No município de Goiás Velho, a antiga capital goiana, os psicólogos vinculados ao SUS se organizaram para pensar em um conjunto de ofertas de serviços para os trabalhadores da saúde, que representavam um público potencial de 350 pessoas.
Apoiados pelo Núcleo de Estudos sobre Saúde Mental na APS e Populações Vulneráveis (NuPop) da Fiocruz Brasília, os psicólogos desenvolveram o plano ação para colocar em prática as medidas de apoio aos profissionais. Conforme relato do psicólogo sanitarista e pesquisador Marcelo Pedra Martins Machado, da Fiocruz Brasília, o primeiro movimento consistiu na oferta de apoio psicológico para gestores dos serviços, mas a procura foi baixa.
O segundo passo foi a realização de uma busca ativa, com telefonemas para trabalhadores-chave, que resultou em uma adesão maior que a da tentativa anterior. A partir de então, foram construídas estratégias de comunicação para a população em geral.
As estratégias de apoio psicológico foram organizadas conforme fases, divididas entre durante e depois da pandemia, com base em referências teóricas e técnicas, como Primeiros Cuidados Psicológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Comitê Permanente Interagências da Organização das Nações Unidas (IASC ONU).
Um dos cuidados dos psicólogos foi evitar diagnósticos precoces, encarando os medos provocados pela pandemia como uma situação natural para o contexto. Pedra destacou, entre os efeitos da ação, a utilização de novas ferramentas de cuidado para o campo da atenção psicossocial, com diferentes intensidades de cuidado, a ampliação do acesso aos cuidados e a promoção da saúde mental na APS, bem como o fortalecimento do autocuidado e a integração entre os serviços da rede.
#Covid19 - Debate 30/07 - #APSForte - Goiás Velho inova na promoção da Saúde Mental na APS
Essa experiência participou do debate Reorganização da rede de Atenção Primária para enfrentamento da Covid-19, realizado no dia 30 de julho, como parte das atividades da iniciativa APSForte no combate à pandemia.