Programa Mais Médicos para o Brasil: Fortalecendo a Atenção Primária no município de Raposa – MA

Raposa/MA

O Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) tem como objetivo fortalecer a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e ampliar o acesso da população aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em áreas com histórico de escassez de profissionais. No município de Raposa – MA, com cerca de 33 mil habitantes e marcado pela presença de comunidades tradicionais como pescadores, marisqueiras, indígenas, ciganos e rendeiras, o programa passou a atuar de forma efetiva a partir de 2023, com a inserção de 11 médicos nas equipes de saúde, garantindo 100% de cobertura.
Antes da implantação do PMMB, a alta rotatividade médica dificultava o vínculo com os usuários e comprometia a continuidade do cuidado. A partir da chegada dos profissionais, observou-se um impacto positivo na resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS), no aumento da produtividade dos atendimentos individuais e na ampliação das ações coletivas. O objetivo deste trabalho é analisar esse impacto por meio de um relato de experiência, utilizando dados dos sistemas e-Gestor AB, SISAB e e-SUS APS. A análise comparou os períodos de 2021–2022 (antes do PMMB) e 2023–2024 (após a implantação).
Os resultados evidenciam um avanço expressivo na produtividade da Atenção Primária à Saúde (APS), com o número de atendimentos individuais aumentando de 11.104 em 2021 para cerca de 24.065 em 2024, após a implantação do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB). Paralelamente ao crescimento quantitativo, observou-se uma qualificação da assistência ofertada, com intensificação da atuação dos médicos em ações de caráter coletivo e comunitário. Houve uma mudança significativa no perfil das atividades desenvolvidas: partindo de um cenário com nenhuma ação coletiva registrada por médicos nos anos anteriores ao programa, alcançou-se o total de 143 atividades em 2024. Dentre essas iniciativas, destacam-se rodas de conversa, reuniões com equipes multiprofissionais, ações do Programa Saúde na Escola (PSE), visitas domiciliares e estratégias de busca ativa nas microáreas, contribuindo para o fortalecimento do vínculo com os usuários e a efetivação do cuidado integral no território.
Entre os principais desafios enfrentados na região destacam-se a vulnerabilidade social, o difícil acesso geográfico, a incidência de doenças crônicas e agravos endêmicos, além da carência histórica de infraestrutura e serviços especializados. A atuação dos médicos do PMMB tem sido fundamental para responder a essas demandas, promovendo o cuidado integral e humanizado, fortalecendo os vínculos com a população e contribuindo para a melhoria de indicadores em saúde.
Conclui-se que o Programa Mais Médicos tem desempenhado papel crucial no fortalecimento da APS em Raposa, promovendo maior acesso, equidade e qualidade no cuidado. A permanência desses profissionais no território tem gerado impactos duradouros, com maior confiança da população no SUS e maior integração das equipes de saúde. O caso de Raposa evidencia a importância da continuidade de políticas públicas estruturantes e da valorização da atuação territorializada na atenção básica.

Características da População:
População estimada: ~32 mil habitantes Perfil sociocultural: Comunidades tradicionais (pescadores, marisqueiras, rendeiras, indígenas, ciganos) Alta vulnerabilidade social: Baixa renda, baixa escolaridade, acesso limitado a serviços Território de difícil acesso: Áreas ribeirinhas e costeiras. Alta demanda em saúde: Crianças, gestantes, idosos e pacientes com condições crônicas Histórico de baixa cobertura: Escassez e rotatividade de profissionais antes do PMMB
Estimativa Nº Pessoas Atendidas:
Cobertura populacional estimada pelas 11 Equipes de Saúde da Família: 100% da população de Raposa (≈32 mil pessoas atendidas)
Principais Desafios de Saúde:
Alta vulnerabilidade social e territorial; População com baixa renda e escolaridade; Dificuldades de acesso a áreas ribeirinhas, ilhas e comunidades isoladas; Habitações precárias e saneamento básico insuficiente; Doenças crônicas e agravos prevalentes; Hipertensão e diabetes com baixa adesão ao tratamento; Casos de tuberculose, hanseníase e arboviroses recorrentes (dengue, chikungunya) Baixa cobertura anterior de serviços; Alta rotatividade de profissionais antes do PMMB; Desafios no cuidado materno-infantil; Gestantes com início tardio do pré-natal; Baixa adesão ao calendário vacinal em crianças; Barreiras logísticas e de transporte; Dificuldade de deslocamento da população até as UBS; Desafios para equipes realizarem visitas domiciliares em áreas remotas.
Objetivos Principais:
Analisar o impacto do Programa Mais Médicos para o Brasil na Atenção Primária à Saúde do Município de Raposa, através da produtividade dos atendimentos individuais e atividades coletivas que auxiliaram para alcance das metas de indicadores.
Resumo da Experiência:
O Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) tem como objetivo fortalecer a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e ampliar o acesso da população aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em áreas com histórico de escassez de profissionais. No município de Raposa – MA, com cerca de 33 mil habitantes e marcado pela presença de comunidades tradicionais como pescadores, marisqueiras, indígenas, ciganos e rendeiras, o programa passou a atuar de forma efetiva a partir de 2023, com a inserção de 11 médicos nas equipes de saúde, garantindo 100% de cobertura. Antes da implantação do PMMB, a alta rotatividade médica dificultava o vínculo com os usuários e comprometia a continuidade do cuidado. A partir da chegada dos profissionais, observou-se um impacto positivo na resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS), no aumento da produtividade dos atendimentos individuais e na ampliação das ações coletivas. O objetivo deste trabalho é analisar esse impacto por meio de um relato de experiência, utilizando dados dos sistemas e-Gestor AB, SISAB e e-SUS APS. A análise comparou os períodos de 2021–2022 (antes do PMMB) e 2023–2024 (após a implantação). Os resultados evidenciam um avanço expressivo na produtividade da Atenção Primária à Saúde (APS), com o número de atendimentos individuais aumentando de 11.104 em 2021 para cerca de 24.065 em 2024, após a implantação do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB). Paralelamente ao crescimento quantitativo, observou-se uma qualificação da assistência ofertada, com intensificação da atuação dos médicos em ações de caráter coletivo e comunitário. Houve uma mudança significativa no perfil das atividades desenvolvidas: partindo de um cenário com nenhuma ação coletiva registrada por médicos nos anos anteriores ao programa, alcançou-se o total de 143 atividades em 2024. Dentre essas iniciativas, destacam-se rodas de conversa, reuniões com equipes multiprofissionais, ações do Programa Saúde na Escola (PSE), visitas domiciliares e estratégias de busca ativa nas microáreas, contribuindo para o fortalecimento do vínculo com os usuários e a efetivação do cuidado integral no território. Entre os principais desafios enfrentados na região destacam-se a vulnerabilidade social, o difícil acesso geográfico, a incidência de doenças crônicas e agravos endêmicos, além da carência histórica de infraestrutura e serviços especializados. A atuação dos médicos do PMMB tem sido fundamental para responder a essas demandas, promovendo o cuidado integral e humanizado, fortalecendo os vínculos com a população e contribuindo para a melhoria de indicadores em saúde. Conclui-se que o Programa Mais Médicos tem desempenhado papel crucial no fortalecimento da APS em Raposa, promovendo maior acesso, equidade e qualidade no cuidado. A permanência desses profissionais no território tem gerado impactos duradouros, com maior confiança da população no SUS e maior integração das equipes de saúde. O caso de Raposa evidencia a importância da continuidade de políticas públicas estruturantes e da valorização da atuação territorializada na atenção básica.
Resultados:
Comparando os anos de 2023-2024, quando o PMMB foi iniciado no município de Raposa, com os anos de 2021-2022, observou-se um avanço significativo na produtividade dos atendimentos da Atenção Primária à Saúde (APS), além de impactos positivos nos indicadores do Ministério da Saúde. O programa permitiu que a APS aumentasse o número de atendimentos, passando de 11.104 em 2021 (quando o programa ainda não havia sido implantado) para cerca de 24.065 em 2024. Esse aumento possibilitou a ampliação da resolutividade da APS, conforme proposto pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), e impactou diretamente a qualidade dos serviços ofertados aos usuários do SUS. O programa trouxe médicos para localidades onde a escassez de profissionais de saúde era evidente. Em Raposa, a presença desses médicos tem sido fundamental não apenas para o atendimento de saúde básica, mas também para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população mais vulnerável. Além dos atendimentos individualizados nos consultórios médicos, houve uma ampliação significativa da participação desses profissionais nas ações em saúde, com os médicos atuando ativamente em rodas de conversa, reuniões periódicas com suas equipes, ações do Programa Saúde na Escola (PSE), atividades comunitárias e de busca ativa nas microáreas. Essas iniciativas contribuíram para um cuidado mais integrado e contínuo, fortalecendo o vínculo com os usuários e viabilizando o atendimento com equidade.
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