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Visando melhor qualificar a atenção à saúde em Curitiba e padronizar o processo de trabalho, a Secretaria Municipal da Saúde estabeleceu como estratégia de gestão a construção de indicadores que traduzissem processos de trabalho e que, por sua vez, assegurassem resultados concretos e de qualidade junto à população usuária do sistema público de saúde do município, sob a forma de indicadores de saúde.
Para tal, fez-se necessário desenvolver um sistema de monitoramento e avaliação consistente, com a intenção de favorecer a apropriação dos processos de planejamento por parte dos trabalhadores de saúde e, assim, incentivar os mesmos a atuarem como protagonistas nas definições de ações e metas dos processos de trabalho, bem como a se comprometerem com os resultados alcançados, junto à população usuária dos serviços de saúde.
A construção de indicadores deu-se em várias etapas, privilegiando momentos de construção coletiva, por meio de oficinas de trabalho envolvendo atores com formação e atuação prática diversificada.
Etapa 1 – O Centro de Informação em Saúde e os Coordenadores de Informações dos Distritos Sanitários elaboram a planilha de programação que serviu de material de suporte para os trabalhos nas oficinas.
A planilha de programação local e distrital foi construída principalmente a partir dos indicadores e parâmetros padronizados nos protocolos adotados pela SMS.
Etapa 2 – oficinas com os profissionais e gerentes, que resultaram na definição das informações necessárias para o monitoramento do planejamento local. No início, foram levantados cerca de 250 indicadores, o que tornou impossível o processo de operacionalização e foram então classificados em três categorias: Indispensáveis, Necessários e Desejáveis. Priorizaram-se, naquele momento, os indicadores classificados como indispensáveis e que possuíssem fonte informatizada para proporcionar a informação em tempo real e dar maior confiabilidade do dado.
Etapa 3 – A partir do estabelecimento desses indicadores e metas, construiu-se o Plano Operativo Anual (POA), que é diferente para cada nível institucional e envolve gestores e trabalhadores locais no momento da pactuação de metas, levando em consideração os recursos disponíveis, capacidade operacional, séries históricas e características da população residente no território de abrangência.
Neste contexto foram selecionados 13 indicadores, posteriormente 18 e por fim 21 indicadores de saúde prioritários.
- Todo o processo tem monitoramento trimestral; as Coordenações de Informação à Saúde dos níveis central e distrital reúnem-se periodicamente para avaliar os resultados e atualizar, anualmente, os indicadores e parâmetros.
- Anualmente renovam-se os contratos entre Unidade de Saúde e Distrito Sanitário e Distrito Sanitário e Nível Central.
Fontes dos indicadores de saúde:
- Plano Municipal da Saúde;
- Programa Anual de Saúde;
- Protocolos Clínicos;
- Compromissos Institucionais – Pacto pela Saúde, LDO, PPA, etc.
- Sistema de Informação Próprio e nacionais;
- Planejamento Local; entre outros.
O conjunto de fontes e indicadores são organizados e construídos a partir de quatro variáveis principais:
- Os objetivos do sistema de serviços de saúde contidos nos planos de saúde;
- As evidencias e o custo efetividade das tecnologias de saúde;
- A disponibilidade e capacidade de ajustar a oferta de serviços de saúde;
- As necessidades e expectativas dos cidadãos.
SAIBA MAIS acessando o texto sobre o processo de construção de indicadores