Metodologia / Parâmetros

Featured Video Play Icon

A elaboração do estudo iniciou-se com a realização da adscrição da clientela por unidade básica de saúde e classificação das vulnerabilidades do território. O território é entendido como um espaço dinâmico, vivo e em permanente mudança, constituído por um conjunto de objetos e ações.

Ressaltamos que a proposta metodológica apresentada está em consonância com a distribuição populacional entre as equipes, conforme recomendado pela Política Nacional de Atenção Básica, e durante o processo de elaboração do dimensionamento foram realizados novos estudos e análises que permitiram a definição de outros parâmetros numéricos encontrados na quantificação de recursos humanos e indicadores obtidos em realidades específicas, que nos permitiram fazer algumas comparações e análises, levando-se em conta as diferenças e semelhanças existentes em cada unidade básica de saúde, como descrito abaixo:

  • População total adscrita por unidade básica de saúde e por faixa etária e sexo:
    definição da população que deverá ser assistida em cada unidade básica de saúde, a partir dos mapas territoriais, sendo utilizados os dados segundo IBGE (2010).
  • Unidade de Referência:
    utilizamos a denominação de unidade de referência para traduzir o conjunto de horas necessárias de todas as categorias profissionais que atuam na Atenção Básica para atender uma determinada população adscrita no território.
  • Horário de funcionamento das unidades básicas de Saúde:
    calcula-se o horário de abertura até o fechamento da unidade básica de saúde por dia e após soma-se todos os horários de forma a obter o horário de funcionamento semanal de cada unidade básica de saúde.
  • Índice de utilização dos serviços:
    é o percentual de usuários que utilizam a unidade básica de saúde para determinado tipo de atendimento. Podendo esse percentual variar de acordo com as necessidades dos usuários, que possuem diferentes problemas de saúde, em momentos distintos de sua vida.
  • Potencial de produtividade por categoria profissional:
    é calculado a partir de um percentual da jornada semanal destinada à assistência individual aos usuários por categoria profissional. A definição desse percentual é variável de acordo com as atribuições e parâmetros numéricos assistenciais de cada cargo, a organização do processo de trabalho e o modelo de saúde adotado pela Secretaria Municipal de Saúde.
  • Capacidade física instalada em cada unidade de saúde:
    identificação da estrutura física por m2 construído, número de salas disponíveis para o atendimento individual e coletivo, equipamentos odontológicos disponíveis em cada unidade básica de saúde.
  • Vulnerabilidade social:
    identificação da proporção de pessoas morando em aglomerados subnormais, da proporção de responsáveis por famílias com até três anos de estudo e da proporção de responsáveis por famílias com renda até três salários-mínimos.

Tabela I: Indicadores e pesos atribuídos classificação da vulnerabilidade social nos Distritos de Saúde

Tabela 1

Fonte: Tabnet – Campinas – IBGE 2000

Classificação da Vulnerabilidade:

  • De 0 a 3,0 – Pontuação 3 – Baixa vulnerabilidade
  • De 3,1 a 6,0 – Pontuação 3,5 – Média Vulnerabilidade
  • De 6,1 a 9 – Pontuação 4 – Alta Vulnerabilidade
  • Acima de 9,1 – Pontuação 4,5 – Muito Alta Vulnerabilidade

Tabela II: Distribuição por Distrito da população, área territorial, vulnerabilidade, número de Unidades de Referência e UR/habitante.

Distritos População Área Territorial (km²) Média da Vulnerabilidade Unidades de Referência  UR/habitante
LESTE 242.219 340,327 3,0 (Baixo) 64 jan/00
NORTE 205.532 165,955 3,5 (Médio) 64 jan/00
SUL 293.565 119, 526 4.0 (Alto) 107 jan/50
SUDOESTE 206.168 99,606 4,5 (M. Alto) 82 jan/00
NOROESTE 160.169 69,33 4,5 (M. Alto) 64 jan/00
TOTAL 1.107.653 794,744   381

Fonte: Censos Demográficos de IBGE/2010 – Projeção 2014

Dessa forma, foi realizada a distribuição populacional entre as unidades Básicas de Saúde, sendo classificadas de acordo com as vulnerabilidades sociais, o que determinou o número de pessoas por unidade de referência, embasando o dimensionamento de todas as categorias profissionais que desenvolvem suas ações na Atenção Básica.

Tabela III: Exemplo de distribuição por Unidade Básica de Saúde – Distrito Leste

Distrito Local de Trabalho Func. Semanal Vulnerabilidade  População Projeção 2013 Nº Unidade Referência (UR)
LESTE CENTRO DE CONCEICAO 60 Médio 23.083 8
LESTE CENTRO DE SAUDE BOA ESPERANCA 50 Médio 6.884 3
LESTE CENTRO DE SAUDE CARLOS GOMES 50 Muito Alto 3.921 2
LESTE CENTRO DE SAUDE TAQUARAL 70 Baixo 46.066 13
LESTE CENTRO DE SAUDE COSTA E SILVA 70 Médio 30.331 10
LESTE CENTRO DE SAUDE CENTRO 60 Baixo 73.756 20
LESTE CENTRO DE SAUDE 31 DE MARÇO 50 Médio 7.174 3
LESTE CENTRO DE SAUDE JOAQUIM EGIDIO 55 Baixo 3.667 1
LESTE CENTRO DE SAUDE SAO QUIRINO 76 Muito Alto 21.568 9
LESTE CENTRO DE SAUDE SOUSAS 70 Médio 25.769 9
  611   242.2 78

Prefeitura Municipal de Campinas
…..Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
…..Departamento de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde