Projeto de extensão Panela Aberta

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
semiramis domene Coordenadora santos
Maria Laura da Costa Louzada Coordenadora São Paulo
Ana Caroline Carbone Furni Extensionista Santos
André Luiz Soares Valdez extensionista santos
Camila Furtunato Garcia Extensionista Santos
Gabriela Pongiluppi Rasquinho Extensionista Santos
Giullia Reale Tonini Extensionista Santos
Larissa Peres Ribeiro Extensionista santos
Lucca Martins Collin Extensionista santos
Luiza Failla Ribeiro Extensionista santos
Mariana Ventilii Marques Duarte Extensionista santos
Pedro Santana Jorge Extensionista santos
Thaís de Moura Neves-Gonçalves Supervisora santos
Thais Di Stasi Marques dos Santos; Extensionista santos
Victória Regina Albuquerque de Souza Extensionista Santos

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Universidade Federal de São Paulo

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
São Paulo Santos

1.5 Região do país

Sudeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Semíramis M A Domene Profa. Associada Livre Docente/Coordenadora Santos

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

AdolescentesAdultosIdososEstudantesTrabalhadoras/esComunidade em geral

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

EDUCAÇÃO
Escola Pública
Escola Privada
Universidade
Ensino Médio
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
universalidade
equidade
participação social
apoio ao desenvolvimento sustentável

Por favor justifique/comente sua resposta

Criado em 2018, o Projeto de Extensão Universitária Panela Aberta (PPA) foi formulado por estudantes do Curso de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – campus Baixada Santista, e desde então, 25 extensionistas e 2 nutricionistas apoiadoras já colaboraram para essa trajetória. Por meio de duas oficinas autorais baseadas no Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), o projeto tem promovido ações de Educação Alimentar e Nutricional para o público interno e externo da universidade, e discutido a importância da alimentação adequada e saudável e do desenvolvimento sustentável. A primeira oficina trabalha com diferentes públicos os princípios do Guia e apresenta a classificação NOVA, de forma a proporcionar o entendimento sobre o grau de processamento dos alimentos e incentivar escolhas que estejam alinhadas com a regra de ouro – “Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados”. A segunda oficina propõe uma reflexão sobre os obstáculos para o acesso à alimentação adequada e saudável, sendo eles a informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e publicidade, e discute estratégias que possam ser aplicadas no dia a dia para superá-los. Além disso, o projeto também é comprometido com a divulgação do conhecimento na área e mantém um portal e um perfil em uma rede social para divulgar os conceitos do Guia, artigos, grupos de pesquisa, eventos, receitas, vídeos, filmes, documentários, podcasts e os materiais desenvolvidos. As ações do grupo são embasadas em abordar a dimensão da alimentação como um todo, os impactos do sistema alimentar e a valorização da justiça social e ambiental.

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

Tanto a realização das oficinas quanto o material produzido e disponível por meio do portal e da rede social, tem como objetivo a divulgação científica dos conceitos do Guia de forma didática, objetiva e que proporcione o entendimento por diferentes públicos.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

I - Sustentabilidade social, ambiental e econômica
II- Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VI- A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
Em todas as atividades do projeto Panela Aberta são divulgadas as diretrizes do Guia em relação aos conceitos e a apresentação da classificação NOVA, a escolha e ao sistema de produção dos alimentos, ao ato de comer, a compreensão e a superação dos obstáculos, com a valorização dos dez passos para uma alimentação adequada e saudável e do desenvolvimento de autonomia perante a alimentação.
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
Logo por ocasião da publicação do Guia, a aproximação em unidades curriculares da graduação do curso de Nutrição e o diagnóstico de que ele ainda era pouco conhecido pela grande maioria da população, estudantes da Universidade Federal de São Paulo formularam o projeto para permitir a compreensão e disseminação de suas diretrizes para além dos muros da Universidade.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência

Sim

descreva rapidamente
A experiência dos estudantes nos módulos de graduação que oportunizavam contato com o território mostrou haver grande desconhecimento entre os integrantes da comunidade sobre conceitos fundamentais sobre alimentação saudável, o que provocou os estudantes da graduação para proporem um conjunto de ações tendo o Guia como referência fundamental.
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
Em 2018, as ações aconteceram a partir de uma parceria proposta pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE/SP), com o intuito de implementar o Guia Alimentar nas escolas estaduais da Baixada Santista, com o objetivo de difundir o conhecimento e promover a prática de atividades educativas, alinhando as ações de educação na temática da alimentação saudável ao currículo institucional. Dessa forma, desde o princípio o PPA tinha como principal objetivo realizar ações de educação alimentar e nutricional com base nas diretrizes do Guia Alimentar. O Marco de Referência em EAN e a obra de Paulo Freire são dois referenciais teóricos que têm balizados as ações do Panela Aberta.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?

Sim

sim, em quais etapas e como participaram ?
Ao início desenvolveu-se projeto de Iniciação Científica com professores do ensino médio na cidade de Cubatão e estudantes líderes do ensino médio com o propósito de desenvolver o protocolo das oficinas. Durante seis meses, estes atores contribuíram para a formulação da proposta.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN

Sim

Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
As oficinas autorais contam com um momento expositivo dialogado com o apoio de um material visual desenvolvido pelo grupo, mas também com dinâmicas em que os participantes são convidados a classificar os alimentos de acordo com a classificação NOVA e/ou a refletir sobre os obstáculos que enfrentam para a atingir uma alimentação adequada e saudável. As dinâmicas proporcionam a interação com os participantes, em que eles são atores fundamentais no ciclo de aprendizagem. Ao final, é realizada uma avaliação da oficina para que dessa forma seja possível melhorá-la de acordo com a percepção do público. Na rede social também são utilizados recursos como votações e enquetes para incentivar a interação do público e despertar o interesse para os materiais apresentados.
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas

Sim

sim, quais recursos?
São empregadas projeções como material de apoio ou para realização das oficinas online. Nas oficinas presenciais também são utilizados o Guia físico, cartazes com informações sobre o os grupos de alimentos de acordo com a classificação NOVA e a regra de ouro citada pelo material, embalagens e réplicas de alimentos, além de papel e caneta para resposta às atividades propostas na dinâmica,
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?

sim

Descreva sobre o material/tecnologia social
partir da apropriação do material didático e do exercício da dinâmica, as oficinas são passíveis de replicação por outros profissionais e grupos, sobretudo em equipamentos de educação e saúde. As publicações no portal e na rede social também possibilitam o compartilhamento.
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
Em suas atividades presenciais e remotas, o projeto alcançou em torno de 3.600 pessoas desde 2018, dentre elas estudantes de ensino médio e universitários de diferentes áreas de atuação, nutricionistas e outros profissionais da saúde, profissionais da área da alimentação e também o público atendido pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Ao total, foram realizadas 38 oficinas e a participação em 13 eventos, em 15 estados brasileiros. O método avaliativo utilizado se baseia em um formulário, no qual cada participante pontua de 0 a 5 a oficina como um todo, as discussões levantadas e a compreensão pessoal sobre os temas abordados pela equipe Além disso, o participante é questionado se os conteúdos trazidos na oficina foram iguais ou diferentes dos que ele já sabia anteriormente. Por fim, há um espaço para críticas, elogios e sugestões para que o grupo discuta entre si e aprimore a metodologia para as atividades subsequentes. Durante a pandemia, houve a necessidade da migração das atividades presenciais para o meio remoto. Esse fato dificultou a visualização do perfil do público para a elaboração de oficinas que contemplassem a realidade das pessoas envolvidas na atividade, bem como a carência de interação com os participantes durante a ação e a limitação do acesso do público que não possuía dispositivos para conexão.
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
De acordo com a avaliação do grupo, a experiência das oficinas e o contato com o material divulgado pode proporcionar conhecimento para que haja autonomia para as escolhas alimentares alinhadas com o Guia. Ademais, os grupos foram pensados de forma que o público envolvido possa replicar o conhecimento adquirido em outros espaços, de suas casas aos locais de trabalho.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
Criado em 2018, o Projeto de Extensão Universitária Panela Aberta (PPA) foi formulado por estudantes do Curso de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – campus Baixada Santista, e desde então, 25 extensionistas e 2 nutricionistas apoiadoras já colaboraram para essa trajetória. Por meio de oficinas autorais baseadas no Guia Alimentar para a População Brasileira (2014), o projeto tem como objetivo promover ações de Educação Alimentar e Nutricional e discutir a importância da alimentação adequada e saudável e do desenvolvimento sustentável com o público interno e externo da universidade. Durante a pandemia da COVID-19, o projeto substituiu as atividades presenciais pelo modelo online, mas em 2022, as atividades presenciais começaram a ser retomadas. A principal ação do grupo em meio remoto tem sido a disseminação de informações por meio de plataformas digitais de acesso aberto, que possibilita mais alcance, e em meio presencial, há a realização dos dois modelos de oficinas elaboradas pelo grupo com maior interação, permitindo assim, a democratização do conhecimento. Para tal, dois modelos de oficina foram formulados, e em formato expositivo e dialogado, abordam a Classificação NOVA dos alimentos e/ou a superação dos obstáculos para uma alimentação saudável. Em um espaço médio de uma hora, esse encontro visa facilitar a compreensão de conteúdos presentes no Guia e promover uma atmosfera propensa à participação ativa do público, com o auxílio de ferramentas como quiz (Google Forms) ou Mentimeter no formato remoto, e em meio presencial há a utilização de embalagens e réplicas de alimentos para a realização da dinâmica. Ao final, o grupo conversa com os participantes, responde dúvidas, e também, aplica um questionário de avaliação da oficina. Ademais, o PPA intensificou a divulgação de conteúdos relacionados ao Guia e as suas atividades mediante o uso das redes sociais e do seu portal no domínio da UNIFESP, dessa forma, são realizadas três publicações por semana (duas nas redes sociais e uma no portal), com temas escolhidos através do Guia e da demanda trazida pelo público, visando ampliar o acesso às informações e a autonomia nas escolhas alimentares adequadas e saudáveis. Assim como no ano anterior, o modelo online continua possibilitando a aproximação do PPA a projetos e instituições localizadas em outros estados brasileiros. No ano de 2021, as oficinas contaram com a presença de aproximadamente 834 pessoas, a exemplo da comunidade da UNIFESP, alunos de cursos técnicos, graduandos de diferentes áreas e a população em geral. Até o momento, no ano de 2022, houve a participação do projeto em eventos de divulgação e oficinas, o que totalizou 582 participantes entre estudantes, trabalhadores da área da alimentação e usuários de serviços de saúde. Em função das dúvidas levantadas durante as oficinas, é perceptível que as ações realizadas pelo Panela fomentam escolhas alimentares mais conscientes, ampliando a autonomia dos participantes. Isto, aliado aos resultados obtidos por meio das avaliações, demonstra uma grande aceitação do projeto. Uma maior consciência frente às escolhas alimentares e seus impactos – positivos e negativos -, permite ao cidadão compreender as necessidades de sistemas alimentares mais sustentáveis. Dessa forma, o PPA enquanto extensão da universidade pública contribui para a multiplicação do conhecimento, a divulgação científica e para a constante luta pela promoção da alimentação adequada e saudável.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência
Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência

APSREDES

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É considerado conflito de interesses:

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e/ou cujas

  • Práticas incluam: 1) Publicidade, promoção e outras estratégias mercadológicas que visem aumentar a demanda pelos referidos produtos e/ou promovam ou estimulem modos de comer não saudáveis, tais como comer excessivamente, comer sozinho, comer sem pensar, comer compulsivamente, comer rápido, ou modos de produzir alimentos pautados pelo uso de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados, ou; 2) Lobby contra medidas legislativas, econômicas, jurídicas ou socioculturais que visem à redução da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou da exposição aos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos; e/ou cujas 3) Políticas, objetivos, princípios, visões, missões e/ou metas que incluam ou se relacionem com o aumento da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou com a expansão de oportunidades e promoção dos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos.

Alguns exemplos de experiências de Educação Alimentar e Nutricional que configuram conflito de interesses:

  • Ser financiado ou ter recebido qualquer tipo de apoio (técnico, infraestrutura, equipe, financeiro etc) por entidades e atores acima citados;
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