Representantes dos Conselhos Regionais de Enfermagem estão reunidos em Brasília para tratar dos Protocolos de Enfermagem na Atenção Primária em uma oficina promovida pelo Cofen dias 25 e 26/4 . O objetivo é fornecer todos os subsídios sobre o tema, debater a proposta de implantação nos estados e definir as etapas operacionais. Esta já é a segunda etapa do processo, depois que foram lançadas as “Diretrizes para elaboração de Protocolos de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde pelos Conselhos Regionais”.
A abertura da oficina foi feita pelas enfermeiras Elisabete Pimenta, da Comissão de Práticas Avançadas em Enfermagem (CPAE), e Silvia Neri, da Comissão de Atenção Básica (CTAB).
A programação iniciou com a apresentação do modelo de Santa Catarina pela conselheira do Coren/SC, Elizimara Siqueira, coordenadora de Enfermagem da Prefeitura de Florianópolis, que detalhou como foram desenvolvidos os protocolos e a sistemática em que as prefeituras assinam termos de adesão e os enfermeiros recebem capacitação para implantação nas Unidades Básicas de Saúde. “Temos muitos desafios ainda, como consolidar o conceito que a prescrição de cuidados pelo enfermeiro abrange a prescrição de medicamentos e solicitação de exames”, disse Elizimara, destacando pontos como a ampliação de pesquisas para detectar a resolutividade da consulta de Enfermagem, economicidade para o Sistema Único de Saúde (SUS) e satisfação do usuário.
Após, a colaboradora do Cofen, Luana Ribeiro, professora da Universidade Federal de Goiás, mostrou métodos favoráveis para elaborar os protocolos e apresentou os modelos de Goiás, Santa Catarina, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. “Alguns fatores são fundamentais nesta construção dos protocolos, como considerar a Sistematização da Assistência em Enfermagem, o trabalho em equipe e o respaldo da legislação, sendo o foco nas atribuições dos profissionais de Enfermagem”, afirmou.
Os participantes puderam levantar questionamentos com dúvidas sobre a prática nos estados que já desenvolveram os protocolos. Durante a tarde, ocorreu explanação do papel dos apoiadores, que são os que desenvolvem as oficinas e irão organizar os grupos em cada regional, e dos facilitadores, que são os representantes dos regionais.
A próxima etapa é realizar uma discussão da proposta para os estados e, após, definir as equipes de trabalho, as fases operacionais os encaminhamentos necessários para execução das próximas fases. O objetivo é terminar o ano com a elaboração dos grupos de trabalho e implantação dos protocolos em todos os estados.
Fonte texto e foto: Ascom – Cofen (com colaboração do Coren-SC)