Projeto Chef e Nutri na Escola

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Sumara de Oliveira Santana Nutricionista Brasília
Tamara Braz Ribeiral Nutricionista Brasília
Sebastián Luis Parasole Tecnólogo em Gastronomia Brasília
Livia Bacharini Lima Nutricionista Brasília
Shirley Silva Diogo Nutricionista Brasília
Vanessa de Oliveira Bezerra Bomfim Nutricionista Brasília

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal
Iniciativa Bandoneón
Centro Universitário IESB

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
Distrito Federal Brasília

1.5 Região do país

Centro-Oeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Sumara de Oliveira Santana Nutricionista Brasília

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

Crianças - 5 a 10 anosAdolescentesAdultosIdososMulheresEstudantesPessoas Negras

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

EDUCAÇÃO
Escola Pública
Universidade
Ensino Fundamental
Ensino Médio
EJA
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de estarem livres da fome
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
universalidade
integralidade
equidade
intersetorialidade
participação social
apoio ao desenvolvimento sustentável

Por favor justifique/comente sua resposta

O Projeto Chef e Nutri na Escola tem como base a promoção da alimentação adequada e saudável no contexto do Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF), sendo realizado em parceria com o projeto social voluntário “Iniciativa Bandoneón”, que envolve educação itinerante para pessoas vulneráveis, solidariedade, sustentabilidade e sobre tudo educar para empreender. Dentre os pressupostos do Projeto Chef e Nutri na Escola destacamos a promoção da alimentação adequada e saudável (estímulo ao consumo de alimentos in natura e minimamente processados), a promoção de sistemas alimentares sustentáveis (valorização das hortas escolares), redução do desperdício dos alimentos e a capacitação de merendeiras para a transformação das refeições em preparações seguras, saborosas e nutritivas.

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

Despertar o interesse dos estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal para o consumo de uma alimentação adequada e saudável, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da preparação de refeições produzidas com alimentos adquiridos pelo Programa de Alimentação Escolar.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

I - Sustentabilidade social, ambiental e econômica
II- Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VI- A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
VII- A diversidade nos cenários de prática
VIII- Intersetorialidade
IX- Planejamento, avaliação e monitoramento das ações
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
O Guia Alimentar para a População Brasileira e o Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas foram a base do projeto. Após a reunião com as escolas para apresentação do projeto e elaboração do cronograma das atividades, foram realizadas ações de educação alimentar e nutricional na forma de oficinas, apresentando os conceitos do referido guia aos estudantes de forma lúdica e participativa. Nesse momento foram abordados os princípios do Guia Alimentar, as quatro recomendações, a regra de ouro de uma alimentação saudável e os dez passos para uma alimentação saudável. No momento de preparação das refeições em conjunto com as merendeiras escolares e o chef de cozinha, foram abordados alguns passos da alimentação saudável, como: Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias; Limitar o consumo de alimentos processados; evitar o consumo de alimentos ultraprocessados; Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS1 - Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
ODS 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
ODS 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
ODS 4- Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
ODS 6 - Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos
ODS 8 - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
ODS 9 - Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação
ODS 10 - Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
ODS 11 - Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
ODS 13 - Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
ODS 15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
Observou-se que algumas preparações do Programa de Alimentação Escolar do DF (PAE-DF) não tinham uma aceitabilidade muito boa pelos estudantes de algumas escolas, como o peixe e algumas hortaliças. Além disso, a equipe de nutricionistas do PAE-DF identificou presença de hábitos alimentares inadequados pelos estudantes. Considerando a importância de trabalhar a educação alimentar e nutricional no contexto escolar, aliado à parceria com o Chef de cozinha e idealizador de um projeto social alinhado aos princípios e diretrizes do Guia alimentar, percebemos a oportunidade de desenvolver um projeto que valorizasse os alimentos adquiridos pelo PAE-DF, agregando orientações nutricionais de forma lúdica para possibilitar escolhas alimentares adequadas e ao mesmo tempo envolvendo técnicas de preparo das refeições que agregaram qualidade nutricional e sensorial para as refeições.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência

Sim

descreva rapidamente
Foi feita observação da realidade de hábitos alimentares dos estudantes pelos nutricionistas do PAE-DF, bem como relatos dos professores, merendeiras e diretores das escolas sobre o assunto.
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
As prioridades e objetivos da experiência foram definidos com base na legislação do Programa de Alimentação Escolar, no Guia Alimentar para a População Brasileira, na necessidade de promoção da alimentação saudável no contexto escolar e de aproximação dos estudantes ao local onde as refeições são produzidas, proporcionando a descoberta da culinária, bem como no interesse das escolas para o desenvolvimento do projeto.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?

Sim

sim, em quais etapas e como participaram ?
Os diretores, professores, coordenadores pedagógicos, nutricionistas, chef de cozinha e merendeiros participaram do planejamento da experiência no primeiro encontro do projeto, onde foram definidos os temas a serem abordados na oficina para ação de EAN, bem como a elaboração do cardápio que seria elaborado no dia da preparação da refeição junto com o chef de cozinha.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN

Sim

Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
Problematização; Sensibilização das escolas em relação aos temas abordados sobre alimentação saudável; Oficinas dinâmicas e participativas; Roda de conversa. De forma a favorecer a identificação do “o que, por que, como, para que e para quem” realizar as ações, baseado nos problemas identificados de acordo com a realidade de cada local.
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas

Sim

sim, quais recursos?
Réplicas de alimentos; Alimentos do Programa de Alimentação Escolar do DF, papelaria, apresentação com slides, datashow.
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?

sim

Descreva sobre o material/tecnologia social
Jogo sobre a classificação NOVA do guia alimentar; cartilha educativa; desenhos lúdicos para linguagem inclusiva sobre as receitas usadas no projeto, focando em zero desperdício de alimentos.
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
Ao longo de três anos de desenvolvimento do projeto nas escolas públicas do DF, de 2017 a 2019, foram alcançados 5.765 estudantes e 200 merendeiros, em 23 escolas. O projeto foi considerado um sucesso, tendo ganhado visibilidade importante dentro da Secretaria de Estado de Educação do DF e nas mídias locais. Mobilizou as escolas para a promoção da alimentação adequada e saudável e alcançou a comunidade escolar, uma vez que os estudantes levaram os conhecimentos para suas famílias.
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Com certeza! O Projeto “Chef e Nutri na Escola” contribuiu positivamente para a promoção da alimentação adequada, saudável e sustentável no ambiente escolar, estimulando práticas culinárias e promovendo a valorização do PAE/DF e dos profissionais que preparam as refeições. Os cardápios escolares ganharam novas técnicas gastronômicas e diferentes tipos de preparos que ajudaram a desenvolver refeições mais saborosas e com melhor aceitabilidade pelos estudantes. As merendeiras aprenderam técnicas gastronômicas que permitem entender a importância da integridade dos ingredientes. Ao final de cada ano, o chef de cozinha realizou uma capacitação com as merendeiras que participaram do projeto, o que contribuiu para a segurança alimentar (controle higiênico-sanitário) e montagem e ideia de pratos, o que abre a curiosidade para consumir os alimentos pelos estudantes. As ações de EAN possibilitaram escolhas saudáveis pelos estudantes.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
O projeto foi estruturado em quatro momentos, visando estimular a oferta de uma alimentação adequada, saudável e sustentável aos estudantes, por meio de ações de EAN alinhadas à gastronomia. O primeiro deles destinou-se a apresentar o projeto para a equipe gestora com o planejamento, definição do cardápio e cronograma das atividades. No segundo, aconteceu uma oficina conduzida pelos nutricionistas para todos os estudantes da escola, com a apresentação dos temas: alimentação saudável; boas práticas de manipulação e segurança alimentar. Nesse momento a unidade de preparação das refeições foi apresentada aos estudantes. Já no terceiro encontro ocorreu a ação de culinária do projeto, com a preparação das refeições executadas pelo Chef de cozinha, acompanhadas pelos merendeiros da escola, com apoio dos estudantes e supervisão dos nutricionistas, enfatizando uma produção com o mínimo de resíduos sólidos. O cardápio executado foi definido pelos nutricionistas, com contribuições do Chef, utilizando exclusivamente os alimentos do PAE-DF. O cardápio continha os seguintes componentes: uma opção proteica; dois acompanhamentos, sendo um com hortaliças; salada; e uma sobremesa com frutas. O projeto finalizou com a visita dos merendeiros das escolas participantes a um laboratório universitário de gastronomia onde puderam entrar em contato com novas perspectivas e técnicas de aperfeiçoamento profissional.

5. DOCUMENTOS

5.1 Campo para inserção de arquivo de imagens que documentaram a experiência
Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência

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É considerado conflito de interesses:

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e/ou cujas

  • Práticas incluam: 1) Publicidade, promoção e outras estratégias mercadológicas que visem aumentar a demanda pelos referidos produtos e/ou promovam ou estimulem modos de comer não saudáveis, tais como comer excessivamente, comer sozinho, comer sem pensar, comer compulsivamente, comer rápido, ou modos de produzir alimentos pautados pelo uso de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados, ou; 2) Lobby contra medidas legislativas, econômicas, jurídicas ou socioculturais que visem à redução da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou da exposição aos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos; e/ou cujas 3) Políticas, objetivos, princípios, visões, missões e/ou metas que incluam ou se relacionem com o aumento da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou com a expansão de oportunidades e promoção dos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos.

Alguns exemplos de experiências de Educação Alimentar e Nutricional que configuram conflito de interesses:

  • Ser financiado ou ter recebido qualquer tipo de apoio (técnico, infraestrutura, equipe, financeiro etc) por entidades e atores acima citados;
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