidas de distanciamento para mitigar o impacto da pandemia acarretaram efeitos indesejáveis sobre a saúde das populações: aumento no consumo de cigarros e exposição involuntária à fumaça do tabaco (Malta, D.C, 2020; SILVA, A. L., 2020). Instituições governamentais como o INCA e a OPAS alertaram sobre o fato do tabagismo agravar o quadro da Covid, favorecer a contaminação e disseminação do vírus, além de ser a causa de morte de 443 pessoas por dia no Brasil. Nesse contexto epidemiológico, é importante ressaltar o impacto negativo na Atenção Primária à Saúde (APS) do atendimento das doenças crônicas e seus fatores de risco, dentre eles o tabagismo. Assim, torna-se urgente uma reaproximação com os usuários e a reinvenção do cuidado, através de ações promotoras e assistenciais criativas no território, unindo esforços e saberes. A inovação e a capacidade de resposta à crise são inspiradoras. A crise revela a vulnerabilidade do sistema, mas cria oportunidades para a melhoria do cuidado.
Objetivo
Planejar e desenvolver ações intersetoriais sobre o tabagismo no território. Advertir e alertar os usuários sobre as consequências do tabagismo ativo e passivo, utilizando estratégias lúdicas e inovadoras. Incentivar e ofertar acompanhamento e tratamento da cessação do tabagismo na APS. Sensibilizar os profissionais da APS para a oferta da promoção da saúde e do cuidado integral ao tabagista, nos formatos presencial e online. Monitorar e acompanhar o resultado das estratégias implantadas.
Metodologia
Ocorreram ações de sensibilização, articuladas de forma intra e intersetorial, no formato presencial e virtual, em diversos espaços: praças, estações de ônibus, Restaurantes Populares, metrô, Unidades de Pronto Atendimento e Academias da Cidade. Nessas ações, os profissionais responderam dúvidas, aplicaram o teste Fargeström e orientaram os tabagistas para tratamento na APS. Foram utilizadas metodologias lúdicas e criativas, tais como: exposição da Boneca Fumazete, fantasia de cigarro, rodas de conversa, músicas e raps compostos para as ações, orientações individuais, cartazes e cartilhas educativas. Paralelamente, realizou-se treinamento em serviço e sensibilização para os profissionais da APS, especialmente do NASF-AB, no formato virtual. Os objetivos foram capacitar, em parceria com a Prodabel, nas ferramentas de home office, entre elas o Google meet e alertar sobre a importância de retomar as ações promotoras, educativas e assistenciais relativas ao tabagismo.
Resultados
Os resultados revelam que as ações de sensibilização/mobilização atingiram cerca de 12.000 pessoas, em 25 dias de atividades. Foram realizadas 60 apresentações do grupo teatral Mobiliza SUS, distribuídas 7.000 cartilhas sobre o tabagismo, realizadas 98 rodas de conversa e aplicados 530 testes de Fargeström. Para os profissionais de saúde foram realizados 06 encontros virtuais de capacitação em ferramentas Home Office, como estratégia para aumentar a oferta da abordagem intensiva ao tabagista no formato on-line, destinada a 82 profissionais da APS. Também, foram realizadas 10 reuniões de sensibilização para profissionais do NASF-AB. Observamos que estratégias inovadoras e criativas de articulação transversal (individuais e coletivas) e intersetorial diversificam o público-alvo, promovem o conhecimento sobre os malefícios do tabaco, ativam o empoderamento do sujeito e corresponsabilizam as equipes da APS para facilitar e ampliar o acesso e a oferta do tratamento.
Considerações Finais
A pandemia exige um novo olhar para o cuidado integral do tabagista, um redesenho de ações e modalidades de atendimento. É imperioso unir a potência da intersetorialidade e da mobilização social para disseminar informação, incentivar o autocuidado e organizar a assistência ao tabagista, no formato presencial e online. Nesse contexto, é necessário ampliar espaços de interlocução com os usuários e inovar em métodos de promoção da saúde para garantir a continuidade do cuidado em todas as dimensões.
| Participante(s) |
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