“Minha marmita, nossa saúde: uma experiência dialógica entre uma Instituição Federal de Ensino e a Agricultura Familiar”

1.2 Autores(as) da experiência

Nome Cargo/Função Município
Jullyana Borges de Freitas Docente Área Nutrição/ Ciência e Tecnologia de Alimentos/ Saúde Coletiva Goiânia
Camilla Botega Aguiar Kogawa Docente Área Nutrição/ Saúde Coletiva/ Alimentação Coletiva Goiânia
Ariandeny Silva de Souza Furtado Nutricionista Goiânia

1.3 Organização(ções)/Instituição(ções) promotora(s) da experiência

Organização/Instituição
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)

1.4 Cidade(s) e Estado (s)

Estado Cidade
GO Goiânia

1.5 Região do país

Centro-Oeste

1.6 Identificação do(a) autor(a) responsável

Nome Cargo/Função Município
Jullyana Borges de Freitas Docente Goiânia

1.7 Eixo temático da experiência

Eixo 2 - EAN no campo da Educação

1.8 Público participante da experiência

AdolescentesAdultosIdososEstudantesProdutores de alimentos da agricultura familiarComunidade em geral

1.9 Onde esta experiência foi desenvolvida

EDUCAÇÃO
Escola Pública
Ensino Médio
EJA
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Feira
1.10 Na avaliação do grupo responsável esta experiência atendeu e/ou promoveu os seguintes princípios
todas as pessoas têm o direito de estarem livres da fome
todas as pessoas têm o direito de ter acesso à alimentação adequada saudável
universalidade
integralidade
equidade
intersetorialidade
participação social
apoio ao desenvolvimento sustentável

Por favor justifique/comente sua resposta

A alimentação é um direito indispensável para a sobrevivência humana. O direito à alimentação adequada é um direito humano básico, sem o qual não podem ser discutidos ou concretizados outros direitos, uma vez que sua realização é imprescindível para o direito à vida (TEO et. al., 2017). O direito humano à alimentação adequada (DHAA) vem se construindo e consolidando ao longo do tempo, tendo origem na Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento em que ficou estabelecido que “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação” (Organização das Nações Unidas, 1948, artigo 25, § 1º). Posteriormente, o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Pidesc), adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1966, em vigência internacional desde 1976 e ratificado pelo Brasil em 1992 (Brasil, 1992), reafirmou esse conceito e acrescentou que todas as pessoas têm o direito “a uma melhoria contínua de suas condições de existência” (Organização das Nações Unidas, 1966, artigo 11, § 1º). Em 1999, conforme consta no Comentário geral n. 12, o Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU definiu que o DHAA é realizado quando “cada homem, mulher e criança, sozinho ou em companhia de outros, tem acesso físico e econômico, ininterruptamente, à alimentação adequada ou aos meios para sua obtenção” (Organização das Nações Unidas, 1999, § 6º). Esses tratados internacionais respaldam a ideia, corroborada no Marco estratégico global para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): consenso global, de que os estados signatários assumem obrigações no sentido de “respeitar, proteger e cumprir o DHAA mediante políticas globais, regionais e nacionais” (FAO, 2014, p. 6). Reforça-se, assim, a ideia de que o direito de se alimentar regular e adequadamente não deve ser produto de benemerência, mas prioritariamente de uma obrigação que é exercida pelo Estado – representação da sociedade. E assim, o DHAA deve ser assegurado por meio de políticas públicas de SAN de responsabilidade do Estado e da sociedade, de maneira que a SAN seja conquistada na medida em que o DHAA seja progressivamente realizado (TEO et al, 2017). No Brasil, esse direito é previsto pela Constituição Federal, por meio da Emenda Constitucional n° 64/2010, e embasado pela Lei n° 11.346/2006, conhecida como Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar (SISAN). De acordo com esses dispositivos, cabe ao Estado assegurar que seus órgãos não violem esse direito; agir para que outros sujeitos, grupos ou entidades não interfiram na concretização desse direito; promover as condições para que todos possam se alimentar com dignidade; prover alimentos a indivíduos que não consigam obtê-los por conta própria (BRASIL, 2006; BRASIL, 2010). Assim, a realização do DHAA requer a adoção de políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição, acesso, consumo de alimentos seguros e de qualidade, promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável em todos os níveis federativos (ABRANDH, 2013). A SAN pode ser entendida como a “realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base em práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis” (BRASIL, 2006). O termo segurança alimentar surgiu logo após a Iª. Guerra Mundial — percebeu-se que a superioridade dos países não dependia exclusivamente da sua capacidade bélica, mas também a garantia da auto suficiência alimentar da sua população. Segurança alimentar tornou-se um termo militar e foi intimamente associado à segurança nacional até a década de 1970 (MALUF, 2007). Durante a Conferência Mundial da Alimentação promovida pela Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), o conceito voltou a ser associado à escassez de estoque de alimentos. Porém, em relação à capacidade de produção agrícola dos países. Entretanto, mesmo com a recuperação da produção que na época estava escassa, as mazelas da fome do mundo foram mantidas, atingindo gravemente uma grande parcela da população mundial (FAO, 2014). A fome é uma das representações das injustiças sociais mais cruéis e sabemos que atinge de forma mais contundente setores historicamente marginalizados na sociedade. Em 2014, o Brasil celebrou a saída do Mapa da Fome elaborado pela FAO-ONU. Essa foi uma vitória da combinação entre políticas públicas, conselhos de segurança alimentar ativos e participativos nos diferentes níveis de governo e o esforço da sociedade civil brasileira na luta pelo direito humano à alimentação e nutrição. Sete anos depois, principalmente no período mais recente, vê-se o aumento do número de pessoas e famílias em situação de fome e o declínio da SAN no país, (FAO, 2020). Enquanto os levantamentos relativos ao período de 2004 a 2013 registraram o aumento progressivo de famílias em SAN, este progresso foi revertido como mostram os dados coletados na Pesquisa de Orçamento Familiar- POF 2017-2018 (IBGE, 2020) e “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil” (VIGISSAN, 2021). O advento da pandemia provocou queda ainda mais abrupta da SAN no país nos últimos dois anos, com aumento dos níveis de insegurança alimentar e nutricional (IAN) moderada ou grave cujos resultados atingem proporções atuais equivalentes às que vigoravam em 2004 (DAUFENBACK; COELHO; BÓGUS, 2021). De fato, os impactos da pandemia do COVID 19, no Brasil explicitaram ainda mais a enorme discrepância entre diferentes realidades sociais que coexistem no país, reacendendo as discussões acerca da SAN, à semelhança do que vem acontecendo em outros países que enfrentam a mesma situação de pandemia. Do total de 211,7 milhões de brasileiros(as), 116,8 milhões conviviam com algum grau de IAN e, destes, 43,4 milhões não tinham alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões de brasileiros(as) enfrentavam a fome (VIGISSAN, 2021). É alarmante que a situação de IA grave e fome tenham voltado aos patamares de 2004. Um desafio persistente, que parecia superado há alguns anos pelo resultado do acúmulo de políticas de longo prazo, retorna ao centro das preocupações sociais e do debate público. Neste sentido, é fundamental termos pesquisas atualizadas e confiáveis, alinhadas a metodologias consolidadas, que possam informar políticas e programas de combate à fome. Tal enfrentamento deve ainda estar acompanhado de perspectivas que incorporem princípios de uma alimentação saudável, justa e sustentável. O combate à fome não se fará dissociado de transformações dos sistemas alimentares no sentido da redução de impactos sobre as mudanças climáticas, do cuidado com a saúde das pessoas e da construção de relações sociais justas e equitativas (DAUFENBACK; COELHO; BÓGUS, 2021). É urgente e imprescindível ações e políticas públicas efetivas que, respeitadas as restrições impostas pela crise sanitária que se agrava no Brasil, auxiliem os grupos populacionais mais vulnerabilizados e promovam a SAN, ao lado de políticas estruturais direcionadas à redução das desigualdades sociais e das iniquidades no nosso país. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil. (2014). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Brasil. (2004). ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Brasil. (2006). Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da União 2006. Brasil. (2010). Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PNSAN, estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e dá outras providências. Diário Oficial da União 2010. Daufenback, V., Coelho, D.E.P., &. Bógus, C.M. (2021). Sistemas Alimentares e violações ao Direito Humano à Alimentação Adequada: reflexões sobre a pandemia de covid-19 no Brasil. Segurança Alimentar. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8661745 FAO, IFAD, UNICEF, WFP and WHO. (2020). The State of Food Security and Nutrition in the World 2020 -Transforming foodsystems for affordable healthy diets [internet]. Rome: FAO [citado em 27 out 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.4060/ca9692en Food and Agricultural Organization (FAO). (2014). O direito humano à alimentação adequada no marco estratégico global para a segurança alimentar e nutricional: consenso global Roma. Disponível em: . » www.fao.org/3/a-i3546o.pdf IBGE. (2020). Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro :. Maluf, R. (2007). Segurança alimentar e nutricional. Petrópolis (RJ): Vozes. Marília, L. (Org.). (2013). O direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de segurança alimentar e nutricional / organizadora, Marília Leão. – Brasília: ABRANDH. 263 p.: il. ISBN 978-85-63364-06-7 Organização das Nações Unidas (ONU). (1948). Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. Disponível em: » www.dudh.org.br Organização das Nações Unidas (ONU). (1996). Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Pidesc). Disponível em: . Organização das Nações Unidas (ONU). (1999). Organizações das Nações Unidas. Comentário geral n. 12: o direito humano à alimentação adequada (art. 11). Disponível em: . » http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-deapoio/publicacoes/alimentacao-adequada/Comentario%20Geral%20No%2012.pdf/view Proen. IFG. (2016). Instrução Normativa Proen nº 03, de 05 de setembro de 2016. Regulamenta e normatiza os projetos de ensino no âmbito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás – IFG e dá outras providências. Rede Penssan. (2021). Vigisan: inquérito nacional sobre insegurança alimentar no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil. Silva Jr., E. A. (2020). Manual de controle higiênico-sanitário em alimentos. 8.ed. São Paulo: Livraria Varela. Teo, C. R. P. A., Gallina, L. S., Busato, M. A., Cibulski, T. P., &. Becker, T. (2017). Direito humano à alimentação adequada: percepções e práticas de nutricionistas a partir do ambiente escolar. Trabalho Educação Saúde, 15 (1), 245-267. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00045

2. OBJETIVOS E PRINCÍPIOS RELACIONADOS À EXPERIÊNCIA

2.1 Objetivo(s): Qual é/foi a finalidade das atividades desenvolvidas

O Programa “Minha marmita, nossa saúde” tem como principal objetivo atualmente, aproximar a comunidade institucional do IFG Câmpus Goiânia Oeste a comunidade externa, principalmente os agricultores familiares cadastrados na Feira Interinstitucional Agroecológica, a fim de fortalecer a implementação das políticas públicas/institucionais, por meio da troca de saberes, experiências, e práticas de fomento à segurança alimentar e nutricional para a comunidade envolvida. Para isso, tem como Objetivos Específicos : – Refletir acerca da importância da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) como compromisso pedagógico, social, político, institucional e humano; Compreender a SAN sobre diferentes eixos temáticos no decorrer de cada etapa semestral do projeto, por meio das “Mesas de debate e trocas de experiências”; -Orientar o desenvolvimento de textos argumentativos dissertativos na temática abordada, possibilitando aos participantes da comunidade institucional e externa desenvolverem o hábito da escrita, por meio de técnicas de redação, com criticidade e autonomia; -Realizar Evento para a apresentação de experiências em SAN da comunidade institucional do IFG, bem como dos agricultores familiares participantes deste programa. Ainda, neste evento fazer um concurso de redação dos textos produzidos, com vistas à publicação de uma coletânea das experiências em SAN, bem como das redações selecionadas; – Promover espaços e atividades de vivência para a construção dialógica entre academia e agricultores familiares acerca de suas prioridades; – Acompanhar a produção dos alimentos processados e/ou minimamente processados dos agricultores familiares fornecedores da Feira Interinstitucional Agroecológica; – Prestar suporte técnico científico na elaboração de fichas técnicas de preparo, que servirão de subsídio para a elaboração do Rótulo dos produtos, conforme nova legislação em vigor a partir de 9 de outubro de 2022. – Divulgar e promover os princípios do processo de produção dos alimentos nos agro ecossistemas pautados em práticas que evidenciam a sustentabilidade em sua dimensão ecológica, cultural, social, econômica e ética; – Colaborar na educação alimentar e nutricional, com ênfase na segurança alimentar e nutricional dos agricultores familiares cadastrados no Projeto de Extensão “Feira Interinstitucional Agroecológica”; com o objetivo de trazer essa aproximação da feira, do agricultor familiar a comunidade institucional do Câmpus Goiânia Oeste e a sua comunidade circunvizinha; – Desenvolver atividades de Educação Alimentar e Nutricional, “Minha marmita nossa saúde na praça”, abrangendo espaços físicos presenciais, bem como ambientes virtuais, com vistas a colaborar de forma prática para a garantia do direito humano à alimentação adequada. – Promover a alimentação saudável no tripé institucional e pela implementação da PIAN/IFG para a comunidade institucional, com ênfase na SAN pró consumo sociopolítico com intersecção “da produção ao consumo”. – Espera-se com essa experiência que ao final seja publicado um e-book contemplando os alimentos e produtos produzidos pelos agricultores familiares cadastrados na Feira Interinstitucional Agroecológica IFG, IF Goiano e UFG, com seu histórico, modo de produção; método de preparo; valor nutricional; usos culinários e outros; curiosidades.

2.2 Os objetivos e as atividades desenvolvidas adotaram de maneira explícita algum ou alguns dos princípios do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas

I - Sustentabilidade social, ambiental e econômica
II- Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade
III- Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
IV- A comida e o alimento como referências; Valorização da culinária enquanto prática emancipatória
V- A Promoção do autocuidado e da autonomia
VI- A Educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e informada dos sujeitos
VII- A diversidade nos cenários de prática
VIII- Intersetorialidade
IX- Planejamento, avaliação e monitoramento das ações
2.3 Quais temas/diretrizes dos Guias Alimentares para População Brasileira e/ou para Crianças brasileiras menores de 2 anos são/foram abordados na experiência?
Os cinco princípios do Guia Alimentar para a população brasileira foram e estão sendo abordados nesta experiência, o que pode ser confirmado no Relato da Experiência. 1. Alimentação é mais que ingestão de nutrientes; 2. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo; 3. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável; 4. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares; 5. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
2.4 Vocês consideram que esta experiência pode contribuir de maneira direta ou indireta a um ou mais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ?
ODS 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
ODS 12 - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
ODS 15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
ODS 17 - Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável

3. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA EXPERIÊNCIA

3.1 Como foi identificada a necessidade de realização desta experiência
O Programa “Minha marmita, nossa saúde”, surgiu como projeto de atividades complementares no IFG/ Câmpus Goiânia Oeste, entre os anos 2016 e 2019, com o objetivo de melhorar as condições de manipulação, transporte, armazenamento e consumo de marmitas pelos discentes e servidores (docentes e técnicos-administrativos) do Campus. No ano de 2020, diante do contexto de pandemia, bem como a situação de vulnerabilidade de muitos estudantes do Instituto Federal de Goiás, percebeu-se a necessidade de dar ênfase à temática de Segurança Alimentar e Nutricional. O projeto de atividades complementares então se tornou um Projeto de Ensino e teve sua primeira edição realizada no segundo semestre de 2020, intitulada “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA”. Neste momento a proposta foi de instruir discentes e servidores sobre SAN com o objetivo de empoderá-los para escolhas alimentares saudáveis e seguras, promovendo a educação em saúde e desenvolvendo nos participantes a criticidade e autonomia, bem como estender o aprendizado para seu núcleo social incluindo sua família. Durante a realização destas quatro edições do Projeto de Ensino, a equipe executora do Programa/ IFG pôde conhecer, dialogar e firmar parcerias com outro Programa Interinstitucional do IFG, a “Feira Interinstitucional Agroecológica”, uma parceria entre IFG/ IFGoiano e UFG. Esses diálogos entre academia e agricultores familiares, bem como a procura da comunidade externa pelas atividades ofertadas no Projeto de Ensino impulsionam a equipe executora do “Minha marmita, nossa saúde” a avançar com uma proposta de Programa de Extensão, contemplando Ações de Ensino e de Extensão, tendo como público prioritário a comunidade acadêmica do IFG e os agricultores familiares cadastrados na Feira Interinstitucional Agroecológica.
3.2 Foi realizado algum diagnóstico da situação (observação da realidade, levantamento de demandas junto ao público etc) antes de iniciar a experiência

Sim

descreva rapidamente
Rodas de conversa dialógicas entre comunidade institucional e agricultores familiares.
3.3 Como foram definidos as prioridades e objetivos da experiência
Rodas de conversa dialógicas entre comunidade institucional e agricultores familiares.
3.4 Os sujeitos da ação participaram das etapas de planejamento da experiência?

Sim

sim, em quais etapas e como participaram ?
No planejamento das ações de extensão. Por meio de rodas de conversa, em que levantaram suas expectativas com o programa e objetivos.
3.5 Foram desenvolvidas metodologias ativas como estratégias pedagógicas para a EAN

Sim

Se sim, indique a(s) metodologia(s) com uma breve descrição
Web conferências; Rodas de Conversa.
3.6 Foram utilizados recursos materiais nas atividades desenvolvidas

Sim

sim, quais recursos?
– Banners de educação alimentar e nutricional; – Rótulos; – Frutos do Cerrado; – Plantas alimentícias não convencionais; – Lanches/ marmitas: opções saudáveis de acordo com o Guia Alimentar para a população brasileira; – Maquete copa dos discentes e servidores do Câmpus Goiânia Oeste.
3.7 Sua experiência se configura no desenvolvimento de materiais educativos e desenvolvimento de tecnologias sociais a serem aplicados por outros profissionais?

sim

Descreva sobre o material/tecnologia social
E- book – “O alimento, a comida, e os produtos da agricultura familiar, como estratégia intersetorial de educação alimentar e nutricional”. Espera-se com essa experiência que ao final seja publicado um e-book contemplando os alimentos e produtos produzidos pelos agricultores familiares cadastrados na Feira Interinstitucional Agroecológica IFG, IF Goiano e UFG, com seu histórico, modo de produção; método de preparo; valor nutricional; usos culinários e outros; curiosidades.
3.8 Como a experiência foi avaliada e quais os resultados obtidos
Como o Programa está em execução, seguem relatos de produtoras rurais que participam da Feira Interinstitucional Agroecológica, e de uma estudante do IFG participante da equipe executora, como bolsista, do Programa “Minha marmita, nossa saúde”: “A feira no início foi um grande desafio, aprender a lidar com prazos, regras tão rígidas, não conseguíamos nos alinhar com o fluxo, do ambiente acadêmico, mas recebemos todo o afeto e acolhimento necessário para permanecer e agora com a chegada dos alunos a leveza tomou conta e só temos pontos positivos, o que era difícil agora se tornou leve e fácil, porque eles tem mais condições de perceber as nossas próprias dificuldades e propor soluções rápidas e assertivas para os problemas, e juntos a gente consegue fazer muitas trocas não só de conhecimento mas também de experiências. Sou muito grata de fazer parte desse projeto dentro da AFABEV-GO”. (Ihasminy Teixeira – Presidente da Associação dos Agricultores Familiares de Bela Vista de Goiás”. ) “Participar da feira é muito importante para nós. É desafiador e, ao mesmo tempo, muito gratificante. É um trabalho amplo em que aprendemos muito. Eu tenho me desenvolvido como pessoa, como profissional, e tenho melhorado a minha comunicação por meio do dinamismo da feira.” …. “É uma alegria muito grande poder trabalhar com esses alunos porque eles são bem preparados e têm um entusiasmo e um envolvimento muito grande! Só temos a agradecer pela participação dos alunos com a gente na feira!” (Elza – Produtora rural, que faz parte da Associação dos Agricultores Familiares de Bela Vista de Goiás”. ) “Como já dizia Paulo Freire, “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender”. O projeto de extensão, “minha marmita, nossa saúde” foi e ainda é uma oportunidade única na qual estou inserida, uma experiência que levarei para a vida inteira. Não tratamos apenas sobre alimentação saudável, mas dialogamos e discutimos sobre a fome, a insegurança alimentar, a importância do meio ambiente, as relações sociais e familiares nas quais estamos inseridos. Todos os dias aprendemos coisas novas e conhecemos pessoas novas, que trazem uma bagagem de vida e trocam conhecimentos e experiências que vão além da simples transmissão destes saberes, mas de histórias únicas e subjetivas de cada um. Este projeto, não está formando apenas alunos/indivíduos que entendem como a alimentação é importante para a saúde mental e física, mas também, formando cidadãos críticos. Tenho orgulho de fazer parte da equipe.” (Yasmin Rodrigues Viana, Estudante do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do IFG, bolsista do Programa de Extensão Minha Marmita, Nossa Saúde).
3.9 Relevância: Na avaliação das/os responsáveis, essa experiência contribuiu para algum nível de mudança/melhoria da realidade alimentar e nutricional das pessoas envolvidas; e/ou gerou experiência/conhecimento que pode contribuir para a prática de EAN em outros momentos e realidades
Pode-se observar por meio das avaliações das quatro etapas já realizadas do projeto de ensino, que as discussões trabalhadas neste programa têm auxiliado na formação e também em escolhas alimentares mais diversificadas, saudáveis e sustentáveis, melhorando as condições de SAN na nossa comunidade institucional. Este Programa também tem favorecido a aproximação da equipe executora do projeto de outros parceiros que têm trabalhado nesta temática, de modo a contribuir para o empoderamento tanto da comunidade institucional, como da comunidade externa do IFG, para realizar escolhas alimentares saudáveis e seguras, promovendo a educação em saúde, com criticidade e autonomia, principalmente no seu núcleo social e família. Ainda, pôde-se perceber a riqueza de possibilidades de construções coletivas junto aos agricultores familiares e o quanto este trabalho intersetorial pode auxiliar na divulgação e promoção dos princípios do processo de produção dos alimentos nos agro ecossistemas pautados em práticas que evidenciam a sustentabilidade em sua dimensão ecológica, cultural, social, econômica e ética. A partir desses resultados já obtidos, e muitos que ainda esperamos alcançar nos próximos anos, incentivamos que esta iniciativa seja utilizada como referência para outras instituições de ensino, tanto da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, bem como Instituições de Ensino das Redes Estaduais e Municipais de Educação, e Universidades. Este grupo se coloca à disposição para orientar outros Câmpus do IFG, bem como outras instituições de ensino na expansão do “Minha marmita, nossa saúde”, como uma estratégia de Educação Alimentar e Nutricional em Rede. Priorizando ações de ensino, pesquisa e extensão, que tenham caráter Inter setorial em favor da soberania e segurança alimentar e nutricional das comunidades envolvidas.

4. RELATO RESUMIDO DA EXPERIÊNCIA

Relato resumido da experiência
O Programa “Minha marmita, nossa saúde” contempla ações de Ensino e Extensão, desenvolvidas por uma equipe multiprofissional (estudantes, docentes, servidores técnico administrativos) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), Câmpus Goiânia Oeste, bem como servidores lotados em outras instâncias do IFG e egressos do IFG. Este programa está alinhado com as metas institucionais do IFG previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2019/2023), uma das metas é a criação e/ou implementação de Restaurantes Estudantis em todos os câmpus, como forma de garantir a segurança alimentar da comunidade acadêmica. Enquanto os restaurantes não são implementados, é importante a criação de estratégias que promovam melhores condições de alimentação na instituição, seja a instalação de espaços para a alimentação, a oferta de auxílio estudantil, ou de programas de ensino, pesquisa e extensão que orientam acerca da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). É importante ressaltar também que é uma das metas institucionais a implantação e consolidação de uma Política Institucional de Alimentação e Nutrição (PIAN), de modo que todas as ações de Alimentação e Nutrição sejam guiadas por esta Política. Tal política deve, necessariamente, tratar de saúde alimentar e de soberania alimentar na escola, sendo assim o Programa “Minha marmita, nossa saúde” é uma experiência prática neste processo institucional. O Programa “Minha marmita, nossa saúde”, surgiu como projeto de atividades complementares no IFG/ Câmpus Goiânia Oeste, entre os anos 2016 e 2019, com o objetivo de melhorar as condições de manipulação, transporte, armazenamento e consumo de marmitas pelos discentes e servidores (docentes e técnicos-administrativos) do Campus. No ano de 2020, diante do contexto de pandemia, bem como a situação de vulnerabilidade de muitos estudantes do Instituto Federal de Goiás, percebeu-se a necessidade de dar ênfase à temática de Segurança Alimentar e Nutricional. O projeto de atividades complementares então se tornou um Projeto de Ensino e teve sua primeira edição realizada no segundo semestre de 2020, intitulada “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA”. Neste momento a proposta foi de instruir discentes e servidores sobre SAN com o objetivo de empoderá-los para escolhas alimentares saudáveis e seguras, promovendo a educação em saúde e desenvolvendo nos participantes a criticidade e autonomia, bem como estender o aprendizado para seu núcleo social incluindo sua família. Diante da grande repercussão da Primeira Edição, estão sendo realizadas desde então edições semestrais do Projeto de Ensino, todas com ênfase na Segurança Alimentar e Nutricional, sendo estas: Segunda Edição “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: COMO GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA?”; Terceira Edição: “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: A INTERAÇÃO ENTRE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL E SISTEMAS ALIMENTARES; SEUS IMPACTOS NA SAÚDE E NO MEIO AMBIENTE”; Quarta Edição: “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: DIALOGANDO SOBRE SAN – EXPERIÊNCIAS EXITOSAS NO ESTADO DE GOIÁS”. Essas quatro primeiras edições contemplaram atividades teórico-práticas, via plataforma digital, com carga horária de 54 horas a cada semestre. As pesquisas, os estudos e as atividades dos estudantes foram acompanhadas, quinzenalmente, por meio de reunião virtual, via Google Meet, com exposições, debates, problematizações e análises dos temas de pesquisa tratados pelos colaboradores. A plataforma Moodle IFG foi usada como recurso às atividades de ensino remoto. Todas as ações, referências de leitura, atividades assíncronas foram disponibilizadas e realizadas por meio dessa plataforma. Durante a realização destas quatro edições do Projeto de Ensino, a equipe executora do Programa/ IFG pôde conhecer, dialogar e firmar parcerias com outro Programa Interinstitucional do IFG, a “Feira Interinstitucional Agroecológica”, uma parceria entre IFG/ IFGoiano e UFG. Esses diálogos entre academia e agricultores familiares, bem como a procura da comunidade externa pelas atividades ofertadas no Projeto de Ensino impulsionam a equipe executora do “Minha marmita, nossa saúde” a avançar com uma proposta de Programa de Extensão, contemplando Ações de Ensino e de Extensão, tendo como público prioritário a comunidade acadêmica do IFG e os agricultores familiares cadastrados na Feira Interinstitucional Agroecológica. Sendo assim, a partir do segundo semestre de 2022, o Programa “Minha marmita, nossa saúde” está ofertando sua Quinta Edição do Projeto de Ensino “MINHA MARMITA, NOSSA SAÚDE: SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO CAMPUS”, sendo a primeira edição presencial no Câmpus Goiânia Oeste, já que as atividades presenciais da instituição foram retomadas em março de 2022. Esta edição conta, além do formato presencial, com a participação ativa dos estudantes do Curso Técnico Integrado em Nutrição e Dietética do IFG – Câmpus Goiânia Oeste, no planejamento, elaboração dos planos de ação de atividades de Educação Alimentar e Nutricional, desenvolvimento de recursos de EAN, bem como condução destas atividades no Campus, segundo os princípios preconizados pelo Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para políticas públicas. Como parte das atividades desta Edição será realizada durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, dia 21 de outubro, a I Mostra de Segurança Alimentar e Nutricional do IFG/ Câmpus Goiânia Oeste. Ainda, serão conduzidas atividades educativas distribuídas em três módulos (Módulo 1 – SAN na copa dos discentes e servidores – responsabilidade de todos; Módulo 2: Guia Alimentar para a população brasileira: propostas de lanches e marmitas saudáveis para a comunidade acadêmica”; Módulo 3: Alimentos regionais do Cerrado e Plantas Alimentícias não convencionais: possibilidades de uso, aproveitamento integral e sustentabilidade). Estes módulos serão trabalhados por meio de atividades práticas e lúdicas durante os intervalos de aula do Câmpus, bem como por meio de Rodas de Conversa, com toda a comunidade acadêmica. Paralelamente e articulado ao Projeto de Ensino presencial no Câmpus Goiânia Oeste, o Programa “Minha marmita, nossa saúde” iniciou suas ações de extensão em setembro de 2022, com ações previstas para três anos de execução. Serão desenvolvidas atividades diversificadas tais como, “Mesas de debate e trocas de experiências”; Apoio à “Feira Interinstitucional Agroecológica”; “Minha marmita nossa saúde na praça”; e a realização de um Evento “Mostra de Experiências em SAN e Concurso de Redação na temática”. Espera-se com este programa a publicação de um e-book, assim como a divulgação das experiências em eventos internos e externos do IFG. Pretende-se também criar e publicar vídeos, podcasts, entre outros materiais nas páginas institucionais virtuais. Ressalta-se que, em apenas um mês de execução do Programa de Extensão já foi possível vivenciarmos a construção dialógica entre academia e agricultores familiares acerca de suas prioridades. A partir desse diálogo, o programa terá como principal objetivo acompanhar a produção dos alimentos processados e/ou minimamente processados dos agricultores familiares fornecedores da Feira Interinstitucional Agroecológica; prestar suporte técnico científico na elaboração de fichas técnicas de preparo, que servirão de subsídio para a elaboração do Rótulo dos produtos, conforme nova Resolução da Diretoria Colegiada/ ANVISA em vigor a partir de 9 de outubro de 2022. De forma integrada a este processo de rotulagem dos produtos elaborados pelos agricultores familiares, o Programa “Minha marmita, nossa saúde” terá também papel fundamental na divulgação e promoção dos princípios do processo de produção dos alimentos nos agroecossistemas pautados em práticas que evidenciam a sustentabilidade em sua dimensão ecológica, cultural, social, econômica e ética de modo a respeitar a sociobiodiversidade dos territórios rurais, oportunizando a inclusão socioprodutiva e a soberania alimentar “com o campo e a cidade” da “produção ao consumo”. Pretende-se assim, que a comunidade acadêmica do IFG (estudantes, servidores e terceirizados), bem como agricultores familiares e comunidade em geral se aproximem, em uma relação dialógica, participativa, pró soberania e segurança alimentar e nutricional. Este programa tem como idealizadoras e Coordenadoras das Ações de Ensino, a docente Prof Dr Camilla Botega Aguiar Kogawa, e das Ações de Extensão, a docente Prof MSc Jullyana Borges de Freitas, ambas docentes em regime de Dedicação Exclusiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia Oeste, e membras do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Promoção à Saúde (NUPPS) cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. O Programa de Extensão “Minha marmita, nossa saúde”, tem Apoio Financeiro institucional/ IFG: Edital 002/2022 PROEX IFG – Faixa 3 O Programa tem parceria com a “Feira Interinstitucional Agroecológica”, um projeto interinstitucional entre IFG, IF Goiano e UFG, do qual Ariandeny Silva de Souza Furtado, Nutricionista do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público dos Institutos Federais de Goiás (SIASS IF Goiano/IFG), faz parte do Grupo de Referência Interinstitucional de Execução da Feira Agroecológica (GRIEFA) e também compõe o movimento negro e diferentes espaços pró soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

5. DOCUMENTOS

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Campo para inserção de arquivo de documentos produzidos relacionados à experiência

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  • Práticas incluam: 1) Publicidade, promoção e outras estratégias mercadológicas que visem aumentar a demanda pelos referidos produtos e/ou promovam ou estimulem modos de comer não saudáveis, tais como comer excessivamente, comer sozinho, comer sem pensar, comer compulsivamente, comer rápido, ou modos de produzir alimentos pautados pelo uso de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados, ou; 2) Lobby contra medidas legislativas, econômicas, jurídicas ou socioculturais que visem à redução da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou da exposição aos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos; e/ou cujas 3) Políticas, objetivos, princípios, visões, missões e/ou metas que incluam ou se relacionem com o aumento da produção, abastecimento, disponibilidade ou demanda dos referidos produtos e/ou com a expansão de oportunidades e promoção dos referidos modos não saudáveis de comer e produzir alimentos.

Alguns exemplos de experiências de Educação Alimentar e Nutricional que configuram conflito de interesses:

  • Ser financiado ou ter recebido qualquer tipo de apoio (técnico, infraestrutura, equipe, financeiro etc) por entidades e atores acima citados;
  • Utilizar material educativo e/ou publicitário de empresas privadas ou fundações/organizações a elas relacionadas que atuam direta ou indiretamente com o setor alimentício, farmacêutico, tabaco, bebidas alcoólicas;